Como estratégia de sobrevivência, a mente humana é capaz de desenvolver anomalias incríveis. Ser sequestrado e se apaixonar pelo sequestrador não é só história de filme.
Na Síndrome de Estocolmo o raptado passa a admirar e até mesmo amar a pessoa que a sequestrou, tudo como parte de uma doença desenvolvida por um transtorno mental.
O nome “Síndrome de Estocolmo” é devido a um assalto ocorrido em Estocolmo, na Suécia, em 1973, onde quatro pessoas foram mantidas reféns por seis dias. Depois de liberados, os indivíduos desenvolveram a síndrome e defenderam e amenizaram a culpa dos raptores, o que acabou até em casamento.
Imagem do assalto de 1973, que resultou na descoberta da “síndrome de Estocolmo.
O comportamento de pacientes com essa síndrome sugere um instinto de sobrevivência inconsciente, em um gesto desesperado de preservação pessoal. O problema costuma surgir em situações psicologicamente traumáticas e os efeitos, geralmente, são preservados e as vítimas continuam a defender e a gostar de seus raptores mesmo depois de escapar do cativeiro.
Hoje, sabe-se que os sintomas da síndrome de Estocolmo surgiam no relacionamento entre senhor e escravo e nos campos de concentração na Alemanha. Também é possível identificá-los nos casos de esposas agredidas por seus maridos, que mesmo em uma situação de perigo e sofrimento continuam amando e admirando o companheiro.
Como já dito, o processo da síndrome ocorre sem que a vítima tenha consciência. Assustadoramente, a mente parece desenvolver uma estratégia ilusória para proteger a saúde psicológica da vítima. O afeto e identificação emocional com o sequestrador preservam a vítima da realidade perigosa e violenta.
Casos Famosos:
1) Quem não se lembra do sequestro da filha de Sílvio Santos, Patrícia Abravanel, que, ao dar entrevistas, lembrava com carinho dos seus sequestradores?
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