google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: Filhos, até quando precisam de nós? – Geena Weissman

sábado, 2 de abril de 2016

Filhos, até quando precisam de nós? – Geena Weissman

Uma vez li uma frase assim: “ Só somos realmente pais quando os nossos filhos não precisarem mais de nós “. Formulei muitas questões em mim: Quando não precisarão mais? Em que momento iremos saber que não precisarão? Será que eles quererão não precisar? Nesse momento a reposta que encontro é uma pergunta : Estou ( estamos) prontos para aceitar que não precisem de nós (mim) ?

Num texto de W.Winnicott ele falava da “mãe suficientemente boa” (“Ao lhe dar   amor, fornece-lhe uma espécie de “energia vital”, que o faz progredir e amadurecer.” -Bleichmar e Bleichmar, 1992, pág. 246.)  que seria aquela mãe que possibilitaria ao bebe o fazer criativo, não a mãe que super protege não deixando que o filho cresça e tome as própria decisões.

O poder criativo  é aquele pelo qual a pessoa é capacitada a escolher ser “oniponte” em si mesmo, criador do próprio mundo para poder enfrentar “O” mundo que ele está inserido, tomar decisões e fazer escolhas mesmo que não sejam certas, ter o direito de acertar e de errar.
Mas quem pode dizer que uma escolha não é boa? Qual mãe ou pai?  Se ambos também acertaram e erraram em suas escolhas? A  ideia de poupar aos filhos das dores do mundo, faz com que os pais queiram determinar as escolhas desses.

Penso: Como é infeliz aquela pessoa que não tem o direito de ser quem realmente é, mas é sim  “aquilo” que outrem o obrigou a sê - lo.

Mas voltando a temática do texto, a questão de precisar cria um vinculo entre pais e filhos que faz com que um seja co - dependente do outro. Obvio que para os pais, isso é gratificante. Entretanto até que ponto isso é bom? Parece sublimação.

E por vezes ouvimos: Meus filhos fazem o que querem, meus filhos são senhores de si mesmos. Mentira ! Os pais  precisam que precisem, isso é caótico  porém verdadeiro, há uma realização  psíquica que satisfaz o ego, um pensamento mágico de domínio que traz um gozo  quase inexplicável, gozo no sentido de alegria inefável, dizendo: Veja como sou grandioso, eu tenho o domínio....
Num determinado momento, essa criança crescerá e precisará sair, seguir, escolher.

Quando adulto estará sozinho e em meio a ausência de um e de outro, não será capaz de resolver-se, tornar – se - a um fantoche dominado não pelas imagos paternal e maternal mas sim por um outro o qual foi  eleito de forma inconsciente para ocupar  “tal” lugar.

Quiça a reposta seja: Só somos realmente pais quando respeitamos a escolha dos filhos de não (quererem )precisar de nós. 




     







   












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