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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Intoxicação alimentar: conheca alimento mais contaminado


Quando começa a esquentar depois da primavera, a temperatura e o grau de umidade se elevam, propiciando o desenvolvimento de bactérias, fungos e micróbios, que são causadores da intoxicação alimentar.

Lugares como restaurantes, bentoyas, hospedarias, refeitórios, hospitais, creches, escolas, matsuris e comércio de comidas e bebidas são os prováveis focos de intoxicação alimentar. Até em sua própria casa pode acontecer a intoxicação alimentar.

Em 2011, foi amplamente noticiado sobre a intoxicação alimentar causada pelo consumo de carne crua (yuke) em uma rede de yakiniku, fizeram algumas vítimas fatais. Lembram-se que em verões passados, do surto de intoxicação alimentar pelo E.coli O-157 (O-ichi-go-nana)? A batéria causadora da intoxicação atual é a E.coli O-111, que em linhas gerais podemos dizer é são “da mesma família”, e que os sintomas, causas e as medidas de prevenção são similares.


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“Deve ter sido alguma coisa que eu comi.”
Quantas vezes você já sentiu uma indisposição acompanhada de vômitos, dores de estômago e diarréia? De fato, os casos de uma ligeira intoxicação alimentar se tornaram tão comuns hoje em dia que dificilmente achamos necessário consultar um médico a respeito.

Intoxicação alimentar é o nome que se dá aos sintomas desagradáveis que uma pessoa apresenta depois de ingerir alimentos ou bebidas contaminados por microrganismos nocivos ao organismo, como as bactérias patogênicas, toxinas, vírus, príons ou parasitas e outros.

Como acontece a contaminação ?
Na intoxicação, a contaminação ocorre após a ingestão de alimentos que já contêm toxinas produzidas por microorganismos, as quais podem atacar a parede intestinal.

Já na infecção, os microorganismos patogênicos são ingeridos com os alimentos contaminados, e passam a produzir toxinas após entrar no organismo da pessoa afetada. Algumas das toxinas são destruídas pelo processamento mas outras continuam no alimento mesmo quando o microorganismo é eliminado.

Por último, poderá ocorrer a ingestão de um alimento que contenha microorganismos patogênicos, que produzem toxinas dentro dos intestinos (exemplos: Shigella spp., Clostridium perfringens, Escherichia coli 0157:H7).

Sintomas : 
Os sintomas da intoxicação alimentar geralmente começam algumas horas depois da ingestão e, dependendo do agente envolvido, pode incluir alguns dos seguintes sintomas:

Náusea
vômito
diarréia
cólicas intestinais
dor de cabeça
dor de estômago
cansaço
coceira na pele

Se houver febre, ela geralmente não é muito alta, menos de 38,5˚C. A maioria das pessoas melhoram dentro de 5 a 7 dias.

Algumas infecções são moderadas, porém outras são graves e até ameaçam a vida, especialmente em bebês, mulheres grávidas (e o feto), idosos, pessoas doentes ou com o sistema imunológico fraco.

Quanto mais saudável o corpo, com alimentação balanceada, mais rápido é a recuperação ou mais suaves são os sintomas. Isto é importante!

Síndrome hemolítico-urêmica.
Sinais de que a pessoa está desenvolvendo síndrome hemolítico-urêmica incluem diminuição na freqüência da urinação, sensação de muito cansaço, e cor rosada nas bochechas e dentro das pálpebras inferiores.

Pessoas com síndrome hemolítico-urêmica devem ser hospitalizadas porque os rins podem parar de funcionar ou desenvolver outros problemas sérios. A maioria das pessoas com síndrome hemolítico-urêmica se recuperam dentro de algumas semanas, porém algumas pode sofrer danos permanentes ou até morrer.

Período de incubação
O tempo entre o consumo de alimento contaminado e o aparecimento dos primeiros sintomas da doença é chamado período de incubação, o qual varia de algumas horas a dias, dependendo do agente e o quanto foi consumido.

Se os sintomas aparecerem entre 1-6 horas depois de ingerir o alimento, isso sugere que a intoxicação alimentar foi causada por uma toxina bacteriana ao invés de bactéria viva.

Quanto às infecções, o período de incubação é mais longo (alguns dias), uma vez que os germes necessitam de tempo para se multiplicarem no aparelho digestivo. No entanto, é importante observar que a pessoa afetada tanto por intoxicação como por infecção pode contaminar outras através de suas fezes.

Durante o período de incubação, micróbios passam pelo estômago até o intestino, prendem-se às células do revestimento da parede do intestino, e começam a se multiplicar lá. Alguns tipos de micróbios ficam no intestino, outros produzem toxina absorvida pela circulação sanguínea e uns podem invadir diretamente tecidos mais profundos do corpo.

