O que torna as coisas especiais na vida é a maneira como as fazemos. O significado que damos ao trabalho é a maior fonte de motivação para realizá-lo bem. Por isso, a importância de vivermos com entusiasmo e alegria.
Mas no dia a dia somos submetidos a vários estímulos contraproducentes ao bom desempenho. Eles vêm do comportamento de outras pessoas, das nossas ilusões e de fatores culturais tão incorporados, que os reproduzimos e nem damos conta.
A palavra trabalho deriva do latim, da palavra tripalium, originariamente um instrumento de tortura do exército romano. Enviar alguém ao tripalium era sinônimo de obrigar ao sofrimento, dor e exaustão – ideias ainda hoje muito associadas ao trabalho profissional.
Ao longo da vida, muitas pessoas se sentem “obrigadas” a trabalhar para sobreviver. Ocorreu a generalização do termo trabalho como algo penoso. Daí a melancolia do domingo à noite, pois chega a segunda-feira, dia de voltar ao sofrimento, ao tripalium.
Os gregos utilizavam a palavra póiesis (com o significado inicial de criação, ação, confecção, fabricação e, posteriormente, arte da poesia e faculdade poética), que em português deu origem a palavra poesia, resgatando o sentido de atividade que revela a beleza do espírito, envolvendo, portanto, prazer e satisfação!
Assim, poesia é percebida como um fruto da alma, uma maneira de transcender o presente e eternizar nossa participação no mundo, deixar um legado, enquanto o trabalho é visto como um castigo ao qual somos submetidos.
Quem você imagina que é mais feliz? Aquele que identifica trabalho com tripalium ou com póiesis?
A maneira como fazemos as coisas e a qualidade dos resultados que obtemos depende das razões que nos levam a fazê-las, do nosso grau de entusiasmo e paixão ao realizá-las.
Preencha sua vida de póiesis e elimine o tripalium. Afinal, o fato de que possa haver dor e sofrimento em vários momentos da vida, não pode e não deve transformá-la em uma tortura.
A vida é feita de escolhas. O que vivemos e como vivemos é uma consequência natural, um desdobramento de nós mesmos. Vamos nos dedicar a fazer escolhas melhores, não somos prisioneiros do destino, somos poetas da criação, coautores da história do mundo!
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