Brincadeiras e interação social trazem benefícios a quem tem essa disfunção.
Diferente do que propõe o senso
comum, o autismo não retira uma pessoa do convívio social. Sem dúvida, as
habilidades de comunicação são prejudicadas quando há esse tipo de disfunção,
mas os estímulos cognitivos realizados na intensidade adequada e com profissionais
especializados são capazes de reverter alguns padrões de comportamento.
"O autismo é uma síndrome comportamental de base neurobiológica, caracterizada por dificuldades de interação social e de comunicação e por padrões restritos de comportamento", afirma a psiquiatra Letícia Calmon Amorim, da AMA (Associação de Amigos dos Autistas) de São Paulo. Mas o tratamento disponível hoje em dia pode estimular uma criança a se desenvolver e ganhar mais independência.
Escolarização
Letícia Calmon explica que a inclusão é importante, mas o ideal é,
inicialmente, fazer o treinamento dos professores e consultar profissionais
capacitados para colaborar neste processo, como o psicólogo, o fonoaudiólogo, o
terapeuta ocupacional e, em alguns casos, buscar também um acompanhamento
pedagógico. "Cada criança deve ter um programa individualizado". A
escolarização pode trazer benefícios, como a possibilidade de vivenciar
situações sociais e ganhar independência.
O autismo acontece com mais freqüência em meninos
Percebe-se
então, a importância do funcionamento harmonioso entre os dois
hemisférios, um fornecendo informações ao outro, se complementando,
quando essa ligação é deficiente há uma sobrecarga. No autista o
hemisfério cerebral esquerdo não funciona adequadamente cometendo
algumas falhas então o direito, que deveria só monitorá-lo, passa a
suprir as deficiências, assumindo tarefas e responsabilidades que
normalmente caberiam ao esquerdo.
Através de um exame chamado ressonância magnética
percebeu-se que os cérebros dos autistas apresentam muito espaço vazio
ao redor do cerebelo, esses espaços vazios que são chamados de cisterna magna, em grande quantidade são considerados anormalidades. Segundo Courchesne apud
Miranda “(...) o cerebelo parece estar envolvido na faculdade de
coordenar as mudanças voluntárias de atenção e que defeitos nessa área
do cérebro poderiam explicar profundas deficiências na comunicação
social, inclusive problemas de atenção social conjunta, que, por sua
vez, constituem características dos autistas”.
O autismo acontece com mais freqüência em meninos do que em meninas, geralmente, quatro a cinco casos para cada dez mil nascimentos. Diz Geschwind, Galaburda apud Miranda que as pesquisas mostram que as influências hormonais parecem influir substancialmente para que o autismo ocorra com relevante freqüência em crianças do sexo masculino.
Segundo eles, os dados indicam que a TESTOSTERONA (hormônio masculino) “pode reduzir o ritmo de crescimento cortical e prejudicar a arquitetura e a montagem do cérebro esquerdo, mais vulnerável, causando verdadeira migração e ampliação do hemisfério direito e um deslocamento da dominância do lado direito”.
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