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quarta-feira, 31 de março de 2021

Confira sintomas, causas e tratamento para fobia social


Ter um pouco de receio ou sentir-se ansioso para falar em público, sair com pessoas novas, entrar num novo emprego ou grupo é normal, faz parte do nosso processo social de adaptação e umas pessoas conseguem reagir a essas situações de uma forma mais espontânea que outras, pela personalidade.

No entanto, quando essas situações geram um medo extremo, fazendo com que a pessoa as evite, a qualquer custo, é preciso estar atento, pois pode ser fobia social.


O que é a fobia social?
A fobia social é a incapacidade de lidar com situações de interações sociais com desconhecidos ou em lugares que coloquem a pessoa em evidência, gerando um extremo desconforto e nervosismo, fazendo com que ela se sinta vulnerável e evite essas situações a qualquer custo.

Por que isso acontece?
Quem possui fobia social age dessa forma, porque acredita que está sendo analisada o tempo inteiro e julgada pelas suas palavras, comportamento e atitudes.

Quais os sintomas da fobia social?
Os sintomas da fobia social são formados por um conjunto de sensações emocionais e físicas que a pessoa pode sentir, além da externalização do comportamento em virtude desse transtorno.

Às vezes, os sintomas da fobia social podem ser confundidos com as características da personalidade de uma pessoa tímida, mas suas consequências são muito mais graves.

Enquanto uma pessoa tímida experimenta um pouco de nervosismo em situações novas ou de exposição, quem tem fobia social sofre uma reação muito mais intensa, de verdadeiro pavor e com muita ansiedade. Com isso, toda sua estrutura de vida e rotina são afetadas, prejudicando seu trabalho, estudos, relacionamentos e amizades.

Veja quais são os sintomas experienciados por quem possui fobia social, divididos em sintomas comportamentais e físicos:
Sintomas comportamentais da fobia social:
Medo de interagir com pessoas desconhecidas, autoridades ou de destaque
Medo de demonstrar nervosismo e ansiedade
Medo de demonstrar sintomas físicos (como rubor e voz trêmula)
Receio em passar por constrangimentos
Ansiedade extrema que antecede um evento, compromisso ou encontro
Receio em ser colocado em evidência em alguma situação
Receio de chegar em uma sala já com as pessoas sentadas
Ficar apreensivo em posicionar-se em discordância com alguma pessoa
Receio de expressar sua opinião
Pavor de situações em que pode ser avaliado
Ficar nervoso ao reunir-se com amigos em uma festa ou colegas do trabalho fora do expediente
Receio de atender ao telefone ou outras chamadas
Desconforto em manter contato visual com alguém durante uma conversa
Sintomas físicos da fobia social:
Respiração ofegante
Batimento cardíaco acelerado
Enrubescimento da face
Náuseas ou enjoo
Confusão mental
Dor de barriga
Tensão muscular
Tontura ou desorientação

Além de todos esses possíveis sintomas, pessoas com fobia social sentem-se avaliadas e julgadas por todos o tempo todo. Por isso, sempre depois de passarem por uma situação que tenha causado desconforto, elas ficarão analisando por muito tempo depois o seu desempenho, em um looping ansioso, em busca de erros que possa ter cometido em relação ao seu comportamento ou o que falou ou deixou de falar, por exemplo.

Situações que pessoas com fobia social costumam evitar
Como o desconforto é muito grande ao passar ou simplesmente por pensar que pode passar por alguma situação que possa ser constrangedora a ela, a pessoa com fobia social vai agir sempre na fuga das situações, evitando-as o máximo possível a fim de não experimentar aquelas sensações desagradáveis.

