google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: Como controlar a ansiedade, emoções negativas

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Como controlar a ansiedade, emoções negativas

Na grande maioria das vezes quando sentimos no nosso corpo sintomas físicos da ansiedade, paralelamente geram-se também pensamentos ansiosos, que em psicologia apelidamos de ansiedade cognitiva. Os pensamentos ansiosos, por sua vez fazem disparar em nós emoções desagradáveis, as quais chamamos comummente de emoções negativas. 

Socialmente, a maior tendência é para ostracizar as emoções negativas, inibi-las, evitá-las ou suprimi-las. Existe uma poderosa máquina publicitária que nos impele à ideia de que as emoções negativas são nossas inimigas e que a todo o custo deveremos ver-nos livres delas. Nada poderia estar mais longe da verdade. 




Se livrarmo-nos das emoções negativas fosse tão fácil, porque é que cada vez mais pessoas sofrem de problemas relacionados com a ansiedade e depressão? 

A verdade é que não nos podemos livrar das emoções negativas quando nos apetece ou nos é conveniente. As emoções negativas, são algo que todos temos de lidar até ao final das nossas vidas. E, ainda bem que assim é. As emoções negativas são um veículo essencial que nos transmitem informações acerca do estado menos bom da nossa vida, ou mais particularmente, do desagrado de determinado momento da nossa vida.

O nosso cérebro está especializado na deteção de todos os estímulos que se apresentem como ameaça. 

Perante um estímulo que represente uma ameaça, em seguida, é disparado no nosso corpo uma emoção negativa, que pode ser ligada a um erro do passado, que por sua vez faz emergir a preocupação com o futuro. Podemos ficar presos em ciclos repetitivos de autocrítica negativa, preocupação e medo que interfere com a nossa capacidade de envolvimento total com as nossas experiências significativas. A automonitorização excessiva para as possíveis ameaças interferem de forma negativa com a nossa capacidade de reagir de forma adaptativa ao que está acontecendo no presente.

Mas, quando nos sentimos ansiosos e disparam pensamentos negativos na mente, o que fazer?

É importante que nesse exato momento tomemos consciência que estamos a ser tremendamente influenciados pelo nosso mecanismo de sobrevivência. Depois devemos esforçar-nos por perceber se efetivamente a ameaça é real. Se não for, é importante distanciarmo-nos dos nossos pensamentos negativos, ou seja, os pensamentos negativos que temos consciência que estão a afetar as nossas decisões não devemos segui-los, nem deixar que influenciem negativamente as nossas ações. 

Para que isto seja possível de realizar, importa criar novos pensamentos. 

Estes novos pensamentos, mais positivos e construtivos irão fazer disparar químicos no nosso organismo que nos irão fazer sentir melhor, mais seguros e confiantes. Neste processo é dada a substituição dos sintomas desagradáveis (ansiedade) que foram disparados no nosso corpo no momento em que ilusoriamente detetámos um estímulo que considerámos representar uma ameaça, pelas sensações de bem-estar que emergem da criação de novos pensamentos mais capacitadores.

Nós reagimos a imagens mentais de acontecimentos como se estivessem a acontecer no mundo real.

Tente pensar sobre cheirar e morder um limão. Você provavelmente vai sentir uma mudança na saliva na sua boca. Agora pense em colocar a mão num fogão quente. Provavelmente você sente o seu coração a bater um pouco mais rápido? Assim, quando os pensamentos de medo e preocupações entram na nossa mente, eles podem afetar os nossos corpos também. Os nossos corações podem começar a bater mais forte ou a respiração a ficar mais rápida e curta e com isso passamos a experimentar sintomas fisiológicos do stress, o que, a longo prazo, podem prejudicar os nossos corpos.

Como seres humanos, com cérebros preparados para sentir medo e angústia, estamos diante de um dilema. 

Não podemos forçar as emoções negativas a abandonar os nossos cérebros, e querer suprimi-las pode levar a problemas piores. E, como expliquei anteriormente, se prestarmos muita atenção às emoções negativas e nos mantivermos nesse registo, podemos criar uma espiral descendente.

Mas o que fazer com essas partes de nós (emoções negativas, desconfortáveis e incómodas) de extrema importância para a regulação e equilíbrio emocional da nossa vida?

A resposta é surpreendentemente simples. Temos de fazer as pazes com as nossas emoções negativas, aceitando-as, e ao fazê-lo, diminuímos o seu potencial dano. Podemos permitir que pensamentos e sentimentos negativos se manifestem em nós, no entanto, devemos desenvolver um “Eu observador” ou consciência superior que dirija a nossa atenção e comportamento de acordo com as nossas metas, valores e atividades que são produtivas e pessoalmente significativas para nós. Podemos esforçar-nos para viver uma vida com propósito e intencional, ao invés de pretendermos livrar-nos das emoções negativas. escolapsicologia



           

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...