Os cistos fazem parte de uma variedade de alterações benignas da mama, designadas como mudanças fibrocísticas, e constituem uma das causas mais freqüentes de tumores mamários. O exame clínico, isoladamente, é incapaz de estabelecer o diagnóstico de um cisto mamário. Geralmente é uma lesão assintomática, sendo diagnosticada por métodos de imagem. A acurácia do ultra-som para a identificação de cistos é próxima dos 100% quando presente massa anecóica oval, redonda ou lobulada, de contorno circunscrito, com reforço acústico posterior.
Segundo o sistema BI-RADS® para ultra-sonografia, os cistos podem ser divididos em simples, microcistos agrupados, complicados e complexos, sendo classificados em: categoria 2 (benigna) os cistos simples, categoria 3 (provavelmente benigna) para os microcistos agrupados e os cistos complicados e categoria 4 (suspeita) para os cistos complexos.
A abordagem terapêutica dos cistos mamários deve ser individualizada de acordo com sua apresentação e o perfil psicológico de cada paciente. Atualmente, não se justificam medidas radicais na abordagem terapêutica destas lesões, visto que sua natureza é eminentemente benigna. É mister que os ginecologistas e mastologistas estejam informados e atualizados para utilizar racionalmente os recursos propedêuticos, otimizando tanto o benefício psíquico e clínico das pacientes como os custos decorrentes de exames e terapêuticas desnecessárias na abordagem dos diferentes tipos de cistos mamários.
Vídeo: todo cisto de mama é perigoso?
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