google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: Os riscos de treinar em jejum, o benefício não vale o risco

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Os riscos de treinar em jejum, o benefício não vale o risco

Tenho ouvido muita gente falando sobre “fazer dieta”. E a maioria destas pessoas entende a palavra “dieta” como o ato depreferem adotar as dietas de capa de revistas, com aquela manchete em letras garrafais na capa dizendo: “Ela perdeu 14 quilos em 5 dias com a dieta da casca de ovo!”. 

Lamentável! E de uns tempos para cá, algumas pessoas vem ressuscitando uma antiga prática: o treino em jejum. Não sou nutricionista para abordar o tema alimentação, mas minha formação em Educação Física me permite falar sobre os efeitos fisiológicos de tal prática.

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Segundo pesquisas na área de nutrição e treinamento esportivo, treinar em jejum promove uma queima de gordura ao redor de 20% a mais que o treinamento em condições normais de alimentação. Isso ocorre porque no jejum o corpo está com baixas reservas energéticas, e a prática de atividade física nesse estado faz com que o corpo busque a energia para realizar os movimentos nas reservas de gordura do nosso organismo. Dessa forma, ocorre essa queima maior de gorduras. Mas e os efeitos colaterais? o que dizer sobre eles?

É sabido que treinar em jejum provoca diminuição de açúcares na corrente sanguínea, o que pode levar a um quadro de hipoglicemia. Estudos mostram que, quando em jejum prolongado, os níveis de glicemia são reduzidos significativamente 30 minutos após o início da atividade física. Além disso, o treinamento em jejum pode provocar enjoos e desmaios, além de diminuir significativamente a performance, pois o indivíduo não terá o combustível necessário para realizar a atividade.

A tentativa de obter melhores resultados com a prática de exercícios físicos para perder peso e diminuir a gordura corporal leva as pessoas a adotarem alguns hábitos que acabam se popularizando sem que existam comprovações científicas.

O treinamento em jejum tem sido difundido, apesar de não estar baseado em nenhum trabalho científico que comprove sua teoria. A hipótese na qual o princípio está baseado é a de que após certo período de jejum, o organismo teria menor disponibilidade de carboidratos, e quando solicitado a produzir maior quantidade de energia durante um exercício, utilizaria para tanto uma maior quantidade de gordura como combustível.

Esta é uma teoria muito simplista e, na verdade, esbarra em alguns conceitos que a bioquímica do exercício estabelece. Em primeiro lugar, se de fato estiver faltando carboidratos para a demanda do exercício, a prática da atividade estará prejudicada, pois o carboidrato é essencial para a produção de energia.

A conseqüência inevitável é que o desempenho estará prejudicado e, portanto, o gasto calórico da atividade pode ser comprometido. Em outras palavras, o rendimento pode ser menor e conseqüentemente o propósito de perda de peso estará minimizado. Outro problema seria a utilização de proteínas para a produção de energia, suprindo a eventual carência de carboidrato. Nesta situação, o organismo estaria consumindo massa magra, o que certamente não é o objetivo de quem pretende perder peso. 

A existência de relatos pessoais de bons resultados deste hábito absolutamente não credencia sua adoção. Com certeza, quem adota esta prática e constata que obtém algum resultado está provavelmente se beneficiando do exercício e não do jejum. Aqueles que, ao contrário, tentaram a prática e tiveram problemas certamente não relatam o insucesso!

Não deixe de comer com a falsa ilusão de que assim irá emagrecer mais rápido. A sua dieta não pode ser uma prática de fome, mas sim um reeducação, coisas certas, em quantidades certas, nas horas certas. Procure um(a) nutricionista e abasteça seu corpo de energia. Vamos lá. MEXA-SE!


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