Enxaqueca, também conhecida por migrânea, é um distúrbio
neurovascular crônico e incapacitante, com base biológica que acomete as
pessoas geneticamente predispostas.
Esse tipo de cefaleia primária pode ocorrer em qualquer
idade, mas costuma manifestar-se mais em adolescentes e adultos jovens e afeta
mais as mulheres do que os homens.
Em cerca de 15% dos casos, o quadro de dor é precedido (ou
acompanhado) por uma aura premonitória que envolve sintomas neurológicos. Sua
principal característica é o embaçamento da visão ou a presença de pontos
luminosos, em zigue-zague ou manchas escuras nos períodos que precedem as
crises dolorosas.
O que é aura?
Nem todas as pessoas que sofrem de enxaquecas têm aura. As
que têm, geralmente desenvolvem alguma cerca de 10 a 15 minutos antes da dor de
cabeça. Entretanto, ela pode ocorrer de alguns minutos a 24 horas antes. Pode
não ocorrer enxaqueca depois da aura.
Os distúrbios visuais, ou aura, são considerados um
"sinal de aviso" de que a enxaqueca vai começar. A aura ocorre nos
dois olhos e pode envolver qualquer um dos itens a seguir, ou todos:
Um ponto cego temporário
Vista embaçada
Dor nos olhos
Ver estrelas ou linhas em ziguezague
Visão de túnel
Atenção: pessoas que sofrem de enxaqueca com aura,
especialmente as fumantes que fazem uso de pílulas anticoncepcionais, têm risco
aumentado de sofrer acidentes vasculares cerebrais.
Causas
A enxaqueca é uma doença multifatorial, mas algumas de suas
possíveis causas ainda continuam indefinidas.
No entanto, já se sabe que existem alguns gatilhos que podem
desencadear as crises, tais como: jejum prolongado, estresse, insônia,
chocolate, queijos fortes, embutidos, consumo excessivo de café e de bebidas
alcoólicas, fumo, alterações hormonais, certos perfumes e o açúcar.
Sintomas
O sintoma típico da enxaqueca é uma dor latejante e
pulsátil, geralmente unilateral, de intensidade moderada ou forte, acompanhada
por náusea e vômitos, hipersensibilidade à luz (fotofobia), aos sons
(fonofobia) e a certos odores (osmofobia), que se mantém de quatro a 72 horas e
piora com o movimento.
Irritabilidade, depressão, agitação são transtornos de humor
que podem estar associados às crises de enxaqueca, ou antecedê-las.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico baseado no levantamento da história
familiar e nas queixas do paciente Para defini-lo, basta que a dor esteja
acompanhada por três ou quatro dos sintomas acima enumerados.
Tratamento
O tratamento da enxaqueca leva em consideração as
características da dor e a frequência das crises. O objetivo é suprimir os
sintomas e evitar a incidência de novos eventos. Nos episódios agudos, os
analgésicos comuns, eventualmente associados a outras drogas, podem representar
uma solução eficaz contra a dor, especialmente se tomados assim que surgirem os
primeiros sintomas. Pacientes que não respondem bem a esse esquema terapêutico
podem recorrer aos triptanos, uma classe de drogas com mecanismo mais
específico de ação.
No entanto, é preciso cuidado: o uso repetido desses
remédios, o abuso de analgésicos e o aumento progressivo das doses necessárias
para alívio da dor podem resultar num efeito rebote cujo resultado é o
agravamento dos sintomas.
Já está comprovado que mudanças no estilo de vida e evitar
os gatilhos que disparam as crises são procedimentos não farmacológicos
indispensáveis para a prevenção da enxaqueca. Alimentação equilibrada, sono
regular, prática de exercícios físicos, redução do consumo diário de cafeína,
controle dos níveis de estresse são medidas que ajudam a diminuir a frequência
e a intensidade das crises.
Recomendações
* Não pule refeições. Jejum prolongado é um dos principais
fatores desencadeantes das crises;
* Evite alimentos e bebidas que possam provocar ataques de
enxaqueca;
* Pratique exercícios físicos regularmente;
* Estabeleça horários para deitar-se e levantar-se e procure
respeitá-los;
* Tente reservar algum tempo para o lazer. Relaxe. Não vai
adiantar nada sofrer por antecipação.
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