google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: Síndrome do pânico: é o corpo dizendo que está extremamente estressado

domingo, 4 de março de 2018

Síndrome do pânico: é o corpo dizendo que está extremamente estressado

Esse texto tem a finalidade de contribuir com esclarecimentos sobre o tema da Síndrome do Pânico que traz grande sofrimento para muitas pessoas.

O Pânico é um ataque de medo que não é simples, trata-se de um medo relacionado á existência em que a pessoa tem o pensamento imediato de que vai morrer. É um medo muito forte que bloqueia e engessa, uma ansiedade generalizada.

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Estudos afirmam que o Pânico acomete a jovens e adultos, principalmente na faixa etária de 24 e 35 anos e sua maior incidência em mulheres.

A palavra Pânico origina-se do mito do deus Pã, que era considerado o deus dos campos, Pã era um deus extravagante, selvagem, imoral, tinha ligação forte com prazeres do corpo e afetividade. Esse deus tinha por hábito assustar as pessoas com gritos. Num certo tempo o deus Pã passou a ser adorado em cavernas escuras e por esse aspecto associa-se hoje o pânico com a confrontação da pessoa com as suas sombras.

O conjunto de sintomas da Síndrome do Pânico são:
* Sudorese,
* Boca seca;
* Tontura;
* Náusea;
* Falt de ar;
* Palpitações,dor e desconforto no peito (A pessoa tende a achar que está tendo um infarto ou AVC);
* Sentimento de perigo eminente, vontade de fugir;
* Tremores;
* Dores abdominais;
* Sensação de irrealidade;
* Medo de perder o controle;
* Medo de morrer ou ficar louco;
* Despersonalização.

Os sintomas aparecem de forma abrupta e inesperada, a crise tem duração média de 10 minutos e é bom saber que o Pânico não leva a pessoa ao desmaio.

As pessoas que sofrem da Síndrome do Pânico focam a atenção no seu mal estar físico e tem a tendência em procurar por médicos de emergência por acharem que estão morrendo e procuram também especialistas para tentar identificar as possíveis causas do mal súbito e se sentem angustiadas por descobrir após muitas consultas e exames que não há constatação de doença física.

O Pânico funciona como um aviso de que a pessoa precisa mudar a sua vida de alguma maneira, trata-se de um sinal de que algo está acontecendo de errado na sua rotina ou nas suas escolhas e é também o corpo dizendo que está extremamente estressado

O corpo manifesta os males da mente, muitas vezes as pessoas que passam por crises de pânico estão vivendo presas a velhos padrões culturais ou até padrões que foram herdados de seus pais que não são ideais para si próprias, possuem rigidez extrema de personalidade, reprimindo instintos preocupados com "O que as pessoas vão pensar sobre mim?" e assim vivem suas vidas em função de satisfazer as necessidades do outro, temendo rejeição e abandono.

Situações novas também geram angústia que quando não administrada pode levar a pessoa a sofrer a crise de pânico e assim, a vida passa a ser uma constante ameaça, pois se vive com pensamentos persecutórios de morte e a espera da próxima crise. Essa tensão, o medo do medo (Agorafobia) pode levar à depressão.

A família deve conhecer o assunto para ajudar quem está em sofrimento a enfrentar (Aos poucos) o problema.

O tratamento consiste em controle do stress, exercícios físicos, cuidar do que se assiste na TV (Principalmente antes de dormir), ouvir boa música, ler um bom livro, eliminar a pressa, silenciar a mente, procurar a formação de vínculos através da interação com grupos, ter bons relacionamentos, cuidar do ambiente em que se vive, ter qualidade de vida,usar técnicas de controle da respiração e relaxamento, procurar por uma religião, administrar o tempo, evitar frituras, excesso de sal, procurar por psicoterapia para identificar os possíveis conflitos existentes e se preciso for, fazer tratamento medicamentoso receitado por um especialista, para equilibrar a Serotonina e Noradrenalina.

O remédio é um facilitador e instrumento de cura, mas se não for realizada uma higiene mental, os sintomas tendem a se repetir sempre, portanto é muito importante o acompanhamento psicológico por profissional capacitado num tempo mínimo de seis meses a um ano em média.

Quando a pessoa supera o Pânico ela se torna muito melhor e muitos de seus valores são mudados. Coragem o Pânico é um sinalizador para que você olhe mais para dentro de si mesmo e para a sua vida!


