google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: Quais os danos que uma crise hipertensiva podem causar?

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Quais os danos que uma crise hipertensiva podem causar?

Uma pergunta frequente feita no consultório é: a partir de quanto de pressão eu preciso me preocupar? Bom, essa resposta normalmente não vem com um número em si mas com o tipo de dano que a pressão arterial esteja causando. Variando muito de pessoa para pessoa, o pico de hipertensão pode ser considerado emergência ou não.
 
 
A pressão arterial normal o público leigo costuma chamar de 12/8 (12 por 8), mas, na verdade, a forma correta é 120/80 (120 por 80), pois este é o valor da pressão em milímetros de mercúrio.

A pressão arterial normal é, portanto, aquela na qual as artérias não ficam sob estresse e o coração não fica sobrecarregado. Atualmente, os níveis de pressão arterial para adultos, idosos e adolescentes são divididos da seguinte forma:

Pressão arterial mormal –
pacientes com pressão sistólica menor que 120 mmHg e pressão diastólica menor que 80 mmHg. 

Pré hipetensão – pacientes com pressão sistólica entre 120 e 139 mmHg ou pressão diastólica entre 80 e 89 mmHg. 

Hipertensão estágio 1 –
pacientes com pressão sistólica entre 140 e 159 mmHg ou pressão diastólica entre 90 e 99 mmH. 

Hipertensão estágio 2 –
pacientes com pressão sistólica acima de 160 mmHg ou pressão diastólica acima de 100 mmHg. 

Crise hipertensiva – pacientes com pressão sistólica acima de 180 mmHg ou pressão diastólica acima de 110 mmHg.
 
Quando um paciente é hipertenso, o tratamento visa impedir que o paciente apresente lesões nos sistemas que a hipertensão adora atacar e que são comprometedores tanto da duração da vida quanto de sua qualidade, a saber: cérebro, coração, olhos e rins. Partindo daí, ficamos com a definição de "lesão de órgão alvo" que é muito importante para definirmos o quão agressivos devemos ser no tratamento.

Alguns sintomas nos dão uma direção que algo mais sério esteja acontecendo além de um mero aumento de pressão como por exemplo:
  • Dormências e fraquezas em algum segmento do corpo, dores de cabeça, alterações na fala – dano neurológico;
  • Alterações visuais (visão dupla, borrada, sem foco) – alterações oculares e/ou neurológicas;
  • Dor no peito, falta de ar, cansaço, palpitações – dano cardiológico.
Uma elevação de pressão arterial que apresente sintomas assim devem ser tratados como emergências médicas, em ambiente hospitalar, com medicação rápida e eficaz. Tentar contornar isso em ambiente doméstico pode fazer a diferença entre uma mera crise de pressão ou um infarto ou um AVC.

Quais são as complicações das crises hipertensivas?

As crises hipertensivas podem ocasionar complicações graves como acidente vascular cerebral, edema de fundo de olho, convulsões, dificuldades de falar, aneurisma dissecante da aorta, encefalopatia hipertensiva, nefrites agudas, infarto do miocárdio, edema agudo de pulmão.

Como o médico trata as crises hipertensivas?

As crises hipertensivas requerem atendimento imediato e intensivo em hospital. O médico deve atuar no sentido de reduzir imediatamente os níveis elevados da pressão arterial com medicações orais e intravenosas que diminuam bastante a resistência periférica. Deve também atuar no sentido de proteger os órgãos-alvo.

Como veremos a seguir, o fato de não haver sintomas, não significa que picos hipertensivo não façam mal aos seus órgãos. Mesmo aqueles pacientes que apresentam pressão arterial sempre muito elevada, frequentemente acima de 180 mmHg de pressão sistólica (pressão máxima), são caracterizados como portadores de crise hipertensiva toda vez que tiverem um pico de hipertensão. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, o corpo não se acostuma com a pressão muito alta.

Geralmente, as crises hipertensivas ocorrem nos pacientes que não estão adequadamente tratados para hipertensão. Os motivos geralmente são:
  • Paciente não sabe que é hipertenso e, por isso, nunca tomou medicamentos.
  • O paciente sabe que é hipertenso, sabe que tem que tomar remédios para a pressão, mas não os toma da forma correta, seja por vontade própria ou porque o médico não explicou a receita de forma clara.
  •  O paciente sabe que é hipertenso, toma corretamente os remédios, mas as doses ou os tipos de medicamentos prescritos não estão adequados àquele paciente em particular.
  • Em alguns casos, o paciente passa anos com a sua pressão arterial mais ou menos bem controlada, mas, de uma hora para outra, começa a apresentar picos hipertensivos.
    Situações que podem provocar descontrole da pressão arterial são:
    •     Mudanças na dieta, principalmente aumento do consumo de sal
    •     Relevante ganho de peso recente.
    •     Troca dos medicamentos que estava habituado a tomar.
    •     Surgimento ou agravamento de doenças dos rins.



               

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