Além disso, cada bactéria é única, tem preferência de alimentos, provoca diferentes sintomas no organismo saudável e possui período de incubação (tempo que demora para surgir os sintomas) que vai de 1 a 72 horas após a ingestão do alimento contaminado.

Quando deve-se consultar o médico em caso de diarréia
Deve-se consultar o médico se a diarréia for acompanhada de um destes sintomas:

♦ Febre alta. 

♦ Sangue nas fezes. 

♦ Vômito prolongado que impede manter os líquidos ingeridos.

♦ Diarréia que dura mais de 3 dias. 

♦ Sinas de desidratação quando levanta.

Tratamento
O tratamento com terapia não específica, incluindo hidratação (beber bastante líquido), é importante. Não fique surpreso se o médico não receitar antibiótico.

Muitos casos de diarréia causados por vírus melhorarão em 2 ou 3 dias sem antibióticos. De fato, antibióticos não têm efeito em vírus e podem causar mais mal do que bem se usados sem necessidade, e o uso poderia elevar o risco da síndrome hemolítico-urêmica.

Agentes contra a diarréia, também poderiam elevar esse risco. Outros tratamentos podem aliviar os sintomas e, lavar as mãos cuidadosamente podem prevenir que a infecção se espalhe para outras pessoas.

Causas da intoxicação alimentar:
Os alimentos contaminados pelas bactérias normalmente possuem aparência, gostos e cheiro normais.

É importante dizer que as bactérias, por serem microrganismos, são invisíveis ao olho nu. Alimentos deteriorados não costumam provocar intoxicação alimentar, as bactérias que deterioram os alimentos não são a causa mais comum desse distúrbio. Na realidade, esse tipo de intoxicação é muito raro porque, em geral, as pessoas não chegam a ingerir um alimento que está notoriamente estragado.

♦ A contaminação geralmente decorre do modo inapropriado (má higiene antes, durante e depois) de manusear, preparar ou estocar comida, ausência de uma higienização adequada dos equipamentos e utensílios que estão em contato com os alimentos.

♦ O contato entre alimento e pestes, especialmente moscas, ratos e baratas, também é causa de contaminação do alimento.

♦ Intoxicação alimentar também pode ser causada ao adicionar pesticidas ou medicamentos ao alimento, ou ao acidentalmente consumir substâncias naturalmente venenosas como alguns tipos de cogumelos e alguns tipos de peixes.


Bactérias que causam infecções alimentares mais comuns:

Campylobacter é uma bactéria patogênica, que causa febre diarréia e dor abdominal. É a bactéria mais comumente idenficada como causa de diarréia no mundo. Essa bactéria vive no intestino de pássaros saudáveis e a maioria das carnes de frango cruas têm a Campylobacter. Comer frango sem cozinhá-lo é a causa mais comum dessa infecção.

Salmonella também é uma bactéria que vive no intestino de pássaros, répteis e mamíferos. Ela pode infectar humanos por vários tipos diferentes de alimentos de origem animal. A doença tipicamente inclui febre, diarréia e dor abdominal. Se a pessoa tiver o sistema imunológico fraco, a bactéria pode invadir a corrente sanguínea e causar infecção que precisa de tratamento por toda a vida.

E. coli O157:H7 é uma bactéria patogênica que tem como carnes e vegetais. A infecção segue-se ao consumo de alimentos ou água que foi contaminada com quantidades microscópicas de fezes de gado. Os sintomas da doença causada pela E. coli O157:H7 geralmente são diarréia grave com sangue e cólicas abdominais fortes, sem muita febre. De 3 a 5% dos casos há uma complicação chamada síndrome hemolítica urêmica, que pode ocorrer várias semanas depois dos sintomas iniciais. Essa complicação grave inclui anemia temporária, sangramento forte e falha renal.

Como prevenir a infecção alimentar

Precauções simples podem reduzir os risco de infecção alimentar:

♦ Comprar alimentos frescos. Prestar atenção no prazo de validade. 

♦ Cozinhar carne, aves e ovos cuidadosamente.

♦ Separar os alimentos de modo que um não contamine o outro.

♦ Colocar o que sobrou de comida na geladeira prontamente.

♦ Lavar as mãos cuidadosamente depois de usar o banheiro, trocar fraldas, e antes de preparar ou comer alimentos.

♦ Lavar as mãos depois de contato com animais em seu ambiente (fazendas, zoológicos, feiras).

♦ Evitar laticínios não pasteurizados.

♦ Evitar engolir água ao nadar em lagos, represas e piscinias


           

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