Quando uma pessoa está a nível do mar, a pressão atmosférica ajuda naturalmente o oxigênio a circular pelo sangue, pulmões e tecidos. Quando essa mesma pessoa viaja para uma cidade que se encontra em elevadas atitudes ela experimenta uma queda brusca da pressão atmosférica que diminui a concentração de oxigênio no ar, como resultado disso, a pessoa (geralmente turista ou alpinista) pode apresentar uma série de sintomas complexos que caracterizam um quadro clínico que exige cuidado.CONSIDERAÇÕES
Uma região pode ter sua altitude classificada da seguinte maneira:
Elevado: (1.500 a 3.500 metros). Início dos sintomas de falta de oxigênio, entretanto apenas 15% das pessoas sentem esses sintomas até 2.400 metros e cabines de aviões mantém a sua pressão atmosférica normal até os 2.100 metros. A quantidade de oxigênio necessária para manter uma boa agilidade mental começa a cair a partir dos 3.000 metros
Muito elevado: (3.500 a 5.500 metros) .Diminui severamente a capacidade dos exercícios físicos, a pessoa sente-se como se estivesse com uma ressaca brava. A 5.000 metros há apenas 30% do oxigênio disponível e o aproveitamento desse oxigênio dentro do organismo cai para menos de 50%.
Extremo: (+ de 5.500 metros). Não há nenhuma habitação humana permanente nesse nível. A 7.000 metros para suprir a falta de oxigênio o coração dispara podendo causar arritmia e ataque cardíaco o ar é tão seco e frio que partes internas menos protegidas como a laringe podem ser congeladas durante a respiração e há riscos de desidratação pois a umidade e a pressão do ar são muito baixas no ambiente e é como se toda umidade fosse sugada do corpo. Acima de 8.000 metros (chamada zona da morte) não há oxigênio suficiente para sustentar vida.
América do Sul: região andina da Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela e Equado
África: Quênia, Etiópia, Eritréia
Europa: região alpina da Suíça, Áustria e norte da Itália
Ásia: norte da Índia, sudeste da China, Tibete, Nepal e alguns países do oriente médio
Regiões do mapa em marrom são propensas a grandes altitudes
ALTITUDE X ESPORTES
A FIFA entidade máxima do futebol, quer proibir partidas de futebol em cidades acima de 2.750 metros, pois considera um risco a saúde dos atletas, até porque com o calendário cheio os jogadores tem pouco tempo para fazer uma aclimatação adequada.
O estádio de futebol mais elevado do mundo fica a 4.338 metros de altitude na cidade Cerro de Pasco, Peru
PRINCIPAIS SINTOMAS DA ALTITUDE NA SAÚDE
Queimaduras solares na pele: A cada 300 metros que subimos, a radiação solar aumenta em 4% devido ao fato de que conforme subimos uma serra, a atmosfera vai perdendo densidade e oferecendo menos resistência para bloquear os raios solares. Queimaduras solares na pele causam vermelhão, ardência, descascamento podendo até virar um câncer. É um perigo real, alpinistas e turistas devem usar no mínimo o filtro solar FPS 30 reaplicando-o a cada 2 horas e não deixar a pele diretamente exposta aos raios de sol.
Queimaduras solares nos olhos: A radiação solar em grandes altitudes é tão intensa pode queimar até as córneas e causar cegueira principalmente em cidades que nevam, pois a neve clara reflete perigosamente 80% da radiação solar, exigindo assim o uso óculos escuros com proteção contra raios UV
Flatulência:Os turistas assim que chegam numa cidade alta sentem um aumento da quantidade de gás intestinal devido à mudanças na pressão atmosférica.
Desidratação:devido ao ar rarefeito, o nosso organismo inicia uma respiração mais profunda e intensa fazendo com que perca-se mais água através dos pulmões.
Apneia do sono: durante o sono os níveis de oxigênio são ainda mais baixos e a respiração torna-se irregular.
Coagulação do sangue: Para se adaptar aos baixos índices de oxigênio o corpo responde aumentando da produção de glóbulos vermelhos. Ao longo do prazo de 1 ou 2 meses isso deixa o sangue mais espesso e pode causar coagulação do sangue e dificultar a irrigação do mesmo nas veias mais finas.
Ataxia:a parte do corpo que coordena o nosso equilíbrio, habilidades manuais e coordenação exige muito oxigênio para funcionar. Em lugares elevados o suprimento de oxigênio diminui causando perda potencial dessas habilidades.
Edema cerebral: Um dos sintomas mais graves. A falta de oxigênio no cérebro causa uma perda momentânea de discernimento, clareza mental, senso de direção e memória. Para suprir esse problema o organismo aumenta do fluxo de sangue no cérebro, em excesso e a longo prazo isso incha o cérebro podendo levar ao coma e é potencialmente fatal.
Edema pulmonar: Um dos sintomas mais graves. Se a diferença de pressão sentida nos pulmões for muito grande o sangue pode vazar nos alvéolos pulmonares. Os pulmões cheios de fluído resultam em dores no peito tosse e respiração entrecortada. A maioria dos casos é registrado acima dos 3.600 metros.
