Saiba tudo sobre essa cicatriz endurecida que pode causar dor e é mais
comum em negros e mestiços: queloide!
Quando o corpo sofre algum tipo de trauma, como acontece em cirurgias ou
acidentes, imediatamente ele inicia um processo de cicatrização,
que consiste no aumento da produção de colágeno.
E é justamente no decorrer
desta fase que pode surgir o queloide. “No caso dessa lesão,
uma intensa proliferação de fibras elásticas acaba dando origem a uma
cicatriz com aspecto elevado e endurecido. Em algumas delas, além do
visual nada agradável, a pessoa pode sentir uma certa dificuldade de realizar
os movimentos do corpo de acordo com o local afetado”, explica a dermatologista
Miriam Sabino de Oliveira, de São Paulo.
Perfuração do lóbulo da orelha, cirurgia, acne
e até catapora são os principais fatores desencadeantes deste fenômeno que,
além dos sintomas visíveis, podem trazer muita coceira e dor. A dermatologista
Gabriela Casabona do Hospital Samaritano (SP) esclarece, no entanto, que há
algumas pessoas que têm uma predisposição a este mal. “Esse tipo de cicatriz é
mais recorrente em negros, mestiços e orientais.
O queloide pode ocorrer também em todas as faixas etárias, embora raramente
seja encontrada em recém-nascidos e idosos. O mais comum é acontecer entre a
puberdade e os 30 anos”, afirma a especialista. Dra Miriam ainda completa:
“Alguns locais do corpo estão mais suscetíveis, como a face, o tórax, o ombro e
o pescoço”.
Tratamento para o queloide
Há alguns tipos de condutas médicas para atenuar o queloide, uma vez que ele
não regride espontaneamente. Ele pode receber radiação, infiltração de
corticóides em cicatrizes mais amenas e aplicação tópica deste mesmo princípio
no local afetado. A lesão também pode ser extraída por meio de cirurgia, mas
existe a possibilidade de surgir outro queloide ainda maior na região.
O ideal é observar a área ferida e fazer um acompanhamento do processo de
cicatrização. “Em alguns casos, são feitas aplicações de silicone no local ou
ainda em forma de placas, após um procedimento cirúrgico, e em pacientes
mais predispostos”, relata Dra Miriam. Se a cicatriz, portanto, apresentar
coceira, vermelhidão ou elevação, é recomendável procurar um médico
imediatamente para iniciar o tratamento.
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