Exercício físico diminui os sintomas de depressão e ansiedade

Há décadas já sabemos que uma única sessão de atividade física é capaz de mudar o humor de quem o pratica. Sabemos também que, a atividade física está associada com o tratamento de depressão e ansiedade. 

Um estudo americano de larga escala (com mais de 8100 pessoas), demonstrou que, a prática regular de exercício estava associada com a redução significante da depressão e ansiedade. Outro trabalho comparou a eficácia de um programa de exercícios aeróbicos (3 vezes na semana) em um grupo com o regime medicamentoso padrão para depressão severa.

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O estudo teve duração de quatro meses e resultados bastante promissores. Ambos os grupos tiveram seus escores de depressão reduzidos à níveis normais, sugerindo que, o exercício serve como uma forma de tratamento, terapia alternativa, às drogas usadas convencionalmente.  

Para quem ainda não acredita, outro estudo comparou três grupos diferentes: exercício supervisionado em grupo, exercício individual realizado sem supervisão e terapia medicamentosa padrão. Os autores encontraram resultados igualmente positivos nos três grupos, evidenciando o importante papel do exercício no tratamento da depressão.

Além disso, é sabido que, o exercício atua em todos os sistemas do corpo humano, trazendo benefícios em todos os âmbitos. Vale ressaltar também que, diferentemente do remédio, o exercício, quando feito de forma segura, não traz nenhum efeito colateral.

De qualquer maneira, faça atividade física regularmente e comprove por si mesmo seus inúmeros benefícios.

A pesquisa mostra que o exercício:

Tem efeitos positivos em alguns neurotransmissores tal com alguns medicamentos antidepressivos.

Produz substâncias químicas no cérebro, chamadas de “endorfinas”, que promovem a sensação de bem-estar e satisfação.

Liberta a tensão nos músculos. A tensão muscular contribui para a dor relacionados com a depressão e insônia.

Reduz os níveis do hormonais do stress, como o cortisol, aliviando os sentimentos de ansiedade e agitação.

Aumenta a temperatura do corpo, promovendo a sensação de relaxamento. Produz efeitos calmantes. 

Além desses benefícios fisiológicos, a prática do exercício físico pode promover também as seguintes alterações positivas, psicológicas e emocionais:

Distração. Um dos efeitos mais debilitantes da depressão é que ela faz com que você se concentre no que está errado e levando ao a persistir no pensamento negativo. O exercício físico leva a que você se concentre noutra coisa durante a sua prática. Com a abordagem certa, pode ajudá-lo a encontrar algum prazer, destacando-se positivamente dos seus problemas.

Confiança. A desesperança, desamparo, fadiga e depressão, levam com frequência as pessoas a abandonar as suas atividades normais, levando a uma perda de autoconfiança. Ao definir e atingir uma meta, como uma pequena quantidade de exercício a por dia, você pode começar a reconstruir a confiança e auto-eficácia. Isto porque percebe que afinal consegue fazer alguma coisa para melhorar a sua condição.

Auto-respeito. Como as pessoas se afundam mais com a inatividade, elas começam sentir-se inúteis e sem valor, podendo mesmo vir a desprezarem-se a si mesmo. As pessoas deprimidas por vezes podem recorrer ao abuso de drogas, comer muito ou outros comportamentos autodestrutivos para gerir estes sentimentos de incapacidade e depreciativos. 

O exercício físico pode oferecer uma alternativa positiva para estas estratégias negativas de enfrentamento. Aproveitando o seu tempo para fazer algo de positivo, pode ajudar-se a si mesmo todos os dias, pode ajudar-se a reconectar-se com a parte de você (sim, porque certamente você quer melhorar) que quer ser saudável e produtiva.

Claro que, exercício não substitui o medicamento em muitos casos. Por isso, a importância fundamental de buscar ajuda médica (psiquiatra) e psicológica (psicólogo) para encontrar a melhor forma de tratamento.

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