google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: Como se livrar da compulsão alimentar na bulimia nervosa

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Como se livrar da compulsão alimentar na bulimia nervosa

Uma queixa nada rara de pacientes com Bulimia Nervosa diz respeito à oscilação de peso - o "efeito sanfona" - relacionada aos episódios de excessiva ingestão de alimentos (que parece fora de controle), chamados de compulsão alimentar, e aos métodos purgativos (indução de vômito, uso inadequado de laxantes, diuréticos) ou não- purgativos ( jejuns, excesso de atividade física) utilizados.



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Uma forma de controle da oscilação de peso e, principalmente, da compulsão alimentar, é manter um padrão regular de alimentação, seguindo preferencialmente uma dieta prescrita por um nutricionista que esteja a par do tratamento de transtornos alimentares. Este é um aspecto fundamental do tratamento da Bulimia Nervosa.

Seguir este padrão alimentar requer muita disciplina e é o que faz muita diferença! A lógica é ter horários regulares para alimentação (pelo menos 3 refeições e 2 lanches programados), quantidade e qualidade de alimentos adequadas e espaçamento de 3 a 4h entre as refeições. As refeições devem ter prioridade maior que outras atividades, independentemente do apetite. Isto evita dois tipos de comportamentos extremados:

- que se fique períodos longos sem se alimentar (restrição alimentar) ou alimentando-se de forma inadequada (selecionando alimentos não "perigosos") ou utilizando-se de métodos purgativos;

- que ocorra alimentação em excesso (compulsão alimentar).

Isso é importante porque períodos de restrição reforçam episódios de compulsão pelo tempo transcorrido sem ingestão de alimentos (e utilização de métodos purgativos) ou por uma alimentação inadequada. E episódios de compulsão reforçam períodos de restrição alimentar, na tentativa de compensar a quantidade excessiva de comida ingerida.

Dicas importantes para as refeições:

- não se engajar em outras atividades durante a alimentação

- restringir a alimentação em um cômodo da casa


- limitar a quantidade de comida disponível durante a alimentação, evitando dispor travessas na mesa

- limitar a quantidade de alimentos "perigosos" que servem de estímulo para a compulsão alimentar

- comprar alimentos que necessitem preparo ao invés daqueles que podem ser consumidos imediatamente

- enfatizar a percepção de saciedade durante as refeições (mastigar lentamente, levar à boca pequenas quantidades de alimentos e engolir antes de colocar na boca mais alimento; comer sozinho, concentrando-se nas sensações, fazendo intervalos para que se possa decidir se é ou não necessário continuar a alimentação).

Outro ponto fundamental é relativizar a importância do peso (valor fixo e pré-determinado, que é colocado como meta a ser atingida a todo custo pela maioria dos bulímicos) na percepção de sua auto-imagem e também perceber que tipo de pensamentos passam pela cabeça no momento das refeições, os quais podem estar mantendo o comportamento compulsivo. 


Pensamentos sobre a auto-imagem, o formato corporal e a auto-estima também são indícios que devem ser avaliados, pois contribuem imensamente na manutenção e cronificação do transtorno alimentar. Para lidar com estes pensamentos e modificá-los caso necessário, a ajuda de um profissional é essencial, sendo mais indicada a psicoterapia cognitivo-comportamental para o tratamento dos transtornos alimentares.

O uso de medicamentos também é uma possibilidade de tratamento importante no manejo da compulsão alimentar, podendo os mesmos serem administrados concomitantemente à psicoterapia, conforme orientação profissional (médico psiquiatra).
portalnatura

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