A melhor maneira de proteger sua visão contra o glaucoma é fazer uma consulta oftalmológica. Se você tiver glaucoma, o tratamento pode começar imediatamente.”
Segunda principal causa de cegueira no mundo (segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS), o glaucoma é uma doença multifatorial complexa, com características específicas, em que ocorre um dano ao nervo óptico e perda progressiva e irreversível do campo visual.
Este dano óptico geralmente é causado por um aumento da pressão dentro do olho (pressão intraocular ou PIO), mas pacientes com níveis normais de pressão intraocular também podem desenvolver glaucoma.
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O fato é que não existe um nível específico de pressão ocular elevada que definitivamente cause o glaucoma. E também não há um nível menor de pressão intraocular que possa eliminar por completo o risco de uma pessoa de desenvolver o glaucoma. É por isso que o diagnóstico precoce e tratamento do glaucoma são as chaves para prevenir a perda de visão.
Como é uma doença de caráter hereditário, os familiares de portadores de glaucoma precisam fazer sempre os exames preventivos.
Além da hereditariedade, também são considerados pertencentes ao grupo de risco:
- Indivíduos com mais de 40 anos de idade – o risco de ser portador de glaucoma aumenta com a idade;
- Etnia negra – os indivíduos desta etnia tendem a desenvolver o glaucoma numa idade inferior à média da população e a probabilidade de ser afetada é quatro vezes maior em relação aos brancos;
- Altos míopes – indivíduos míopes que usam lentes acima de seis graus também estão sujeitos a um risco maior de desenvolver a doença;
- Diabéticos;
- Pacientes que tiveram trauma ocular ou doenças intraoculares.
Todas as pessoas que façam parte de algum dos grupos acima devem se submeter a exames oftalmológicos com regularidade. O ideal é que pessoas que tenham histórico familiar ou pertençam a um dos grupos de risco façam exames 1 vez por ano, a partir dos 35 anos, de acordo com orientação médica. Confira a regularidade detalhada por idade em Exames e testes.
Glaucoma atinge até um milhão de brasileiros
O mais preocupante é que boa parte dessas pessoas sequer sabe que tem a doença. Explica-se: por ser “silencioso”, não possuir sintomas claros, o glaucoma só é percebido pelo indivíduo quando a visão já apresenta algum nível de comprometimento.
Se levarmos em conta que até um terço dos brasileiros acima de 16 anos nunca foi ao oftalmologista, segundo pesquisa Ibope encomendada pela Sociedade Brasileira de Glaucoma, é fundamental que as campanhas de alerta sobre o glaucoma sejam cada vez mais abrangentes.
Conheça um método que ajuda a não esquecer ou confundir a medicação
É comum que os pacientes de glaucoma precisem usar mais de um tipo de colírio, diversas vezes ao dia. E é fundamental que o tratamento seja feito sem interrupções ou confusões nos horários da medicação.
O objetivo da receita é associar cada colírio a uma cor, e cada horário a uma importante atividade do dia (refeições e hora de dormir, por exemplo). A ABRAG recomenda que cada frasco de colírio seja marcado com adesivos ou fitas coloridas. E cada espaço na tabela da receita fidelidade seja marcado com a mesma cor, de acordo com os horários da aplicação.
Os colírios a serem aplicados na parte da manhã devem ser marcados na fileira do café-da-manhã, os da noite na fileira do jantar ou da hora de dormir, e assim por diante.
Diagnóstico do Glaucoma
O glaucoma só é detectado após um exame oftalmológico cuidadoso, no qual é, inclusive, medida a pressão intraocular. O procedimento é simples e indolor.
A pressão do olho é medida em milímetros de mercúrio (mm Hg). São consideradas medidas normais de pressão intraocular a partir de 12-21 mm Hg. Pressões intraoculares maiores que 21 mm Hg são consideradas elevadas. Quando a pressão intraocular é maior que o normal, mas a pessoa não mostra sinais de lesão glaucomatosa no nervo óptico, o diagnóstico é de hipertensão ocular.
A pressão ocular elevada, sozinha, não causa glaucoma. No entanto, é um fator de risco significativo. Indivíduos com diagnóstico de pressão alta do olho devem fazer exames de vista global por um oftalmologista para verificar se há sinais do início do glaucoma.
Na maioria dos pacientes, o nervo óptico pode ser examinado de imediato, quando se observa o interior do olho com um instrumento chamado oftalmoscópio.
Apesar de serem muitas as doenças que afetam o nervo óptico, a lesão causada pelo glaucoma tem um aspecto característico que permite ao médico detectar a sua existência. No glaucoma, as fibras nervosas estão danificadas e desaparecem, deixando uma escavação maior do nervo óptico.
Entre os exames utilizados para a confirmação do diagnóstico do glaucoma estão o exame de campo visual, a tonometria e o exame do disco óptico.
Confira abaixo os exames diagnósticos do glaucoma.
Acuidade visual - Detecta alterações na visão, medida pela capacidade de ver letras projetadas numa parede.
Exame da pupila - Detecta lesão nas vias ópticas, incluindo o nervo óptico
Exame com lâmpada de fenda - Avalia o interior e o exterior do olho
Tonometria - Confere a pressão intraocular
Fotografia do nervo óptico - Documenta a aparência do nervo óptico
Gonioscopia - Avalia o ângulo da câmara anterior
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