google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: O Vício na Internet, dependência tecnológica

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

O Vício na Internet, dependência tecnológica

Este texto tem o objetivo de tratar sobre o uso abusivo da internet, essa dependência psicológica que inclui um desejo e necessidade irresistível de manter-se conectado ao Facebook, Whatsapp, Instagran etc.

A internet se tornou um campo de dependência tal como o vício por álcool, vício por trabalho, jogos, religião entre outros, trata-se de uma dependência comportamental.

As novas tecnologias surgiram em meados da década de 90 e com isso surgiram também novos comportamentos humanos.

O uso da internet se torna patológico a partir do momento em que essa se torna a atividade mais importante da vida da pessoa a ponto de dominar pensamentos, sentimentos e comportamentos. O problema está no exagero!

Algumas pessoas deixam suas atividades do mundo físico para viver o mundo virtual de maneira obsessiva.

É possível perceber que o uso da internet está sendo prejudicial quando esse começa a colocar em riscos as relações familiares e sociais, quando se começa a notar prejuízos escolares e no trabalho e quando começam as manifestações de irritabilidade, impaciência, inquietude, baixa autoestima, tristeza, ansiedade, alteração de humor, depressão e instabilidade emocional.

A dependência tecnológica ou uso excessivo da internet enquadra-se no Código Internacional de Doenças (CID) como Transtorno do Controle do Impulso (F63.9).

Os recursos tecnológicos e a velocidade das comunicações são tão intensos que em alguns casos acabam se tornando verdadeiras armas de destruição psíquica, pois muitos usuários manifestam crises de ataques de fúria quando não conseguem conexão e faltam ao cuidado consigo mesmo e ou com outras pessoas que estão em seu convívio.

A internet e as mídias digitais trouxeram novas formas de relacionamento.

Há pessoas que utilizam a internet como ferramenta para vencer a timidez, pois conseguem se tornar mais sociáveis através delas. As redes sociais oferecem um campo de possibilidade em que o usuário tem um papel libertador de aspectos agressivos, sombrios e até conhecidos, mas pouco assumidos perante os outros.

Em consultório é comum recebermos relatos de pessoas que temem não ser amadas caso mostrem como elas são na realidade, então na internet criam um “papel libertador”.

Uma rígida Persona na vida offline faz com que seja libertada a sombra na internet. A criação de diversas Personas no mundo virtual também é possível, deixando à sombra para ser vivenciada no mundo offline.

A internet oferece uma sensação de controle sobre as relações com os outros e a imagem de si mesmo, assim como também serve de máscara.

Outra queixa frequente em consultório é a de que nas redes sociais muitas vezes são experimentadas situações de invasão de privacidade, exposição abusiva, bulling e exposição sexual inclusive de crianças.

Há uma legislação que delimita uma idade mínima de 13 anos para utilização das redes sociais, mas a maioria dos pais não seguem essas normas e isso é preocupante, pois o acesso prematuro das crianças a esses meios de exposição, além de causarem os riscos que já descrevi, também estimulam um narcisismo precoce.

É muito fácil viciar-se na utilização da internet porque ela também oferece uma experiência tranquilizante e de excitação.

O conto das “Sereias Gregas” ilustra esse poder de sedução da internet.

”As sereias são mulheres sedutoras que cantam para os marinheiros e os atraem dessa forma e esses marinheiros incapazes de se conter, são destruídos e comidos assim que chegam perto delas. A internet parece ser um oceano cheio de ricas aventuras, peixes e inigualáveis tesouros, mas há uma sereia a espreita que seduz, chama mas pode destruir, caso a pessoa não consiga se conter ” (Academia Paulista de Psicologia).

O tratamento psicológico é a forma de intervenção melhor recomendada neste caso, para que a pessoa consiga ouvir as “seduções” da internet e considerar-se capaz de resistir a elas e não se deixar destruir ou se perder de si próprio.

Em psicoterapia, a pessoa tem a possibilidade de resgatar sua autoestima, a sua essência e sua verdade para assim também conseguir dar espaço na sua vida real aos sonhos, projetos e imaginações.

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