Todos sabem facilmente o que se deve fazer para ter boa saúde física..., cuidamos da alimentação, nos motivamos para realizar atividades físicas, buscamos estar em forma, no verão nos hidratamos mais, hoje em dia nos preocupamos até com o uso regular de filtro solar! Mas quando o assunto é Saúde emocional será que sabemos o que fazer? Mais ainda, será que prestamos atenção no que pensamos sobre nós mesmos, sobre nossas relações interpessoais?
Como enfrentamos nossas dificuldades e decepções? A saúde emocional é fundamental para a nossa felicidade e para o modo como vivemos nossa vida, refletida constantemente em cada relacionamento que estabelecemos desde alguém com quem me deparo no trânsito até um relacionamento mais íntimo, com familiares, amigos... A vida moderna parece que tem trazido à tona diversas situações em que nossa saúde emocional é colocada em questão, hoje com frequência ouvimos adultos, jovens e crianças referindo ter depressão, será que a vida ficou mais complicada de ser vivida?
De qualquer forma sempre vão existir dificuldades ou oportunidades para que cresçamos emocionalmente. Todos têm dificuldades na vida, às vezes nos “estressamos”, discutimos, nos aborrecemos. Ficamos ofendidos com situações que enfrentamos no trabalho, sentimos uma dor profunda ao rompermos um relacionamento ou quando nos decepcionamos quando alguém não atinge (ou frustra) nossas expectativas, temos dificuldade para enfrentar a morte de alguém querido. Apesar de todas estas plena e principalmente mais feliz, vivendo com autenticidade, consequentemente adoecendo menos (o corpo e a mente!). Situações acontecerem dentro de cada um de nós, inúmeras vezes temos dificuldades para expressar o que sentimos, ou até mesmo de identificar o que estamos realmente sentindo...
Casos de ciúmes, que na realidade são decorrentes de problemas com a minha autoestima, crenças de que não somos valorizados, que na realidade estão relacionadas com as expectativas que temos em relação ao comportamento do outro... Diversas situações poderiam ser enumeradas, de casos mais leves em que apenas não encontro a felicidade em determinada situação, até casos graves em que acredito que ela não existirá para mim e a solução em alguns momentos passa a ser não existir mais... Nos casos mais graves a internação se faz necessária... Mas antes deste ponto existe muita coisa para se fazer, evitando que a situação se agrave e principalmente permitindo que tenhamos uma vida com mais qualidade, e por que não dizer, mais feliz!
Pais que lidam bem com sua vida emocional conseguem oferecer aos filhos melhores oportunidades para enfrentamento de problemas, que vão desde ciúmes de um irmão, mudança de escola, separações... Diversas pesquisas ressaltam a importância dessas aprendizagens na infância, como determinantes positivos para o resto de suas vidas.
Mas muitas vezes o que se valoriza é apenas o desempenho acadêmico... as escolas geralmente têm um amplo currículo e preocupação com o ensino de outras línguas, computação, preparação para o vestibular...mas a questão emocional não consta nos currículos. Ouvimos alguém dizer “meu filho tirou nota máxima em matemática”, mas raramente ouvimos dizer que o filho conseguiu dar apoio ao colega que foi reprovado na escola.
Pesquisas mostram que o desenvolvimento acadêmico isoladamente tem pouca influência na capacidade da criança de enfrentar de maneira eficiente os desafios e frustrações da vida, de exercer autodisciplina, ou viver uma vida plena e feliz. Ou seja, ir bem nos estudos é importante, mas cuidar da saúde emocional também é. E talvez você esteja se perguntando: e como fazer isto? ... Aprendendo a falar dos próprios sentimentos, não ter medo de identificá-los e em reconhecendo cada um deles, buscar caminhos para lidar com eles, falar é um excelente remédio!
E se você encontrar muita dificuldade, procure ajuda profissional, um psicólogo pode auxiliar nesta caminhada. A saúde emocional nos permite reconhecer e administrar melhor nossos sentimentos, ser assertivos, enfrentar e aceitar desafios como oportunidades de crescimento, resolver melhor situações de conflito, desculpar-se quando necessário, lidar com a solidão, mudanças e perdas... enfim, de fato viver uma vida.
Autodomínio emocional
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