Mal da montanha crônico: também conhecido como “doença do monge” pela alta incidência nos monges tibetanos. Ela ocorre quando uma pessoa é exposta a longo prazo ou praticamente vive em altitudes maiores que 3.000 metros e os sintomas são: anorexia (devido a falta de apetite a longo prazo), zumbidos no ouvido, dilatação das veias, cianose (pele roxa devido ao aumento de glóbulos vermelhos no sangue), hipoxemia (aumentando as chances de AVC ou infarto) e poliglobulia (atividade exagerada da medula óssea produzindo glóbulos vermelhos em excesso), aumento da capacidade cardíaca e pulmonar.
TRATAMENTO MÉDICO
El Alto, Bolívia 4.150 metros
Vídeo: Efeitos da altitude na batata Pringles
EM QUE LUGARES PODEMOS ENCONTRAR CIDADES COM GRANDES ALTITUDES
América do Norte: costa oeste dos EUA e noroeste do México
América do Sul: região andina da Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela e Equado
África: Quênia, Etiópia, Eritréia
Europa: região alpina da Suíça, Áustria e norte da Itália
Ásia: norte da Índia, sudeste da China, Tibete, Nepal e alguns países do oriente médio
Regiões do mapa em marrom são propensas a grandes altitudes
ALTITUDE X ESPORTES
O estádio de futebol mais elevado do mundo fica a 4.338 metros de altitude na cidade Cerro de Pasco, Peru
Para driblar efeitos indesejáveis no desempenho dos atletas, as equipes que vão disputar alguma competição em regiões elevadas, usam uma estratégia que consiste em chegar ao local da competição em cima da hora, para que não de tempo do corpo começar a sentir os sintomas, assim que a competição acaba os atletas voltam imediatamente para a sua cidade de origem
Jogador do Flamengo passando mal e recebendo oxigênio, durante uma partida em uma cidade elevada.
- A permanência do paraquedista em níveis acima de 3.600 metros deve ser a mínima possível não podendo exceder 15 minutos (seja dentro do avião aberto ou em queda livre)
- Acima de 4.800 metros deve haver um sistema individual de oxigênio para todos os paraquedistas e tripulação
- Somente paraquedistas habilitados na categoria “C” podem saltar acima de 6.000 metros
- Para saltos acima de 6.700 metros o uso máscara de oxigênio acoplado dentro do capacete é obrigatório
Mal da montanha: principais sintomas são: perda de apetite, dor de cabeça, náusea, vômito, tonturas e insônia. Em geral não é sério, mas deve servir como advertência. Os primeiros sintomas aparecem entre 6 e 24 horas
após uma subida rápida e sem aclimatação de uma cidade baixa para uma cidade alta.
Hipotermia:A cada 1.000 metros que subimos a temperatura cai 6°C. Hipotermia é quando a temperatura do corpo cai abaixo do normal e tem como principais sintomas: frio intenso, tremedeira, perda de discernimento, fala
Hipotermia:A cada 1.000 metros que subimos a temperatura cai 6°C. Hipotermia é quando a temperatura do corpo cai abaixo do normal e tem como principais sintomas: frio intenso, tremedeira, perda de discernimento, fala
embaralhada, progressiva perda de clareza mental até a perda da consciência, mau funcionamento cardíaco.
Pneumonia:em grandes altitudes o ar seco, desidratação e baixa taxa respiratória pode causar pneumonia. Causa tosses tão fortes que são capazes de quebrar uma costela (no Tibete esse sintoma é chamado de “Tosse
Pneumonia:em grandes altitudes o ar seco, desidratação e baixa taxa respiratória pode causar pneumonia. Causa tosses tão fortes que são capazes de quebrar uma costela (no Tibete esse sintoma é chamado de “Tosse
Khumbu”). Deve ser tratadas com antibióticos
Queimaduras solares na pele: A cada 300 metros que subimos, a radiação solar aumenta em 4% devido ao fato de que conforme subimos uma serra, a atmosfera vai perdendo densidade e oferecendo menos resistência para bloquear os raios solares. Queimaduras solares na pele causam vermelhão, ardência, descascamento podendo até virar um câncer. É um perigo real, alpinistas e turistas devem usar no mínimo o filtro solar FPS 30 reaplicando-o a cada 2 horas e não deixar a pele diretamente exposta aos raios de sol.
Queimaduras solares nos olhos: A radiação solar em grandes altitudes é tão intensa pode queimar até as córneas e causar cegueira principalmente em cidades que nevam, pois a neve clara reflete perigosamente 80% da radiação solar, exigindo assim o uso óculos escuros com proteção contra raios UV
Flatulência:Os turistas assim que chegam numa cidade alta sentem um aumento da quantidade de gás intestinal devido à mudanças na pressão atmosférica.
Desidratação:devido ao ar rarefeito, o nosso organismo inicia uma respiração mais profunda e intensa fazendo com que perca-se mais água através dos pulmões.