Síndrome do panico! depoimento de quem já passou


Achei necessário escrever um texto sobre minha experiência com essa crise de ansiedade que tem assolado muitas pessoas. Muitos amigos vêm me perguntar sobre ela, apelidei ‘carinhosamente’ de orgasmo do terror. Porque chega devagar, tem um ápice horroso e quando acaba te deixa esgotadx. Mas vamos lá, é terror sem susto, prometo. Haha!

Há três anos e meio, tomei uma grande decisão, me mudaria de volta para a cidade em que nasci depois de viver 16 anos em São Paulo. Havia tomado uma outra grande decisão, sair do mercado da publicidade de vez, mercado esse que me deixava extremamente estressada, frustrada, desmotivada com a vida, seres humanos, futuro, passado, fauna e flora (tema pra outro texto).

Cheguei então no Rio de Janeiro (uhúuuu), eu e meu namorado decidimos morar juntos e eu fui trabalhar num albergue pra dar uma desintoxicada da publicidade. Seis meses depois, arranjei alguns clientes e fiquei trabalhando como designer freelancer, mas como eu havia pegado coisas que pagavam pouco de muita gente, eu trabalhava muito, muito mesmo, e não tinha tempo pra mais nada, comia mal, dormia mal, o aluguel era muito alto e eu ia dormir fazendo contas.

Um belo dia, eu estava me sentindo super estranha na frente do computador, mas continuei trabalhando normal, o Ivan (meu companheiro) me chamou pra comer alguma coisa na lanchonete que tinha embaixo do nosso prédio e lá fomos nós. Assim que eu dei a última mordida no meu sanduíche, bateu uma sensação muito forte de que eu fosse desmaiar, começou um formigamento nas mãos, nos pés, taquicardia, eu coloquei sal na boca achando que fosse pressão baixa, uma tremedeira que não passava, levantei, joguei água no rosto e não passava, era uma sensação de que eu ir ter um treco, um desmaio, um derrame, uma sensação horrorosa da qual eu fui tomada por medo, muito medo.

Ivan perguntou se eu queria ir pro hospital e eu disse que sim, achei que eu pudesse estar tendo um pré-ataque-de-alguma-coisa que eu não sabia explicar. Minha sogra demorou um pouco, mas acabou nos levando num hospital que eu era segurada na época. 

Fui atendida por uma médica super simpática que mediu minha pressão e disse que todos os sinais vitais estavam perfeitos, não havia com o que eu me preocupar. Eu pensei estar ficando maluca, saí do hospital e cheguei em casa num estado completamente esgotado, de como se o corpo tivesse ficado tão tenso por um tempo que agora eu não tinha forças pra mais nada. Resolvi não contar nada pro meu pai porque ele ainda morava e mora em São Paulo, eu não queria deixar ele alarmado com alguma coisa que não tinha nem nome ainda!

Os dias seguintes foram de um pouco de medo, medo de não saber o que tinha acontecido, medo de acontecer de novo, de não saber o porquê tinha acontecido, mas os dias foram passando e eu voltei normalmente à minha rotina ~ da pesada. Na semana seguinte a esse episódio, eu comecei a me sentir estranha da mesma forma que eu tinha estado no dia do primeiro piripaque, essa sensação é difícil de expor, é uma sensação da qual parece que você está desconfortável dentro de você mesma, tem alguma coisa de errado e você sabe. Eu estava trabalhando na frente do computador quando e comecei a sentir a sensação chegando, achei melhor então interromper e ir dormir (já era tarde, na madruga boladona). Desliguei o computador, escovei os dentes e deitei.

Perguntei pro Ivan: “Amor, você sabe o número do SAMU? É 192, tá? Caso aconteça alguma coisa comigo.”

Eu não queria assustar ele, mas como eu senti a parada chegando e já era tarde, achei melhor avisar. Acho que não deu nem 5 segundos depois que eu fiz a pergunta e um novo piripaque começou. Foi bem intenso, eu pedia socorro, achava que ia morrer, as mãos e os pés estavam novamente formigando e suando a taquicardia muito forte, a cabeça parecia que ia explodir, e eu não desmaiava, meu corpo não desligava, eu não sabia o que estava acontecendo, Ivan ficou desesperado sem saber muito o que fazer. E lá fomos nós para o hospital mais uma vez. Dessa vez fui atendida por um homem que estava um pouco impaciente (pregs), era de madrugada, viu meus sinais vitais e me disse que estavam perfeitos e queria me dar um calmante, mas eu não estava nervosa, fiquei ofendida e quis voltar pra casa. Mais uma vez, a sensação de desgate completo, exaustão.

