google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: Liberdade e à busca da felicidade

domingo, 7 de julho de 2013

Liberdade e à busca da felicidade

Acordar de manhã, pular da cama e se sentir feliz é para quem pode ou para quem quer ser realmente feliz na vida? O que nos impele ou nos afasta da tão cobiçada felicidade? Sou feliz porque sou otimista ou sou otimista porque sou feliz? Felicidade e dinheiro andam juntos? 

Ter uma religião nos torna mais felizes? Viver sozinho ou viver junto com alguém: o que me faz mais feliz? São tantas perguntas que fazemos desde nossos primórdios sobre a tal felicidade que você já deve ter se questionado, e muito, sobre essa complexa emoção.



Um dos primeiros povos preocupados em conhecer mais a fundo a felicidade foram os gregos. Antes do aparecimento de Sócrates, eles acreditavam que a felicidade dependia da vontade dos deuses. Por sinal, esse conceito perdurou por muitos séculos em várias culturas do Ocidente. Mas Sócrates foi o pioneiro em afirmar que a busca da felicidade é uma tarefa de responsabilidade de cada um de nós, e que a filosofia seria um caminho para alcançá-la.





Séculos à frente, a Revolução Francesa tinha como um de seus ideais a busca dos cidadãos pelo direito à felicidade. Na atualidade, a felicidade é considerada um bem extremamente valioso e inquestionável. E aparece citada até na Declaração de Independência dos EUA: "todo homem tem o direito inalienável à vida, à liberdade e à busca da felicidade".


Segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa felicidade significa: "1. qualidade ou estado de feliz, estado de uma consciência plenamente satisfeita, satisfação, contentamento, bem-estar; 2. boa fortuna, sorte; 3. bom êxito, acerto, sucesso".

No artigo "Felicidade: uma revisão", os psiquiatras Renata Ferraz, Hermano Tavares e Monica Zilberman definem a felicidade como "uma emoção básica caracterizada por um estado emocional positivo, com sentimentos de bem-estar e de prazer, associados à percepção de sucesso e à compreensão coerente e lúcida do mundo".

Em outras palavras, para alcançar a felicidade é necessário equilibrar características intrínsecas da pessoa, como personalidade, traços psicológicos, valores e genética, e elementos externos, como situação social, financeira, cultural, educacional, profissional e religiosidade.

A oscilação natural, ou seja, se sentir feliz ou não, faz parte do jogo da vida. Felicidade pode ser uma emoção fugaz que dura minutos a horas ou uma emoção sustentada, que perdura semanas, meses ou anos. E mais importante, como afirmavam os filósofos gregos Demócrito e Epiteto, "não é o que acontece com o indivíduo que pode deixá-lo feliz, mas a maneira como ele interpreta esses acontecimentos".

E para você, qual o significado da felicidade?

Pensamentos e atitudes positivas têm grande influência na forma como interpretamos a realidade. Ser otimista é acreditar profundamente que as coisas vão dar certo. E estudiosos tem confirmado que é o otimismo que leva ao sucesso, e não o oposto. Ser otimista é estar motivado e ter perseverança para enfrentar os obstáculos, aprender com os erros e celebrar os acertos. Por sinal, pesquisas recentes comprovam que quanto mais crenças otimistas tem uma pessoa, mais protegida ela está contra a piora de doenças.

Um estudo da USP Ribeirão Preto, feito pela economista Sabrina Vieira de Lima, confirma outras pesquisas internacionais: há uma relação estreita entre renda e sensação de felicidade. Ela comprovou que essa relação se torna mais intensa nas pessoas que estão próximas da linha de pobreza e vai reduzindo à medida que as condições financeiras melhoram.

Os homens se mostraram mais felizes que as mulheres, e as pessoas casadas também, se sentiam mais felizes do que as separadas e viúvas. O nível de educação, a idade e a região do país não modificaram o grau de felicidade dos mais de 2.900 brasileiros avaliados.

Muitos estudos já comprovaram que comprometimento com a fé, seja por meio da religiosidade (sistema organizado de crenças e práticas com rituais) ou da espiritualidade   (busca e conexão com o sagrado e o transcendental) estão associados com maiores níveis de felicidade e satisfação com a vida. Além disso, pessoas que professam alguma fé parecem lidar melhor com problemas e obstáculos, tais como morte na família, desemprego e doenças.
Existem pelo menos dois motivos que explicam a relação entre fé e felicidade. 

O primeiro é que a espiritualidade dá um sentido e um propósito para a vida das pessoas e proporciona respostas para questões existenciais, que frequentemente causam infelicidade e angústia. O outro motivo é que quando as pessoas participam de rituais religiosos dentro de uma congregação ou comunidade, ficam com a sensação de não estarem sozinhas e abandonadas. Elas se sentem acolhidas, protegidas e com objetivos, e isto as torna mais felizes e satisfeitas.

A biologia tem uma contribuição para entendermos mais sobre a felicidade. A oxitocina -também chamada de hormônio do amor e da confiança - pode ajudar  a nos tornar mais felizes. A oxitocina é produzida e secretada pelo nosso cérebro em diversas situações: durante o parto, a amamentação, o orgasmo, em momentos de estresse e na criação de vínculos com as pessoas, como no amor e na amizade.

Pesquisas recentes têm demonstrado que esse hormônio é importante para produzir a sensação de bem-estar e de satisfação com a vida. A oxitocina é um elemento dentre vários mecanismos da nossa mente e corpo que nos deixa felizes. Além disso, há evidências de que ela influencia nossa capacidade de lidar com as adversidades. Ou seja, quanto mais oxitocina produzimos, possivelmente, mais ela nos habilita a lidar melhor com os problemas diários.

Mas ainda restam dúvidas quanto à função desse hormônio na felicidade: se a oxitocina faz as pessoas felizes, ou se as pessoas felizes liberam mais oxitocina quando se sentem confiantes.

Enfim, o importante é que cada um de nós descubra e cultive seus pontos de equilíbrio para gerar momentos ou estados de felicidade. Entretanto, já sabemos que ter atitudes otimistas e de perseverança, criar e compartilhar amizades e relacionamentos, estar inserido num grupo, família ou comunidade, ter uma religião ou ser espiritualizado, ter planos e sonhos, ter bens materiais básicos e renda para a uma vida digna são alguns dos ingredientes que nos aproxima da tão desejada felicidade.



           

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