Apneia do sono: durante o sono os níveis de oxigênio são ainda mais baixos e a respiração torna-se irregular.
Coagulação do sangue: Para se adaptar aos baixos índices de oxigênio o corpo responde aumentando da produção de glóbulos vermelhos. Ao longo do prazo de 1 ou 2 meses isso deixa o sangue mais espesso e pode causar coagulação do sangue e dificultar a irrigação do mesmo nas veias mais finas.
Ataxia:a parte do corpo que coordena o nosso equilíbrio, habilidades manuais e coordenação exige muito oxigênio para funcionar. Em lugares elevados o suprimento de oxigênio diminui causando perda potencial dessas habilidades.
Edema cerebral: Um dos sintomas mais graves. A falta de oxigênio no cérebro causa uma perda momentânea de discernimento, clareza mental, senso de direção e memória. Para suprir esse problema o organismo aumenta do fluxo de sangue no cérebro, em excesso e a longo prazo isso incha o cérebro podendo levar ao coma e é potencialmente fatal.
Edema pulmonar: Um dos sintomas mais graves. Se a diferença de pressão sentida nos pulmões for muito grande o sangue pode vazar nos alvéolos pulmonares. Os pulmões cheios de fluído resultam em dores no peito tosse e respiração entrecortada. A maioria dos casos é registrado acima dos 3.600 metros.
Mal da montanha crônico: também conhecido como “doença do monge” pela alta incidência nos monges tibetanos. Ela ocorre quando uma pessoa é exposta a longo prazo ou praticamente vive em altitudes maiores que 3.000 metros e os sintomas são: anorexia (devido a falta de apetite a longo prazo), zumbidos no ouvido, dilatação das veias, cianose (pele roxa devido ao aumento de glóbulos vermelhos no sangue), hipoxemia (aumentando as chances de AVC ou infarto) e poliglobulia (atividade exagerada da medula óssea produzindo glóbulos vermelhos em excesso), aumento da capacidade cardíaca e pulmonar.
PREVENÇÃO
Se for viajar para uma cidade com altitude, as melhores maneiras de evitar os sintomas sâo:
- Aclimatação: Em uma viajem fazer uma escala em uma cidade intermediária, por exemplo um turista que pretende visitar a cidade de La Paz na Bolívia (3.600 metros de altitude) primeiro deveria fazer uma escala em Manizales, Venezuela (2.100 metros). A aclimatação leva cerca de 2 semanas e é altamente recomendável acima de 2.800 metros.
- Evitar atividades pesadas nas primeiras 24 horas.
- Subir de nível lentamente: a regra de ouro para alpinistas é apartir dos 3.000 metros, não subir mais que 300 metros por dia. O processo não deve ser apressado para manter a segurança.
- Evitar bebidas alcoólicas pois contribui com a desidratação, é importante também manter-se hidratado mesmo sem sinais de sede. O ideal seria beber 3 litros de água por dia para repor os líquidos perdidos através da respiração.
- Ingerir alimentos com bastante ferro, pois melhoram a produção de glóbulos vermelhos no sangue que coletam oxigênio.
TRATAMENTO MÉDICO
- Esse quadro clínico pode ser tratado com facilidade na maioria dos casos. O tratamento é simples em muitos casos bastando apenas descer da altitude.
- Administrar mascaras de oxigênio reduz os sintomas em 12 a 36 horas sem necessidade de descer da altitude. Pode ser feito com oxigênio enriquecido.
- O oxido nítrico também se mostrou eficiente para tratar o mal das montanhas.
- Injeções de esteroides reduzem o edema pulmonar.
- Existem muitos remédios preventivos que reduzem os efeitos do mal da montanha, por exemplo o acetazolamida deve ser tomada 2 ou 3 vezes ao dia, empregado geralmente apartir dos 2.700 metros.
- Os povos indígenas do Peru e Bolívia mascavam folha de coca para aliviar os sintomas, enquanto os tibetanos usam extratos da planta Radix rhodiola. Cafeína e aspirinas também são bons.
TOP 5 CAPITAIS MAIS ELEVADAS DO BRASIL
1 Brasília-DF 1.172 metros
2 Curitiba-PR 934 metros
3 Belo Horizonte-MG 852 metros
4 São Paulo-SP 760 metros
5 Goiânia-GO 749 metros
TOP 5 CAPITAIS MAIS ELEVADAS DO MUNDO
1 Bolívia, La Paz 3.640 metros
2 Quito, Equador 2.850 metros
3 Thimbu, Butão 2.648 metros
4 Bogotá, Colômbia 2.625 metros
5 Adis Abeba, Etiópia 2.355 metros
Cidade mais elevada do Brasil Campos do Jordão 1.628 metros
Cidade mais elevada do mundo: El Alto, Bolívia 4.150 metros
Vilarejo mais elevado do mundo: La Rinconada, Peru 5.100 metros
Vídeo: Efeitos da altitude na batata Pringles
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Gostei da pesquisa que fiz
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