Eu estava com medo. Eu queria um diagnóstico e não um remédio pra dormir.

Resolvi então ligar para o meu pai para dizer que alguma coisa estava acontecendo e eu não sabia o que era. Já tinham acontecido dois piripaques comigo e pelo visto eu tinha alguma coisa que não sabia o que era. Achei que eu pudesse chegar com um diagnóstico, mas infelizmente não tinha nenhum. Liguei e abri o jogo, contei o que tinha acontecido, contei que já tinha acontecido antes quando meu pai, após uma pausa dramática me falou:

“Filha, o que você tem é Síndrome do Pânico, convivo com isso desde os meus 28 anos. Estou indo para o Rio agora para te ajudar, mas fique tranquila que é possível viver numa boa com isso, eu vou te ajudar a passar por isso.”

Me senti uma completa ignorante. Como meu pai tem isso desde antes de eu nascer e eu não tinha ideia do que era ou melhor, de como era? Eu tinha uma imagem na minha cabeça dessa Síndrome de que era uma pessoa que tinha medo de sair de casa, que ficasse num canto com medo, eu não sabia que era assim! Quanta falta de informação, imagina quanta coisa a gente pinta na nossa cabeça por pura ignorância. Mas porra, bota no google imagens ‘síndrome do pânico’ pra vocês verem o que aparece! Hahaha.

Meu pai chegou no Rio e me confortou muito, me ensinou algumas técnicas de respiração para interromper a evolução do piripaque, que agora eu chamava de crise, me falou da importância de começar a fazer terapia, de ir a um médico pra saber de eu precisaria tomar remédios ou não. Me deixou tranquila, disse que no começo seria difícil mas que as coisas iriam se normalizar. E se normalizaram mesmo.

Não há um perfil exato de pessoas com pânico, não tem um porquê exato dele se manifestar, podem ser muitos fatores, traumas, estresse, mudanças bruscas, situações, é muito importante procurar tratamento, fazer terapia, pra que possamos entender a causa das crises e aprender a lidar melhor com isso.

O nosso corpo tem muitas válvulas de escape, nós somatizamos, nós temos gastrites nervosas e temos crises de ansiedade. A Síndrome do Pânico nada mais é quando o nosso corpo vai acumulando adrenalina e de repente tem uma descarga muito forte dela, seja onde você estiver. É como se naturalmente fossemos acumulando um copinho de adrenalina no cérebro e a crise é quando esse copinho entorna e vaza. Quando isso acontece, os sintomas são de morte iminente, sudorese, palpitações, taquicardia, pressão na cabeça, falta de ar, tontura, náusea, formigamento, tremedeira, etc. : Basicamente você acha que vai ter um treco. Acha não, você tem certeza de que vai ter um treco.

O esgotamento que sentimos depois das crises é por causa da tensão em que o corpo se mantém durante, é um exercício físico e mental muito pesado.

Meu pai me passou uma série de respirações que relaxam os músculos do corpo e eu consegui interromper todas as futuras crises, só experienciando o princípio da crise, isso até hoje. Resumidamente, no começo, ele pedia pra que eu deitasse no chão e respirasse em tempos, aspira em 3 tempos e expira em 6, fazendo com que mais ar saia do seu corpo. Por que no chão? Porque você consegue sentir o seu corpo tensionado e consegue concentrar onde tem que relaxar, se você está num colchão macio é mais difícil de perceber os músculos tensionados.

Eu escolhi não tomar remédio porque eu pude escolher, mas por favor, não se enganem, eu consegui interromper o ciclo do medo, mas mudei completamente a minha rotina, passei a ter hora pra acordar, pra trabalhar, pra comer, comia mais saudável, parei de beber por um tempo, praticava esportes, comecei a fazer yoga e terapia. Mas ainda assim tem gente que precisa sim tomar remédio pra que isso aconteça, então por favor, vá num médico de confiança, e se não tiver um, como é o meu caso, vá em mais de um até se sentir confortável com alguém que acredite em você, te entenda e queira te ajudar.

Não seja duro com você mesmo, demorei mais de seis meses pra poder me sentir um pouco segura de fazer as coisas normais de novo, demora um pouco mas é de pessoa pra pessoa. Acredite que você pode ser uma pessoa completamente normal e conviver com a Síndrome. Eu ainda tenho alguns princípios de crise, mas nunca mais tive nenhuma crise. Conheço muitas pessoas que nunca mais tiveram nem princípio de crise, então acredite, podemos sair dessa!  ovelhamag

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