A célebre frase latina “mens sana in corpore sano” (mente sã em corpo são) ilustra o facto de que o homem sempre sentiu a necessidade de exercitar o corpo para poder alcançar um equilíbrio psíquico completo.
A depressão é uma das doenças que mais incapacita o ser humano. E uma das doenças psiquiátricas mais frequentes – uma em cada quatro mulheres e um em cada dez homens podem vir a ter crises depressivas durante a vida, desde a juventude até à terceira idade.
A depressão caracteriza-se por uma alteração psíquica e orgânica global, com consequentes alterações na maneira de valorizar e percecionar a realidade e a vida. Na pessoa deprimida há uma falta de vitalidade que poderá estar acompanhada de sentimentos de tristeza, falta de confiança em si própria, sentimentos de culpa generalizados, pessimismo e descrença.
A prática de exercício físico é uma boa forma de prevenir e combater a depressão. O exercício físico constante e moderado tem efeitos benéficos na saúde em geral e, ao nível psicológico, pode reduzir a ansiedade, melhorar a autoestima e autoconfiança, melhorar a cognição e diminuir o stress.
O exercício físico liberta no cérebro substâncias, as endorfinas, que proporcionam uma sensação de paz e de tranquilidade; são neuromediadores ligados à génese do bem-estar e do prazer. Por ser um potente libertador de endorfinas, o exercício físico cria a boa dependência quando praticado regularmente, e faz falta como faria qualquer outra substância associada ao prazer. O exercício físico é altamente eficaz no combate ao stress e ansiedade, e quando é moderado e regular, descontrai o corpo e ativa o sistema imunitário.
O desporto pode ajudar a tratar depressões quando praticado regularmente e com alguns cuidados especiais. A libertação de endorfinas, somada à melhoria na autoestima proveniente da sensação de estar a fazer algo em benefício da própria saúde e bem-estar, provoca um estado de plenitude ao praticante regular de atividade física, e traz benefícios a todos os níveis. O exercício é muito eficaz para combater o stress por ter um efeito relaxante, por favorecer uma descontração mental e ajudar a pessoa a afastar-se temporariamente dos problemas e da tensão.
As atividades podem reduzir a ansiedade e a tensão. Uma caminhada rápida durante 20 a 30 minutos, três a cinco vezes por semana, pode ser uma grande ajuda para gerir melhor o stress. Contudo, é necessário que o ritmo de exercício seja adequado, pois um programa de exercício muito rígido e exigente pode deixar a pessoa ainda mais stressada.
O exercício físico moderado produz um efeito benéfico geral sobre o organismo. A prática regular traz resultados positivos aos distúrbios de sono, aos aspetos psicológicos e aos transtornos de humor, de ansiedade, depressão, além de que melhora os aspetos cognitivos, como a memória e a aprendizagem.
O exercício físico sistematizado tem benefícios tanto na esfera física como mental do ser humano, ao proporcionar uma melhor qualidade de vida. O segredo está numa atividade que seja agradável para quem a pratica, optando por uma modalidade na qual a pessoa se sinta bem e que realmente goste, para evitar a frustração.
É essencial transformar o treino diário num ato de prazer e aproveitar ao máximo o bem-estar que a prática do desporto proporciona, tentando conciliar o lado físico (melhoria da performance), ao estético (ter um corpo modelado…), sem esquecer que o emocional precisa de estar bem e sentir que está a praticar uma atividade adequada. oficinadepsicologia
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