google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: Micose: você pode ter e nem desconfia

sábado, 9 de junho de 2012

Micose: você pode ter e nem desconfia


Fique esperto: essa infecção causada por uma colônia de fungos nem sempre se manifesta com vermelhidão, descamação e coceira. 

O final do ano anuncia o verão, que traz na garupa o aumento da incidência de uma doença bem traiçoeira: a micose.


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O calor, a umidade e o suor transformam o corpo no ambiente ideal para a instalação de micro-organismos que desencadeiam reações na pele, nas unhas e nas mucosas. E elas nem sempre se traduzem em sintomas clássicos, como coceira e vermelhidão.

Recentemente, 65 especialistas no problema concluíram um levantamento de fôlego, a pedido do laboratório Galderma, envolvendo 8 mil brasileiros que procuraram o consultório do dermatologista por um motivo qualquer. 

E — surpresa — 30% de toda essa gente tinha onicomicose, a micose de unha — que não coça nem nada. "A unha só se deforma, fica grossa e amarelada até começar a descolar", descreve Andréia Leverone, dermatologista da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro

Mais um detalhe que causou espanto: entre nós, a prevalência da chateação ficou com as mulheres, diferentemente do cenário mundial. "A pressão dos calçados apertados e a falta de higienização dos utensílios nos salões de beleza são os culpados", acusa Luciana Conrado, médica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

É mas não parece
No couro cabeludo, o problema é mais comum em crianças. Os fungos se alimentam da queratina dos cabelos e formam pequenas placas arredondadas e carecas, já que quebram os fios, impedindo-os de crescer. 

Quem disse que as mucosas escapam? A Candida gosta de marcar presença nos órgãos genitais — com vermelhidão, coceira, ardência, verrugas e mau odor — e na boca — ali, com placas brancas e irritação.

A pitiríase versicolor, também conhecida como pano branco, geralmente aparece nas costas, no pescoço ou no rosto. Apesar do nome popular, pode surgir como manchas marrons, ou seja, nem sempre brancas. E não coça. 

Tanto a unha do pé quanto a da mão estão sujeitas ao ataque. Elas engrossam e podem ficar amarronzadas. Com o tempo, se tornam ocas por dentro, começam a descolar, deformam e até mesmo encravam. 

Na frieira, os fungos se espalham entre os dedos, deixando um rastro de bolhas de água e descamação. Mas, em alguns casos, podem se manifestar como um calo, se estiverem bem escondidos.

Mas os fungos não buscam refúgio apenas na ponta dos dedos. Qualquer parte do corpo pode abrigá-los, principalmente as dobras — como axilas, virilha e atrás do joelho —, já que são lugares mal ventilados, úmidos e quentes. Como estão por toda parte, basta surgir uma porta de entrada, como um corte, para se instalarem. 

Os mais comuns são os dermatófitos, que vivem à base de queratina, proteína presente na superfície do corpo. Mas há outros tipos, como a Candida albicans e a pitiríase versicolor, que preferem restos de pele e resíduos como a oleosidade. Eles aparecem na boca, na forma de sapinho, e nas costas, como pequenas manchas brancas.

Em geral, os estragos se limitam à primeira camada do nosso órgão protetor, a epiderme, e por isso são classificados como superficiais. No entanto, determinadas pessoas, como quem está com a imunidade baixa e os diabéticos, precisam ter um cuidado redobrado. No caso, qualquer lesão, até a de uma micose, abre alas para infecções mais graves. Daí que, mesmo que o incômodo não pareça micose, o ideal é procurar de cara um dermatologista.

Como se livrar dos intrusos

"As substâncias antifúngicas podem se encontrar em cremes, sprays, esmaltes e até em remédios orais", conta Márcia Grieco, dermatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, em São Paulo. A necessidade de medicação dura de seis a oito semanas — no caso da unha, chega a levar um ano! Para evitar um tratamento tão longo, a saída é se prevenir com atitudes como secar os dedos com papel higiênico, que absorve melhor a água do que a toalha. 

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