Portanto, uma pessoa com fobia social vai desviar-se ao máximo de interagir com pessoas que não conhece ou ficar calado mesmo em situações com seus amigos quando uma nova pessoa está por perto. Ela jamais tomará a iniciativa em uma conversa e evitará ao máximo o contato visual. Festas e reuniões são seu verdadeiro pavor e sempre arranjará uma desculpa para não estar presente. Se houver alguma atividade importante em que ela se sinta exposta na escola, faculdade ou trabalho, sua tendência será de faltar.
Por que as pessoas podem desenvolver fobia social?

As causas para a fobia social podem ser inúmeras, mas quase sempre estão relacionadas com o ambiente no qual aquela pessoa está inserida, suas relações, personalidade e até mesmo fatores genéticos.

Indo dos fatores biológicos às questões comportamentais e ambientais, podemos citar a hereditariedade, pois apesar de não haver comprovação científica nesse caso, a fobia social é mais comum em pessoas que tenham histórico na família. A estrutura cerebral também pode influenciar, pois uma hiperatividade em determinadas regiões podem tornar a pessoa suscetível a situações ansiosas.

Já em relação aos fatores ambientais, que são mais determinantes nesses casos, a criação que a criança recebeu dos pais é algo bastante importante, bem como sua vivência na escola. Crianças tendem a desenvolver fobia social quando criadas em um meio muito repressivo ou sem afeto. No caso da escola, crianças que sofrem bullying ou possuem dificuldade de aprendizagem também têm mais chances de desenvolver o transtorno.

Algumas situações também podem desencadear a fobia social, como no caso de pessoas que tiveram algum trauma por estarem expostas a outras pessoas em alguma situação constrangedora, por exemplo. Nesses traumas também incluem-se assédio moral e sexual.

É importante ressaltar que pessoas com personalidade com traços de timidez têm mais probabilidade em desenvolver fobia social. Por isso, ficar atento aos sinais nas crianças, que podem ser observados em situações em que a criança evita de encontrar os coleguinhas, está recluso demais ou não se envolve em nenhum círculo social. Nesses casos, a criança precisa ser estimulada para conseguir lidar melhor com situações que envolvam contato social. A ajuda de um psicólogo ou psiquiatra é muito bem vinda. O mesmo vale para adultos.

Como se diagnostica a fobia social?
A fobia social é diagnosticada pelo psicólogo ou psiquiatra, que faz uma série de perguntas ao paciente avaliando o seu quadro emocional. Alguns exames também podem ser solicitados para descartar outras possibilidades.

O profissional da saúde vai buscar verificar a presença de determinados sintomas, como os citados anteriormente da fobia social, que tenham ocorrido de forma persistente em um período mínimo de seis meses.

Qual o tratamento para a fobia social?
Assim como a maioria dos outros transtornos mentais, a fobia social pode ser tratada através da psicoterapia, da prescrição de medicamentos ou também pela união dos dois métodos, com o acompanhamento do psiquiatra.

No caso do tratamento com medicamentos, os antidepressivos e inibidores de ansiedade são comumente utilizados, a fim de promover uma melhora um pouco mais rápida ao paciente, permitindo que ele consiga depois, sozinho, lidar com os sintomas e enfrentar as situações.

A psicoterapia, por sua vez, pode ter várias abordagens, mas a mais empregada é a TCC – Terapia Cognitivo-Comportamental, que age diretamente no problema em questão, através da sugestão de exercícios e tarefas para fazer com que o paciente reconheça, encare e mude sua realidade, com o devido acompanhamento do profissional de saúde mental. Assim, aos poucos, ele vai aprendendo a lidar com as situações que antes causavam um estresse muito grande, evoluindo ao longo do tempo.

A combinação de ambos os tratamentos costuma ser muito eficaz em casos mais graves, em que o sofrimento do paciente está muito grande e prejudicando severamente sua qualidade de vida em todas as esferas.
Complicações para a falta de tratamento da fobia social

A fobia social pode prejudicar severamente a vida de quem a desenvolve, trazendo prejuízos ao trabalho, relacionamentos interpessoais e até mesmo propiciando o desenvolvimento de outros transtornos mentais.

