google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: Entenda a angústia: aquele nó no peito de sufocamento

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Entenda a angústia: aquele nó no peito de sufocamento

 

Entretanto, essa percepção de sufocamento pode acabar extrapolando os limites psicológicos e se manifestar fisicamente, na forma de uma dor no peito. Um exemplo prático disso é visto no Hospital do Coração de São Paulo. Diariamente, ao menos um dos pacientes que dão entrada acham que estão enfartando, mas, na verdade, o diagnóstico é angústia.

 

 
Pode parecer engraçado, mas não é. "Se essa sensação ocorre frequentemente, a pessoa precisa ser tratada por um psicólogo ou médico psiquiatra", diz o Dr. Paulo André Issa, coordenador da Policlínica de Neurociência da Aprendizagem e Psiquiatria (PNAP).


Angústia está ligada à ansiedade


Para o Dr. Paulo, a angústia é originada da ansiedade. Portanto, vale tentar compreender esse sentimento e descobrir o que lhe deixa apreensivo.


Um bom exercício é pensar nas ocasiões que já lhe deram medo alguma vez na vida: um barulho desconhecido, um pesadelo ou até mesmo uma barata. Em todos esses casos, o seu corpo reagiu a uma ameaça concreta, o que é absolutamente natural.


A ansiedade aparece, porém, quando o pânico permanece independentemente de o perigo ser real, como aquele pavor incontrolável de falar em público ou de perder alguém querido. “Ela é um estado generalizado de alerta”, define a psicoterapeuta Luzia Winandy. “No entanto, para algumas pessoas, isso se torna insuportável, dando-lhes uma ideia de que vão morrer ou enlouquecer”, complementa.


Aí é preciso ter cuidado, pois o indivíduo pode desenvolver um grande pessimismo em relação ao futuro, deixando, inclusive, de dar passos importantes na vida.


Como lidar com os medos?


Ao contrário de doenças como gripe, catapora ou tuberculose, não é possível identificar uma causa específica para quem sente esse aperto no peito. "O fato de uma experiência ser percebida com ansiedade está ligada à forma como a pessoa analisa a situação”, afirma Luzia Winandy.


Quanto mais positivo você for, melhor conseguirá lidar com o desconhecido. Então, quer ser mais corajoso? Não tem jeito: comece trabalhando sua confiança, autoestima e segurança, pois é assim que poderá “ler” melhor o que acontece no seu dia a dia.


"Também é muito importante ter momentos para manter a mente em repouso. Quando aparecer algum conflito, distancie-se um pouco dele e, depois, mais descansado, retome-o”, aconselha Luzia.


O Dr. Paulo sugere ainda que você tenha atenção aos seus hábitos: “Recomendo dormir cedo, alimentar-se bem, fazer exercícios físicos, além de evitar excesso de café e bebida alcoólica ou energéticos”.


Entendendo o que você sente


Afinal, como ter certeza de que o que você está sentindo é angústia, e não outros estados também negativos, porém muito diferentes? É preciso saber nomear as suas emoções.

Para facilitar essa tarefa, o Portal Vital pediu que a psicoterapeuta Luzia definisse outras condições que andam bem próximas à angústia.


Tristeza: O abatimento surge quando se perde algo de grande valor: seja uma pessoa, uma situação ou até uma expectativa. Crises de choro, insônia, indisposição e apatia são comuns quando alguém está passando por um período de luto e, de acordo com a terapeuta, é importantíssimo não tentar camuflá-lo. “Precisamos respeitar a nossa tristeza para, gradativamente, encontrarmos soluções e retornar ao estado de ânimo anterior”, defende a especialista.


Depressão: Quando sentimentos ruins se alojam, é preciso ficar alerta. Se o desânimo estiver associado à diminuição da autoestima, alterações no sono e no apetite, sentimento de culpa e ideias de morte, isso pode indicar um quadro depressivo. “Essa é uma doença séria e causa malefícios tanto psicológicos quanto físicos. Além disso, ela altera a maneira como o indivíduo vê o mundo; por isso, não é uma condição que possa ser revertida com força de vontade apenas”, alerta Luzia. Em outras palavras, se está se sentindo assim, não adie: você precisa de um médico.



           

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