Leptospirose é uma infecção aguda, potencialmente grave, causada por uma bactéria do gênero Leptospira, que é transmitida por animais de diferentes espécies (roedores, suínos, caninos, bovinos) para os seres humanos.
Esse micro-organismo pode sobreviver indefinidamente nos rins dos animais infectados sem provocar nenhum sintoma e, no meio ambiente, por até seis meses
depois de ter sido excretado pela urina.
No Brasil, os ratos urbanos (ratazanas, ratos de telhado e camundongos) são
os principais transmissores da doença e o número de casos aumenta na estação
das chuvas, por causa das enchentes e inundações. Infelizmente, o risco não
desaparece depois que o nível das águas baixa, pois a bactéria continua ativa
nos resíduos úmidos durante bastante tempo.
Sintomas
A doença pode ser assintomática. Quando se instalam, os sintomas são febre
alta que começa de repente, mal-estar, dor muscular (mialgias) especialmente na
panturrilha, de cabeça e no tórax, olhos vermelhos (hiperemia conjuntival),
tosse, cansaço, calafrios, náuseas, diarreia, desidratação, exantemas (manchas
vermelhas no corpo), meningite.
Em geral, a leptospirose é autolimitada, costuma evoluir bem e os sintomas
regridem depois de três ou quatro dias. Entretanto, essa melhora pode ser
transitória. Icterícia, hemorragias, complicações renais, torpor e coma são
sinais da forma grave da doença, também conhecida como doença de Weil.
Diagnóstico
Na fase inicial, a leptospirose pode ser confundida com outras doenças
(dengue, gripe, malária, hepatite), porque os sintomas são parecidos. Por isso,
é muito importante estabelecer o diagnóstico diferencial por meio de exames
sorológicos ou pelo isolamento da bactéria em cultura, no sangue ou no líquor.
Vacina e Tratamento
Quanto antes for instituído o tratamento da leptospirose, maior será a
chance de evitar a evolução para quadros mais graves da doença, que sempre
requerem internação hospitalar.
A conduta inclui cuidados com a hidratação, uso de antibióticos, entre eles
a penicilina, e de medicamentos para aliviar os sintomas. No entanto, devem ser
evitados aqueles que contêm ácido acetilsalicílico, porque aumentam o risco de
sangramentos.
A vacina só está disponível para ser aplicada em animais. Mesmo assim,
embora evite que fiquem doentes, não impede que sejam infectados pela
Leptospira nem que transmitam a bactéria pela urina.
Recomendações
* Observe as medidas básicas de higiene. Embale bem o lixo, ferva a água ou
coloque algumas gotas de hipoclorito de sódio ou de água sanitária antes de
beber ou cozinhar;
* Lave bem os alimentos, especialmente frutas e verduras que serão
consumidas cruas;
* Vacine seu animal e mantenha rigorosamente limpas as vasilhas em que são
servidos alimentos e água;
* Não deixe as caixas d’água destampadas;
* Use luvas e botas de borracha se trabalhar em ambientes que possam ser
reservatórios da Leptospira;
* Não se automedique, se suspeitar de infecção pela bactéria da
leptospirose.
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