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Havia importante ideias teologicas presente na espiritualidade judaica da época, que falava a respeito ao fato de algumas enfermidades terem suas origens em pecados cometidos e não tratados, ou seja, de ordem espirituais.
Jesus
ao romper com a teologia corrente a afirmar que a doença não é fruto de pecado,
nem castigo de Deus, Jesus acaba também com a lógica excludente de
atribuir a culpa da enfermidade a Deus e por decorrência ao pecado, o
que gerava e, ao mesmo tempo, legitimava a exclusão social e religiosa de que
se achasse doente.
Por
isso, ao invés de se afastar do cego, como seria normal, Jesus se
aproxima, cospe no chão, se abaixa e faz lama com a própria saliva e o pó do
chão. Em seguida, a aplica sobre os olhos do cego e pede que ele vá se lavar no
tanque de Siloé, cujo significado é "enviado". A narrativa do sinal é
encerrada com a constatação:
Depois
do sinal realizado, Jesus sai de cena por um tempo e começa a discussão ao
redor do fato de um homem que era cego e pedia esmola passar a enxergar. De um
lado, aparece a incredulidade de vizinhos e familiares de que a mudança havia
acontecido (de cego, o homem passou a vidente). De outro, a violação do
descanso sabático que os judeus vão trazer para o centro da discussão e pedir
explicações ao cego e a seus pais.
Então
os vizinhos, e os que costumavam vêl-lo pedindo esmola, diziam: -Não é
este aquele que estava assentado e mendigava?
Uns
diziam:-É este. E outros: Parece-se com ele.
Ele
dizia: -Sou eu.
Diziam-lhe,
pois: -Como se te abriram os olhos?
Ele
respondeu, e disse: -O homem, chamado Jesus, fez lodo, e untou-me os olhos, e
disse-me:-Vai ao tanque de Siloé, e lava-te. Então fui, e lavei-me, e vi.
Disseram-lhe,
pois: -Onde está ele?
Respondeu:
-Não sei.
Então levaram aos fariseus o homem que havia sido cego. E era sábado quando Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos. Tornaram, pois, também os fariseus a perguntar-lhe: -Como você foi curado?
Ele
lhes disse: -Pôs-me lodo sobre os olhos, lavei-me, e vejo.
Então
alguns dos fariseus diziam: -Este homem não é de Deus, pois não guarda o
sábado.
Diziam
outros: -Como pode um homem pecador fazer tais sinais?
E
havia dissensão entre eles. Tornaram, pois, a dizer ao cego: -Tu, que dizes
daquele que te abriu os olhos?
E
ele respondeu: -Que é profeta.
Os
judeus, porém, não creram que ele tivesse sido cego, e que agora visse,
enquanto não chamaram os pais do que agora via.
E perguntaram-lhes, dizendo:
-É
este o vosso filho, que vós dizeis ter nascido cego? Como, pois, vê agora?
Seus pais lhes responderam, e disseram:
Seus pais lhes responderam, e disseram:
-Sabemos
que este é o nosso filho, e que nasceu cego; Mas como agora vê, não sabemos; ou
quem lhe tenha aberto os olhos, não sabemos. Tem idade, perguntai-lho a ele
mesmo; e ele falará por si mesmo.
Seus pais disseram isto, porque temiam os judeus. Porquanto já os judeus tinham resolvido que, se alguém confessasse ser ele o Cristo, fosse expulso da sinagoga.
Seus pais disseram isto, porque temiam os judeus. Porquanto já os judeus tinham resolvido que, se alguém confessasse ser ele o Cristo, fosse expulso da sinagoga.
Apesar
de verem o bem na vida do cego, que passou a ver, condenam a ação de Jesus,
pois ele tinha violado a lei do sábado. A reação dos pais do cego diante
das autoridades dos judeus, ou seja, diante daqueles que sustentam a velha
lógica de que doença está sempre vinculada ao pecado, é de medo. Por isso,
dizem somente saber que aquele homem é seu filho, nasceu cego e agora vê. Como
aconteceu isso, não sabem. A solução é que os chefes perguntem ao próprio homem
que era cego e agora vê, pois ele já é maior, ou seja, já é responsável pelos
próprios atos e opiniões.
A
finalidade catequética do evangelista está em evidenciar a missão de Jesus como
luz do mundo. Por isso joga muito com as palavras "ver" e
"crer". Não somente neste capítulo e neste episódio de alguém que não
vê e não crê e depois passa a ver e crer, pois a catequese finaliza com um novo
encontro de Jesus com o cego:
O
texto termina com Jesus voltando para a cena e dialogando novamente com o cego.
O novo aqui é que da cegueira física passa à cegueira espiritual, sobretudo
daqueles que não querem ver. Com diz o ditado popular: "
Jesus soube que tinham expulsado o homem da casa de oração e encontrando-o, disse-lhe: -Crês tu no Filho de Deus?
Ele
respondeu, e disse: -Quem é ele, Senhor, para que nele creia?
E
Jesus lhe disse: -Tu já o tens visto, e é aquele que fala contigo.
Ele disse: -Creio, Senhor. E o adorou.
Ele disse: -Creio, Senhor. E o adorou.
E
disse-lhe Jesus: -Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não vêem
vejam, e os que vêem sejam cegos.
E
aqueles dos fariseus, que estavam com ele, ouvindo isto, disseram-lhe: -Também
nós somos cegos?
Disse-lhes
Jesus: -Se vosês fosem cegos, não seriam culpados, mas como dizem que podem
ver, então ainda são culpado.
Cristo
interrompe a tradição de vincular doença e pecado e oferece aos
discípulos, aos fariseus, aos judeus, aos familiares do cego e ao próprio cego
uma catequese sobre sua missão, Jesus apresenta-se como "luz do
mundo" e luz que se manifesta pelas obras que realiza.
"
Ora, se a fé é a certeza de coisas que esperam, e a convicção de fatos que se não vêem. O SenhorJesus com
certeza viu que não havia fé o suficiente naquele homem para a realização
daquele milagre, mas o nosso Deus é o Deus do impossivel e quando quer operar
não ha quem ou o que possa impedir. Que nós a cada dia venhamos nos
apegar a palavra de Deus. pois a fé vem pelo ouvir a palavra de Deus.
Então aqui vai um vídeo para vocês: E passando Jesus, viu um homem cego de nascença.
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