A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.
As causas são muitas, mas podem ser classificadas em bacterianas, virais e micóticas (fungos).
As bactérias são as responsáveis pela maioria das meningites. A freqüência com que cada tipo se apresenta está diretamente relacionada com a idade. Nos adultos predomina o pneumococo, em crianças e jovens é o meningococo, e o Haemophilus influenza predomina entre os 2 meses e os 5 anos de idade.
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Meninges são membranas que envolvem o encéfalo (cérebro, bulbo e cerebelo) e a medula espinhal que corre por dentro da coluna vertebral. Elas são constituídas por três camadas: dura-máter, aracnoide e pia-máter. No espaço entre a aracnoide e a pia-máter circula o líquido cefalorraquidiano (LCR) ou líquor.
Quando uma bactéria ou vírus, por alguma razão, consegue vencer as defesas e aninhar-se nas meninges, elas se inflamam, podem produzir pus e a infecção se espalha por todo o sistema nervoso central.
As bactérias são as responsáveis pela maioria das meningites. A freqüência com que cada tipo se apresenta está diretamente relacionada com a idade. Nos adultos predomina o pneumococo, em crianças e jovens é o meningococo, e o Haemophilus influenza predomina entre os 2 meses e os 5 anos de idade.
Entre os fungos, o Criptococco neoformans é o mais freqüente. As meningites de origem viral são de evolução benigna e autolimitada. Noventa por cento das pessoas afetadas têm menos de 30 anos de idade.
Aproximadamente 70% dos casos são causados por enterovírus (Coxsackie, echovirus) e ocorrem mais freqüentemente no final do verão e no início do outono.
Nos países em desenvolvimento, a meningite bacteriana continua sendo uma doença que coloca em risco de vida as pessoas mais vulneráveis, como os recém-nascidos, os idosos e aqueles com deficiência no sistema imunológico.
Quadro Clínico
As manifestações clínicas se caracterizam por febre, vômitos, dor de cabeça intensa e generalizada, dores musculares, rigidez da nuca e alteração do estado de consciência.
A febre é o sintoma mais freqüente, sendo superior aos 39o C. Os vômitos se apresentam em jato e geralmente não são acompanhados de náuseas.
O estado de consciência pode ficar diminuído, embora não sempre, oscilando entre uma sonolência e até o coma, com episódios de excitação intercalados.
Também podem ser encontradas manifestações clínicas como conseqüência da infecção na porta de entrada do micróbio, como a presença de catarro nas vias respiratórias, o que ajuda a identificar os microorganismos responsáveis pelo quadro clínico.
A meningite de origem bacteriana constitui uma das complicações mais freqüentes da otite média aguda, sendo o pneumococo o agente causador mais freqüente.
Nas crianças os sintomas e sinais são menos perceptíveis. Febre, vômitos e choro intenso são freqüentes, mas a rigidez da nuca pode não ocorrer.
As meningites não tratadas podem ser mortais na maioria dos casos. Mas se forem tratadas de maneira precoce e adequada a mortalidade é inferior a 10%.
Tratamento
Este quadro clínico constitui uma urgência médica; se o tratamento demorar, a mortalidade e as seqüelas neurológicas podem aumentar consideravelmente.
O tratamento se baseia na erradicação do microorganismo do sistema nervoso e no combate às complicações neurológicas que possam aparecer em conseqüência da proliferação bacteriana.
A escolha do antibiótico adequado depende do micróbio causador e do quadro clínico. Os mais utilizados são a ampicilina, as cefalosporinas, a gentamicina e a vancomicina.
A prevenção da maioria das meningites é feita mediante a administração de vacinas. A vacinação dos lactentes contra o Haemophilus influenza tem diminuído consideravelmente os casos de meningite causada por estes agentes.
A vacinação contra o meningococo se realiza principalmente durante as epidemias e nas populações sob suspeita de uma disseminação da doença.
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