Antes de mais nada, a psicoterapia é um processo de autoconhecimento, ou seja, promove um maior desenvolvimento da percepção que o indivíduo tem de si mesmo, de seus comportamentos, pensamentos e sentimentos.
Nem sempre as pessoas conseguem fazer essa auto-observação, e sofrem porque muitas vezes desconhecem as razões de seu agir, pensar ou sentir-se. A isso, pode-se seguir uma sensação de vazio, raiva ou frustração.
A psicoterapia não se resume ao tratamento dos sintomas já manifestos, e não há nenhuma restrição para se recorrer à psicoterapia em qualquer momento da vida em que o indivíduo sinta necessidade de se engajar em tal processo. Pelo contrário, ela busca fornecer subsídios para que a própria pessoa, entendendo melhor suas características, potencialidades e limites, previna a ocorrência de problemas psicológicos maiores.
Mesmo quando as dificuldades surgem, aquela pessoa que encara o psicólogo como "médico de loucos" demora a buscar ajuda especializada, e muitas vezes, só irá recorrer a um profissional quando os problemas tornaram-se complicados o bastante a ponto de interferirem na dinâmica familiar, nos relacionamentos em geral ou produzirem sintomas tais como episódios depressivos, de ansiedade, stress, fobias, transtornos alimentares, etc.
Dentro da psicoterapia existem várias formações teóricas ou especialidades conhecidas como abordagens ou linhas de trabalho; cada psicólogo se especializa na abordagem com a qual mais se identifica. Não existe uma abordagem dentro da psicologia considerada a melhor; todas são eficazes desde que aplicadas adequadamente por profissionais especializados.
Quando e por quê fazer psicoterapia?
- Quando queremos entender nossas reações e atitudes...
- Quando algumas pessoas têm comentado sobre seu egoísmo...
- Quando as coisas se confundem...
- Quando a infelicidade parece ser maior do que podemos suportar...
- Quando cremos que o destino nos prega peças...
- Quando nos sentimos vítimas de situações que nos envolvem...
- Quando nos percebemos excessivamente queixosos...
- Quando atribuímos a outros a responsabilidade que é nossa...
- Quando sentimos desconforto emocional; parece que nada está bem...
- Quando não percebemos nossa impotência...
- Quando sofremos perdas significativas...
Nestes e em outros casos, creio que a decisão de procurar terapia seja bastante acertada!!
E quando essas dificuldades já estão virando problemas, refletindo em outras áreas da vida?
Será no ambiente acolhedor da sessão de terapia, que você poderá falar abertamente sobre o assunto que quiser, sabendo que a profissional não está ali pra te julgar, mas para te ajudar!
Problemas mais comuns tratados pela Psicoterapia:
- Dificuldades de relacionamento em geral: afetivo, interpessoal, social;
- Autoestima;
- Drogadição (dependentes químicos), Alcoolismo
- Desvios de personalidade;
- Depressão;
- Ansiedade;
- Estresse;
- Síndrome do Pânico, fobias em geral;
- Transtorno Obsessivo compulsivo - TOC;
- Transtornos alimentares: Bulimia, anorexia, comer compulsivo
- Obesidade;
- Outros transtornos psicológicos.
Por que algumas pessoas se opõem tanto à terapia?
Porque pensam que quem procura terapia é "louco" ou "doente". Eles acreditam que é vergonhoso ou atitude de um "fraco" procurar terapia, pois não acreditam que um adulto normal pode precisar de ajuda para viver bem sua vida. Também existem casos de muitas pessoas que tiveram más experiências com terapeutas.
A Motivação do paciente é realmente importante no processo terapêutico?
Chegamos então num ponto que é essencial para o sucesso da psicoterapia: a motivação do cliente. Na verdade, o terapeuta não é o responsável direto pelas mudanças ocorridas ao longo do processo psicoterápico, mas tem participação importante: a ele cabe analisar, apresentar alternativas e discutir juntamente com o cliente as formas de alcançar as mudanças desejadas.
A motivação é a mola-mestra para que o cliente possa inclusive postergar ganhos mais imediatos que vinha obtendo, não enfrentando determinado problema (mesmo que com isso ele contribua para aumentá-lo ainda mais). Por sua vez, é papel do terapeuta mostrar a importância do esforço do cliente em reconhecer e enfrentar suas dificuldades, e apresentar os ganhos que ele está obtendo para sua vida presente e futura.
Finalmente, podemos afirmar que a psicoterapia não funciona de forma satisfatória para todos, por melhor que seja o terapeuta. Pessoas muito acomodadas ao seu dia-a-dia, que preferem ocultar suas dificuldades a tentar resolvê-las, que preferem jogar a culpa nos outros, que não permitem "perder seu tempo" falando de seus problemas, ou pessoas com muito pouca capacidade de se auto-observar são alguns exemplos de situações em que os objetivos do psicoterapeuta devem ser voltados, antes de tudo, para resolver estes empecilhos.
O que é a Terapia Cognitivo-Comportamental?
TCC é uma das poucas formas de psicoterapia que foi cientificamente testada e vista como efetiva em centenas de pesquisas clínicas para muitos transtornos diferentes.
Em contraste com outras formas de psicoterapia, a TCC é normalmente mais focada no presente, mais limitada no tempo, e mais orientada para a resolução de problemas. De fato, o que o paciente mais faz é resolver problemas atuais.
Além disso, os pacientes aprendem habilidades específicas que eles podem usar para o resto de suas vidas. Estas habilidades envolvem identificar pensamentos distorcidos, modificar crenças relacionadas a outros, ou a nós mesmo, de diferentes maneiras, e adaptar pensamentos, e conseqüentemente as emoções e conseqüentemente os comportamentos.
Quando preciso tomar remédio? Quem pode receitar?
O profissional que pode avaliar e receitar algum medicamento é somente o médico. O médico especialista em problemas emocionais é o psiquiatra. Não é recomendado que outro profissional médico indique remédio para problemas emocionais, a não ser quando faça parte do tratamento dentro de sua especialidade.
Em alguns casos, remédios podem ajudar a diminuir a ansiedade ou a depressão, por exemplo, facilitando o melhor andamento da psicoterapia. Assim, aos poucos, os remédios são retirados. Mas tomar remédio não é uma associação obrigatória. Isso só acontece quando houver realmente necessidade.
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