Dor é o principal sintoma da LER, que acomete principalmente os membros superiores do corpo humano Quem passa muitas horas em frente ao computador, utilizando o telefone ou realizando outras tarefas de forma repetitiva deve atentar-se a LER (Lesões por Esforços Repetitivos) ou DORT (Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho).
O problema, que muitas vezes é ignorado, merece atenção já que pode piorar e gerar problemas maiores. LER/DORT tratam-se de lesões que se manifestam em músculos, tendões e nervos derivados do uso incorreto dos segmentos corporais. De acordo com o fisioterapeuta Paulo de Oliveira, este tipo de lesão é uma síndrome que engloba um grupo de doenças como tendinite, síndrome do carpo, sinovites e epicondilites (inflamação nos tendões do cotovelo).
Os sintomas que caracterizam a doença são: dor nos braços, dor nos dedos ou em outros membros afetados, dificuldade de movimentação, formigamento, falta de força e
baixa sensibilidade. Vale ressaltar que os primeiros sintomas podem
aparecer somente muitos anos após o início das atividades repetitivas.
O que mais incomoda as pessoas que têm LER é a dor, mas também podem aparecer cansaço, fraqueza, inflamação, formigamento, depressão, estresse e insônia. Os membros superiores (ombro, cotovelo e punho) são os mais acometidos. “Também podemos acometer outros segmentos corporais, pois tudo depende de como realizamos o movimento”, salienta o profissional. Se não tratado no início dos sintomas, o processo inflamatório oriundo da lesão pode comprometer estruturas adjacentes ao local. Por exemplo, se você tem um problema no ombro e não tratar logo, além da dor no local sua mão vai perder a força, começar a formigar e a doer.
Oliveira conta que costuma atender muitos professores e profissionais da área da saúde, pois sofrem de estresse e as posturas que adotam não são ergonômicas (que evitam este tipo de lesão). “Todas as profissões podem apresentar esse problema, basta sobrecarregar o organismo adotando posturas erradas. Depende muito do ritmo de trabalho e autocuidado da pessoa”. A síndrome pode causar o afastamento do funcionário ou dependendo do nível do comprometimento poderá ser preciso fazer cirurgia para corrigir o problema.
A LER pode ser evitada se a pessoa tiver cautela no dia a dia.
Exercícios, alongamentos, ergonomia e boa alimentação são fatores que podem evitar ou minimizar os fatores causadores das lesões. Algumas empresas têm, em sua jornada de trabalho, a ginástica laboral, onde são passados alongamentos, técnicas de respiração e exercícios, para alívio de stress e relaxamento. Medicina Chinesa Segundo o fisioterapeuta, os tratamentos da medicina chinesa podem ajudar a tratar a LER/DORT, porque as técnicas auxiliam no relaxamento da musculatura, na diminuição do processos inflamatórios e do estresse e, consequentemente, da insônia. “Porém, é bom aliar a acupuntura, por exemplo, com exercícios e alongamento”, recomenda.
Mudanças
de hábitos são fundamentais para prevenir a síndrome. Durante o
trabalho em frente ao computador, o médico aconselha que a cada 25
minutos de digitação, seja feita uma parada de cinco minutos para
aliviar a tensão. Manter a planta dos pés no chão e a postura ereta e
beber água ao longo o dia, bem como espreguiçar-se e levantar a cada
hora são boas medidas de precaução. “Em relação à postura, uma dica
importante é que a parte interna do joelho não toque a cadeira, para não
afetar a circulação sanguínea”, finaliza o médico.
Já sobre medicamentos, Oliveira destaca que não adianta tomar remédios para dor se o fator que causa este tormento ainda está presente. “No momento, você alivia a dor, mas uma hora ela pode voltar e ainda pior do que antes”, explica. Para o diagnóstico, é preciso ser consultado por um fisioterapeuta, terapeuta ocupacional ou médico (de preferência ortopedista). boqnews
Tratamento
O tratamento da lesão baseia-se no uso de anti-inflamatórios para
reduzir a dor, além de repouso da atividade causadora. Terapia
ocupacional, alongamento e, até mesmo, acupuntura são terapias
alternativas que podem auxiliar neste processo. “Na acupuntura, a
aplicação das agulhas em pontos específicos proporcionam o relaxamento
dos músculos e estimulam o sistema supressor da dor”, explica o
ortopedista. A fisioterapia se faz necessária em alguns casos.
O tratamento das crises agudas de dor, conta o médico, é feito com o uso
de anti-inflamatórios e repouso da área afetada – algumas vezes com a
necessidade de imobilização. Nas fases mais avançadas da síndrome, o uso
de corticoides na área da lesão, a fisioterapia e a intervenção
cirúrgica são recursos terapêuticos que devem ser considerados.
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