Os cistos fazem parte de uma variedade de alterações benignas da mama, designadas como mudanças fibrocísticas, e constituem uma das causas mais freqüentes de tumores mamários.
O exame clínico, isoladamente, é incapaz de estabelecer o diagnóstico de um cisto mamário. Geralmente é uma lesão assintomática, sendo diagnosticada por métodos de imagem. A acurácia do ultra-som para a identificação de cistos é próxima dos 100% quando presente massa anecóica oval, redonda ou lobulada, de contorno circunscrito, com reforço acústico posterior.
Segundo o sistema BI-RADS® para
ultra-sonografia, os cistos podem ser divididos em simples, microcistos
agrupados, complicados e complexos, sendo classificados em:
categoria 2
(benigna) os cistos simples,
categoria 3 (provavelmente benigna) para os
microcistos agrupados e os cistos complicados
categoria 4 (suspeita) para os cistos complexos.
BI-RADS® categoria 5, significa que ele achou algo muito suspeito no exame, que tem mais de 95% de chance de ser câncer. Naturalmente, nesses casos a biópsia também é indispensável. Vale dizer que há casos de BI-RADS®5 que não são câncer, então é sempre necessário realizar biópsia.
Categoria 6 é mais difícil de ser entendida porque é muito específica. Ela é dada quando uma paciente que já se sabe ser portadora de um câncer faz outro exame de imagem (mamografia, ultrassom ou ressonância) e nesse exame aparece o câncer já conhecido e mais nada. Ela foi criada porque a classificação BI-RADS®não existe apenas para fazer o atendimento individual da paciente em questão, mas também para permitir estatísticas que nos levam a compreender melhor o câncer e ajudar outras pacientes. Foi necessário criar uma nova categoria para que o mesmo câncer não fosse contabilizado duas vezes nas estatísticas em casos em que a paciente faz exames pré-operatórios adicionais.
A abordagem terapêutica dos cistos mamários deve ser
individualizada de acordo com sua apresentação e o perfil psicológico de cada
paciente. Atualmente, não se justificam medidas radicais na abordagem
terapêutica destas lesões, visto que sua natureza é eminentemente benigna. É
mister que os ginecologistas e mastologistas estejam informados e atualizados
para utilizar racionalmente os recursos propedêuticos, otimizando tanto o
benefício psíquico e clínico das pacientes como os custos decorrentes de exames
e terapêuticas desnecessárias na abordagem dos diferentes tipos de cistos
mamários.
Vídeo: todo cisto de mama é perigoso?
Nenhum comentário:
Postar um comentário