Todo mundo foi convencido por muito tempo com o fato de que uma abelha pica uma pessoa e morre logo depois. Essa “regra” pode sim se aplicar em alguns casos, mas não é obrigatoriamente dessa forma. Existem cerca de 20 mil espécies de abelhas no mundo e apenas a Apis melífera pica uma vez e morre.
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Por que as abelhas morrem quando picam? Isto é porque seu ferrão tem farpas que se alojam na pele do alvo. Quando a abelha voa para longe, ela deixa o ferrão e saco de veneno para trás, basicamente rasgando parte do seu corpo e morrendo em poucos minutos. O ferrão é um prolongamento do abdômen, que se rompe no momento em que a abelha abandona a vítima. Esse ataque suicida acontece quando ela se sente ameaçada ou é importunada por cheiros fortes ou vibrações sonoras.
Se a abelha vive em colônia, também pode atacar para proteger a colméia: ao picar, ela solta um tipo de feromônio que serve de alerta para as suas companheiras. Essa é uma característica das operárias. “A rainha raramente sai da colméia e o zangão nem ferrão tem”, diz Lionel Gonçalves, professor de genética animal da USP de Ribeirão Preto.
Mas nem todas as abelhas possuem essa arma de defesa. As espécies sem ferrão se protegem como podem: umas mordem, outras se enrolam nos pêlos ou entram nos ouvidos, nariz e olhos. Uma delas, conhecida como caga-fogo, solta uma secreção que, em contato com o suor, queima a pele. E você com medo de uma picadinha...
No entanto, qualquer outra espécie de abelha ou vespa que tem um ferrão suave pode picar tantas vezes quanto ela quiser. Mesmo as próprias abelhas melíferas nem sempre morrem após uma picada. Se o seu alvo não tem a pele grossa (como outro inseto), geralmente ela é forte o suficiente para tirar o ferrão e repetir o processo.
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