fundamental no nosso cotidiano. Higienizar as mãos frequentemente e da maneira
correta é uma das principais formas de evitar inúmeras doenças. São as mãos que
nos ajudam em todas as tarefas, inclusive na preparação dos nossos alimentos.
Mãos sujas são o paraíso das bactérias. Diarreia, hepatite, gripe e infecções
intestinais são algumas das doenças que podem ser evitadas pelo simples hábito
de lavar as mãos. A água é capaz de prevenir doenças que ainda hoje causam
milhões de mortes em todo o mundo.
A higiene das mãos é tão importante
que a Organização Mundial da Saúde (*)
– propôs que, todo ano, no dia 5 de maio, fosse realizada uma campanha mundial
divulgando a necessidade da higienização das mãos – uma forma econômica de
manter a saúde, acessível a todos. É importante lavar as mãos antes e depois
das refeições, após as idas ao banheiro, ao chegar da rua e depois do contato
com objetos sujos como o dinheiro, por exemplo. Como tocamos com as mãos,
diariamente, superfícies sujas, com inúmeros tipos de bactérias, estamos
sujeitos a uma enorme quantidade de infecções. Levar as mãos sujas aos olhos, à
boca ou ao nariz, pode facilmente provocar problemas de saúde.
A adoção do álcool gel e das lavagens das mãos
mais frequentes, durante o surto de gripe A (H1N1), fez cair o número de casos
de outras doenças, como conjuntivite e gripe comum.
Hábito de lavar as mãos é baixo, mesmo
entre profissionais de saúde
Uma pesquisa realizada pela ANVISA (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) mostrou que somente 1/3 dos hospitais do
Brasil têm uma adesão à higiene acima de 70%. A maneira mais eficaz e barata de
reduzir infecções hospitalares é a higienização frequente das mãos. Os pesquisadores
da
ANVISA visitaram 901 hospitais com 10 ou mais
leitos de U.T.I. Em 85 deles a adesão foi maior que 70%, o que é considerado
ideal. Em 130 instituições a taxa variou entre 40% e 70%.
Segundo a pesquisa, a maioria dos hospitais
possui estruturas para a limpeza das mãos, como pias com sabonete e toalhas
descartáveis, e em 99% dos leitos existe fornecimento contínuo de água tratada.
O álcool gel está disponível apenas em 53% das unidades pesquisadas. A
explicação para a baixa adesão á higienização das mãos está na falta de
programas de treinamento e monitoramento dos profissionais. A pesquisa mostrou
que 68% dos hospitais não têm verba para o treinamento em higienização das
mãos.
De acordo com o coordenador de Infectologia
Hospitalar da Sociedade Brasileira de Infectologia, Dr.
Eduardo Medeiros, o treinamento permanente dos profissionais é a melhor maneira
para mudar as estatísticas: “Os hospitais precisam investir em treinamento
constante. Os médicos e enfermeiros são pessoas bem formadas, mas a
higienização deixa a desejar, mesmo entre esses profissionais“, ele
afirmou. Medeiros sugere que premiar profissionais ou áreas onde a higiene é um
hábito frequente talvez seja um bom estímulo.
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