A fobia é
semelhante ao medo, mas nela existe um nível de ansiedade que interfere
diretamente na vida da pessoa. “A pessoa com fobia passa a evitar,
conscientemente, as situações e os estímulos temidos. Apenas por
antecipar em pensamento uma situação fóbica a pessoa pode sofrer
bastante e até ter uma crise de pânico.
Ainda que a pessoa saiba o
quanto é absurdo o seu medo, isso não chega a alivia os seus sintomas. E
isso, obviamente, pode prejudicar o funcionamento da pessoa no seu dia a
dia. Esse distúrbio psíquico é mais comum do que se imagina e afeta até
10% da população”, explica o psiquiatra.
Não vamos nem falar das baratas, mas todo mundo conhece alguém que
tem medo – mais do que isso, pavor mesmo – de qualquer inseto voador,
seja uma mosca, abelha ou uma inofensiva mariposa.
As baratas vivem em locais como esgotos, ralos e lixos, onde se alimentam de detritos, elas não poderiam deixar de ser odiadas. Fora as doenças que elas podem transmitir elas são inofensivas. Coitadinha ela tem mais medo de nós do que nós dela.
Em relação aos animais, pode haver um grande número de fobias, que vão dos insetos a animais de porte maior. O que é mais comumente observado no dia-a-dia, contudo, são as fobias de insetos (baratas, abelhas, vespas, borboletas, mariposas, traças).
Existem também com bastante freqüência fobia de aranhas, cobras, pássaros, cães, gatos, sapos e ratos e até de animais menos típicos, como as lagartixas.
Parece compreensível ter medo de cães, mas as pessoas não entendem, por exemplo, um escândalo por medo de barata. A barata é inúmeras vezes menor do que um ser humano, portanto, não apresentaria ameaça alguma. Porém, o medo inconsciente é do que a mesma possa transmitir. Neste mesmo prisma está a fobia do rato, isto é, o medo de que possam transmitir doenças que levem à morte.
Herdaram genes de seus antepassados
Sabe-se que se você colocar um rato em uma caixa com uma cobra, o rato
ficará em alerta e paralisado ao sentir o cheiro da cobra, mesmo que ele
nunca tenha se deparado com uma cobra anteriormente. A teoria evolutiva
defende que os ratos ancestrais, que nasceram com um gene de alerta ao
cheiro de cobras, conseguiram sobreviver mais do que os que não possuíam
este gene. Tal fato, fez com que esse tipo específico de resposta fosse
selecionado na comunidade de roedores, tornando-se um traço dominante
milhares de gerações depois.
Tratamento: O uso de medicamentos para amenizar os sintomas de ansiedade pode ser indicado para algumas fobias.
“O ideal é uma combinação de remédios e psicoterapia, a qual propõe uma
escala de exposição ao objeto, ou situação que causa ansiedade. Essa
aproximação do paciente com o objeto ou a situação temida deve ser feita
com uma certa frequência. O paciente deve entrar em contato com a fobia
pelo menos duas vezes por semana para conseguir obter um bom
resultado”, ressalta o médico Deyvis Rocha.
Quando procurar ajuda para as fobias e medos: A fobia deve ser tratada
quando causar um grande impacto na sua vida. Por exemplo, um pavor de
aranhas tem raras chances de prejudicar o desempenho de alguém. Se ela
interfere na sua rotina normal ou o impede de executar as tarefas que
você gosta, é indicado que procure ajuda médica. Consulte o médico
quando a sua fobia causar um pânico intenso e for incontrolável.
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