Patologia também está entre as três principais causas de mortes. Você
sabia que ela é a principal causa de óbito entre as doenças infecciosas
e, segundo dados do Ministério da Saúde, foi a terceira principal causa
de mortes no Brasil em 2013? Apenas nesse período, foram
registradas 68,3 mil mortes, ficando atrás apenas das doenças
cerebrovasculares e infarto do miocárdio.
A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) é uma infecção que se instala no pulmão do paciente e tem como agente causador mais comum da doença o Streptococcus pneumoniae, mais conhecido por pneumococo, que está envolvido em 30% a 70% dos casos. Já as bactérias atípicas, como micoplasma, clamídea e legionela são responsáveis por 8% a 48% dos casos, enquanto as infecções mistas, que envolvem mais de uma espécie de bactéria, são relatadas em até 38% dos pacientes.
A doença tem como principais
fatores de risco o tabagismo e o alcoolismo, pois reduzem a capacidade
de defesa do aparelho respiratório. Ambientes fechados com
ar-condicionado também podem influenciar o surgimento da doença, já que a
entrada do germe nas vias respiratórias fica mais fácil em locais mais
secos. Enfermidade imunodepressora, tratamento com betalactâmico nos
últimos três meses, presença de comorbidades múltiplas também são
fatores de risco da doença, que tem como sintomas clássicos a falta de
ar, mal estar e febre.
De acordo com o Dr. Roberto
Stirbulov, especialista em Pneumologia pela Faculdade de Ciências
Médicas da Santa Casa, um ou vários sinais da infecção podem aparecer no
paciente. “Pacientes idosos podem manifestar menos
sintomas de uma forma geral, inclusive podem não apresentar febre. Às
vezes, a única manifestação nesse caso é queda do estado geral e
diminuição de contato com o meio, como se fosse uma depressão”.
A pneumonia ataca,
principalmente, os organismos mais suscetíveis, como crianças menores de
cinco anos e idosos com mais de 65 anos. Gestantes e profissionais da
saúde também estão mais sujeitos à infecção. Dependendo da idade e estado de saúde do paciente, a doença pode ser mais fatal. “A pneumonia é a principal causa de internação de pessoas acima de 50 anos”, ressalta Stirbulov.
Um dado alarmante, divulgado por um relatório da Organização das Nações
Unidas (ONU), mostrou que a doença mata mais crianças de até cinco anos
no mundo do que aids, a malária e o sarampo juntos.
A mortalidade da PAC é de 1% e pode subir para 5% a 12% entre os pacientes que necessitam de internação. Essa porcentagem salta para 50% entre aqueles que vão para a unidade de tratamento intensivo. “É uma doença extremamente perigosa e que precisa ser diagnosticada o mais cedo possível para que o tratamento seja mais eficaz”, conclui o especialista.
O diagnóstico é feito avaliando a
suspeita clínica, exame físico, realização de hemograma e Raios-X de
tórax. O tratamento da pneumonia é baseado em antibióticos escolhidos de
acordo com algumas variáveis, como idade, presença de doenças prévias,
tipo de moradia, entre outras.
Para colaborar com o Dia Mundial do
Combate à Pneumonia, a Eurofarma, multinacional farmacêutica brasileira
presente em 15 países da América Latina, mostra as principais diferenças
entre gripe e pneumonia e lista algumas recomendações para prevenção.
Conheça as diferenças entre gripe e pneumonia
- A gripe é causada por vírus e é altamente infectante.
- Já a pneumonia é uma infecção nos pulmões causada por bactérias e vírus, na maioria dos casos pneumococo.
- Apesar de as duas doenças terem os sintomas bem parecidos, a febre na pneumonia pode ser mais alta e duradoura.
- A dor no peito também ocorre nos dois casos, já que a pessoa tosse muito.
- A diferença está no catarro: na pneumonia ele é mais espesso e colorido (acinzentado, esverdeado ou amarelado), enquanto na gripe ele é mais líquido e transparente.
- De acordo com o Dr. Stirbulov, não há risco de uma gripe se tornar pneumonia, mas ela deixa o organismo muito mais suscetível a adquirir a infecção.
Recomendações
- Não fume
- Não beba excessivamente
- Conserve a manutenção do ar-condicionado em dia e em condições adequadas
- Evite mudanças bruscas de temperatura
- Lave suas mãos com frequência ao assuar o nariz, ir ao banheiro e ao trocar fraldas
- É fundamental procurar atendimento médico para diagnóstico e tratamento precoce
“Nos primeiros sinais de possível
pneumonia, é preciso procurar imediatamente atendimento médico. Essa
agilidade no diagnóstico pode diminuir a morbidade e mortalidade da
doença”, conclui Dr. Stirbulov. esteticderm
Começa como uma constipação banal que se vai agravando com o aparecimento de febre, tosse, expectoração e dificuldade respiratória.
Agente infeccioso – diversas bactérias (pneumococo, estreptococo. hemofilus, estafilococo).
Modo de transmissão – via respiratória (tosse ou espirros).
Período de incubação – variável. Habitualmente alguns dias.
Descrição Clínica – começa como uma
constipação banal que se vai agravando com o aparecimento de febre,
tosse, expectoração e dificuldade respiratória. A criança tem um ar
doente e falta de apetite. Pode ter dores de cabeça, dores de barriga ou
vómitos. Por vezes pode queixar-se de dor no tórax.
Período de transmissão – variável. Habitualmente alguns dias.
Tratamento – necessita tomar um
antibiótico durante 7 dias. Tratar igualmente a febre e hidratar a
criança. A recuperação é geralmente rápida (até 5 dias) e completa, não
deixando sequelas.
Faltar à escola – até estar sem febre
e ter completado 48 horas de antibiótico. O que fazer em relação às
crianças da mesma sala de aula – nada é necessário.
Notificação da doença – não é necessária.
Observações – na altura do
diagnóstico, só é pedida a realização de uma radiografia se o médico
tiver algumas dúvidas após a observação da criança ou se suspeitar de
alguma complicação. Da mesma forma, não tem interesse efetuar qualquer
radiografia após ter terminado o tratamento com o antibiótico.
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