google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: Amor patológico: tipo de amor doentio, que se transforma numa doença

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Amor patológico: tipo de amor doentio, que se transforma numa doença

O amor patológico é uma doença em que a pessoa se torna dependente do outro como se ele fosse responsável por completar uma parte necessária para a sua sobrevivência.

Os critérios diagnósticos para o amor patológico são semelhantes aos da dependência química. Quando o parceiro está fora do controle da pessoa que sofre deste tipo de amor ele tem uma espécie de abstinência, um vazio muito grande.

A pessoa que sofre de amor patológico perde a sua individualidade, prejudica os seus vínculos com familiares, amigos e trabalho pois passa a viver o mundo do parceiro e pensa que precisa dele para existir, tem o desejo de apossar-se do sentimento do outro e mantê-lo sob controle, presta cuidados excessivos com a intenção de obter afeto, é carente, exigente, intenso e tem um medo enorme de perder o parceiro.

As principais estratégias utilizadas por quem sofre desse amor patológico para manter o outro sob controle são ligações telefônicas constantes, interrogatórios sobre as atividades dele, atenção extrema, perseguições e necessidade de provocar ciúmes.

Esse tipo de amor doentio é vivido por pessoas que possuem baixa autoestima e são marcadas pelos sentimentos de rejeição e raiva. São pessoas que provavelmente foram criadas em ambientes hostis, em famílias desajustadas, com pouca atenção e carinho dos pais.

Alguns pesquisadores apontam que esse amor possessivo surge quando na infância a pessoa tem uma relação insegura com a mãe, sofrendo de ansiedade de separação, ou seja, a pessoa não sente a mãe presente e atenciosa lhe apoiando, por vezes se sente rejeitada, então a criança nunca sabe se a pessoa amada estará presente ou ausente em sua vida, não se sente importante o suficiente para que alguém a considere verdadeiramente e por isso está sempre na expectativa da perda. 

O homem que não tem a mãe presente na infância, tende a se tornar um apaixonado desenfreado, fazendo de sua mulher a deusa da fonte de amor, trata-se de uma transferência de um complexo materno.

Ser rejeitado por um amor é uma das experiências mais dolorosas da experiência humana. 

Na nossa vida passamos por muitas frustrações e não ter o amor correspondido pode ser uma delas, mas isso deve ser entendido como algo normal na vida, um obstáculo a ser superado e resignificado após a vivencia do luto, porém quando o sofrimento se torna excessivo e obsessivo é sinal de que o amor sentido é patológico e se deve procurar ajuda.

O amor é um sentimento gostoso, construtivo, tem um caráter generoso e libertador. O amor patológico é o oposto disso, ele é angustiante e leva a pessoa a perseguir o outro como um objeto à ser consumido.

Amor não é sofrimento e o amor não tira, mas sim acrescenta na nossa vivencia. 

Ninguém é dono de ninguém e temer o abandono pode ser justamente o que vai levá-lo ao abandono, pois o excesso de cuidados faz com que o outro se sinta sufocado e desrespeitado, desgastando assim o relacionamento.

O amor em mim e por mim é o amor que acredito que mereço e vou receber do outro.

O primeiro passo para a cura é a conscientização do problema e o tratamento em psicoterapia é um recurso essencial que irá aliviar os sintomas que estão presentes, provavelmente desde a infância.

Como tratar o amor patológico
O amor patológico só é possível ser tratado quando a pessoa admite que está fora de seu controle. Segundo a psicóloga Sílvia Rezende Azevedo, normalmente as pessoas costumam procurar ajuda de um especialista somente quando o relacionamento acaba ou existe a ameaça de perder o parceiro.

Quando o amor vira doença muitas vezes ele vem associado a quadros de depressão, fobias - como a síndrome do pânico - e ansiedade. Por isso, a terapia é indispensável.

"Só é possível tratar se a pessoa concordar em ter uma mudança de atitude", destaca Sílvia.

A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) também possui um setor específico para tratamentos desse casos: o Ambulatório do Amor em Excesso (Amore).

Para não fazer do amor uma obsessão, a psicóloga recomenda

1) Goste mais de você antes de gostar do outro

2) Não escolha um parceiro com o objetivo de preencher um vazio
  
3) Encontre prazeres na vida (esporte, trabalho, hobby, amigos, família)

4) Se conheça melhor e analise o que realmente quer para sua vida e que tipo de relacionamento quer manter

5) Tenha consciência de que um parceiro vem para acrescentar coisas a sua vida, que se trata de um cúmplice e não de um preenchedor de vazio
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