Auto-piedade é o sentimento, emoção ou comportamento de pena de si mesmo diante de um evento estressante. É um sentimento associado ao auto-conforto com importante papel nas relações humanas.
Pode envolver desde um comportamento breve, ocasional e transitório como comer doces após um dia estressante até um traço de personalidade central expressado mesmo sem provocação ou diante de percepções distorcidas e que causa sofrimento a si e aos outros mas é mantido por um ganho secundário.
Pode envolver desde um comportamento breve, ocasional e transitório como comer doces após um dia estressante até um traço de personalidade central expressado mesmo sem provocação ou diante de percepções distorcidas e que causa sofrimento a si e aos outros mas é mantido por um ganho secundário.
Autopiedade é ter pena de si mesmo. Muitas pessoas se fazem de vítimas das situações, atribuindo sempre a culpa de seus fracassos aos outros. São pessoas que colocam à mercê dos outros como se eles fossem grandes e fortes e ela, um nada. São inúmeros os exemplos de pessoas que agem assim.
Um exemplo bem concreto e próximo da nossa realidade são as mulheres que terminam um namoro ou um casamento e começam a falar mal do cônjuge, como se só ele tivesse sido culpado.
Um exemplo bem concreto e próximo da nossa realidade são as mulheres que terminam um namoro ou um casamento e começam a falar mal do cônjuge, como se só ele tivesse sido culpado.
O amor anterior se transforma em ódio e o mocinho em vilão. Quantas vezes eu mesma me utilizei deste comportamento. Depois de terminar um namoro de 4 anos, culpei meu namorado de não ter pensado em mim, pensei em mil outras maneiras dele ter feito isso, apontei as suas falhas esquecendo que antes de tirar o cisco do olho dele, precisava tirar a trave do meu (Mt 7,3). Veja só como Jesus fala: o outro tem apenas um pequeno cisco no outro.
A trave do seu olho é enorme mas você não enxerga porque seu foco é sempre o outro. Estamos cheios de mulheres vitimadas por aí, de pobres coitadinhas sofredoras, maltratadas pelo destino, que foram esmagadas por alguém mais forte que elas e não tiveram saída. Agindo assim, dão um poder ao outro que ele não possui. Essas pessoas normalmente são carentes, dependentes de atenção e agem de forma infantil, às vezes inclusive falando com voz de criança. Por medo de errar, de não agradar, de ser abandonada, a pessoa age de forma imprudente, se ocultando à sombra de um outro. Quando existe um erro, a responsabilidade nunca foi dela. Mas ela esquece que permitiu que isto acontecesse na sua vida.
A trave do seu olho é enorme mas você não enxerga porque seu foco é sempre o outro. Estamos cheios de mulheres vitimadas por aí, de pobres coitadinhas sofredoras, maltratadas pelo destino, que foram esmagadas por alguém mais forte que elas e não tiveram saída. Agindo assim, dão um poder ao outro que ele não possui. Essas pessoas normalmente são carentes, dependentes de atenção e agem de forma infantil, às vezes inclusive falando com voz de criança. Por medo de errar, de não agradar, de ser abandonada, a pessoa age de forma imprudente, se ocultando à sombra de um outro. Quando existe um erro, a responsabilidade nunca foi dela. Mas ela esquece que permitiu que isto acontecesse na sua vida.
Se você vai se casar e um dos seus pais ou amigos diz: “Não gosto desse cara. Não aprovo isso” e você muda de opinião ou se fica volúvel de acordo com as opiniões diferentes, você está deixando seu destino na mãos dos outros. Não adianta dizer mais tarde: Eu fui uma pobre coitada, perdi meu grande amor porque meus pais/amigos tiraram de mim. Isso é uma ilusão, uma mentira porque foi você que desistiu de lutar.
Outro exemplo são as pessoas que só vêem as coisas negativas, se vêem como vítimas de Deus, de um mundo injusto porque não tiveram oportunidade, porque só vêem derrotas, sem nunca assumirem sua parte nos erros. “Deus foi ruim pra mim, não me deixou realizar aquele sonho”, pensamos desta forma por não compreendermos a Deus em sua infinita sabedoria. Temos que jogar a culpa em alguém, então que seja nele. Ou então dizem: “Que mundo cruel, só tive decepções, nada na minha vida deu certo”. Essas pessoas deixam de ser gratas pelas coisas boas e resolvem focar nas coisas ruins.
Seja como for, a atitude de auto-piedade é extremamente escravizante e infantil. Somos vítimas a princípio de uma situação real mas que se extingue um dia e acabamos vivendo uma situação imaginária. Pedindo socorro aos outros para nos libertarem, esperando os amigos aprovarem seu casamento para você finalmente ser feliz, esperando o patrão ser justo para poder sorrir, esperando os problemas acabarem ou o mundo ajudar a manter a imagem de vítima que você tem. Essas pessoas normalmente acabam desenvolvendo uma hipersensibilidade às críticas e detestam qualquer um que questiona seu lugar de vítimas, inventando às vezes argumentos falsos para embasar sua lógica e não passar vergonha.
A pessoa que dá todo esse poder aos outros acaba tendo uma identidade fantasiosa, rompendo com uma parte da própria personalidade e acabando por não se auto-conhecer adequadamente. Tapa o sol com a peneira e deixa seu destino na mão dos outros, abrindo mão de se conhecer e de se experimentar, desconhecendo assim também a sua vocação e seus dons. Arranca uma parte de si mesmo que não quer ver e toma as situações de forma extremamente parcial. Como vimos em outros textos, o preço de ocultar ou retirar parte de si mesmo, é sempre um vazio existencial que acaba sendo preenchido com drogas e outras compulsões. A compulsão é apenas um sintoma.
Os outros parecem sempre estar carregando cruzes mais leves, talvez porque sorriem, talvez porque conseguiram aceitar sua própria cruz e enfeita-la com flores como fez Santa Teresinha. É como na academia de ginástica. Uma vez fui observar uma pessoa fazendo certo exercício para as pernas e me pareceu muito fácil. Quando tomei seu lugar no aparelho, vi que o peso era enorme. Isso acontece porque ninguém pode estar no lugar do outro e a grama do vizinho sempre parece mais verde. Quando começamos nos processo de autopiedade, centramos o universo em nós e nas nossas dores, fazendo do nosso medo e dos nossos traumas os senhores da nossa vida.
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