Balas, sorvetes, iogurtes, cereais, sucos em pó, refrigerantes – parecem alimentos inofensivos, mas podem causar reações alérgicas como irritações na pele, vermelhidão, enjoo, inchaço nos olhos e urticária em pessoas sensíveis aos componentes que dão cor a eles. Os corantes não têm valor nutricional, servem apenas para alterar a aparência de grande parte dos alimentos industrializados.
Responsável por colorir doces, bebidas, cereais, iogurtes e laticínios, o corante artificial amarelo tartrazina é responsável pelo maior número de reações alérgicas entre os pigmentos. “Pessoas sensíveis a ele podem ter urticária, erupções na pele, vermelhidão e até choque anafilático”. Os sintéticos derivados do carvão – como o tartrazina, azul brilhante e vermelho eritrosina –, são os que normalmente causam as reações alérgicas.
Confira as substâncias mais utilizadas pela indústria para colorir alimentos, suas aplicações e possíveis reações alérgicas:
Amarelo tartrazina
Laticínios, licores, fermentados, cereais e iogurtes
> Reações alérgicas em pessoas sensíveis à aspirina e asmáticos. Pode causar insônia em crianças e afecção da flora intestinal.
Azul brilhante
Laticínios, licores, fermentados, cereais e iogurtes
> Pode causar hiperatividade em crianças, eczema e asma.
Frutas em calda, xaropes de bebidas, balas, cereais, refrescos erefrigerantes
> Pode causar anemia e aumento da incidência de doença renal. Deve ser evitado por pessoas sensíveis à aspirina e asmáticos.
Balas, bebidas, frios, sorvetes e sucos
> Reações alérgicas em pessoas sensíveis à aspirina e asmáticos.
Sinal de problemas
Os sintomas da alergia a essas substâncias podem aparecer ou logo após o consumo dos alimentos ou algumas horas depois. Caso surja algum sinal de problemas, a recomendação é conferir o rótulo do alimento consumido, que deve conter o nome do corante utilizado, e buscar um médico para confirmar a reação alérgica.
A alergia a alguns corantes, como o vermelho carmim, pode ser comprovada por meio de exame de sangue. Outras, como ao amarelo, só com exame de provocação oral supervisionada. A quantidade de corante ingerida tem pouco a ver com a dimensão da reação, há pessoas com maior sensibilidade, nas quais uma pequena quantidade da substância causa reações intensas, e outras que são mais resistentes.
Não há tratamento específico contra a reação alérgica, apenas contra os seus sintomas leves como irritações cutâneas, inchaço, coceira e urticárias. Neste caso, o alérgico deve suspender a ingestão do alimento que causa reações.
A negligência com esses sintomas menores pode ter consequências sérias. Uma alergia pode levar ao choque anafilático, que é o fechamento das vias respiratórias.
A alergologista explica que pode ocorrer de uma pessoa ser alérgica a mais de um corante e pode haver cruzamentos entre alergias. “Uma sensibilidade a medicamentos pode ser acompanhada da sensibilidade a um corante, como os alérgicos à aspirina, que também podem ter sensibilidade em contato com alguns corantes vermelhos e amarelos”, finaliza.
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