No caso do trabalho, a pessoa pode perder oportunidades de promoção, desenvolvimento profissional e crescimento na carreira, devido às limitações que possui por causa do transtorno. Em alguns casos, pode até ser demitida se o seu comportamento não for compatível com o que a empresa espera.

Nos relacionamentos interpessoais, a pessoa tende a ficar isolada, já que não gosta de participar de novos grupos ou age de forma muito solitária na companhia de outras pessoas. O afastamento do círculo social juntamente com a impossibilidade de fazer novos contatos ou amizades pode trazer sofrimento.

Em relação à vida pessoal, a dificuldade de se posicionar, dizer o que está pensando e sentindo e até mesmo de discordar dos outros, pode levar o fóbico social a fazer coisas que ele não gostaria ou então fazer promessas que ele não é capaz de cumprir, sentindo-se angustiado e cobrado.

Outras consequências como o abuso de substâncias como álcool e drogas podem acontecer, não sendo difícil de gerar uma relação de dependência. A baixa autoestima junto com o sentimento de isolamento podem ser o cenário ideal para o desenvolvimento de uma depressão. Tentativas de suicídio também podem acontecer.

Convivendo com a fobia social
Quando o diagnóstico é realizado, além de seguir o tratamento orientado pelo médico psiquiatra e pelo psicólogo, é interessante que o paciente busque novas formas de se relacionar e de enfrentar as situações evitadas em virtude da fobia social.

Conte com as pessoas mais próximas de você e estreite seus laços com quem você se sente mais à vontade para ter o apoio que precisa para essa mudança de atitude. Aceite seus convites para ir a eventos com pessoas novas; isso pode ser uma forma de se desafiar com segurança.

Grupos de apoio, como terapias em grupo, também podem ser interessantes para o compartilhamento de experiências e trocas sobre as estratégias para o enfrentamento das situações.

Também pode ser uma boa ideia ser franco com as pessoas à sua volta sobre a sua situação, desse modo, elas terão uma oportunidade extra de ajudar você em situações que possam lhe parecer desconfortáveis.

Mantenha o seu entusiasmo e otimismo no tratamento, pois os resultados vão surgindo pouco a pouco, mas são duradouros. Lembre-se sempre que somos seres sociais e que precisam compartilhar vivências e experiências, portanto, conseguir relacionar-se com outras pessoas de forma saudável é benéfico para a sua saúde mental e para todas as esferas da sua vida.

Outra boa notícia é que em muitos casos a fobia social pode ser dominada ao longo do tempo, fazendo com que não seja mais necessário nem o uso dos medicamentos nem a psicoterapia, desde que essa decisão venha do médico junto com o paciente.

Sou tímido e quero evitar a fobia social, o que posso fazer?
Se você sente que gostaria de melhorar suas relações pessoais e aliviar a tensão que sente frente a eventos sociais, em acontecimentos no trabalho ou no relacionamento com outras pessoas, você pode começar a observar o seu comportamento e inserir no seu dia a dia alguns hábitos que podem te ajudar a mitigar possíveis riscos de uma fobia social.

O primeiro grande e bom passo é o de procurar ajuda profissional. O profissional de saúde mental vai ajudar você a identificar o quanto a sua timidez realmente lhe preocupa ou prejudica e, assim, propor exercícios e dinâmicas para que você consiga modificar os comportamentos que precisa ou deseja em relação a isso.

Quando sente que algo não vai bem, peça ajuda
Não devemos negligenciar o que sentimos. Muitas vezes, comportamentos aprendidos que trazem sofrimento e prejudicam nossos relacionamentos são classificados por nós mesmos ou outras pessoas próximas como ‘coisas de personalidade’. Essa é uma ideia que precisa ser modificada e começa por você. psiquiatriapaulist

Sempre que sentir que algo lhe machuca, peça ajuda profissional para reconhecer o problema e descobrir o que pode fazer para mudar, certo? 

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