google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: Depressão: psiquiatras com fatos curiosos oferecem nova esperança

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Depressão: psiquiatras com fatos curiosos oferecem nova esperança




A realidade, no entanto, é mais complexa. Há pessoas que têm mais propensão à doença devido à genética. Há outras que podem sofrer com o problema devido a suas condições de vida e o ambiente em que convivem.

De acordo com o médico, fatores como o uso de álcool e drogas, uma rotina muito estressante e noites sem dormir podem aumentar a incidência da enfermidade.

A depressão afeta por volta de 1 a cada 10 habitantes dos EUA. Em 2010, antidepressivos eram o 2o tipo de medicamento mais prescrito nos EUA, o que indica a gravidade do problema.


Contrário à crença popular, a depressão parece não ser causada por um desequilíbrio químico cerebral; na verdade, há um grande número de fatores biológicos que aparentam ser significantes. Inflamação crônica é um deles. Como descrito no artigo analisado.





 “George Slavich, psicólogo clínico na University of California, em Los Angeles, passou anos estudando a depressão, e chegou à conclusão que ela está ligada tanto ao corpo quanto à mente. ‘Eu sequer falo mais (da depressão) como uma condição psiquiátrica’ ele diz. ‘Envolve sim, psicologia, mas também envolve partes iguais de biologia e saúde física.


A base para essa nova percepção é absurdamente óbvia quando apontada: qualquer pessoa se sente infeliz quando está doente. Esse sentimento de estar cansado demais, entediado e aborrecido demais para sair do sofá e viver a vida é conhecido entre os psicólogos como comportamento de adoentados. Isso acontece por uma boa razão, ajuda a evitar que se cause mais danos ou espalhar ainda mais a infecção. E também se parece com a depressão.”


Um pesquisador vai ainda mais longe, sugerindo que a depressão deveria ser assinalada como uma doença infecciosa não contagiosa, enquanto o autor do artigo comentado acima chega a comparar a depressão com uma reação alérgica – neste caso, uma “alergia à vida moderna” – considerando os vários fatores ambientais conhecidos por desenvolver inflamação, de nutrição a exposições tóxicas e estresse.


Os cientistas também descobriram que a saúde mental pode ser negativamente afetada por fatores como deficiência de Vitamina D e/ou desequilíbrio da flora intestinal – os 2 fatores, aliás, desempenham grande papel em manter a inflamação sobre controle, o que é basicamente o significa remediar a depressão.



Inflamação e Depressão


Como abordado em artigo da Dra. Kelly Brogan, os sintomas da depressão podem ser vistos como manifestações extremas da inflamação.


“A fonte em si pode ser ter uma ou várias facetas como estresse, dieta, exposições tóxicas e infecção… a Inflamação parece ser um determinante muito relevante nos sintomas de depressão como humor pra baixo, raciocínio lento, fuga, alterações na percepção e mudanças metabólicas”, ela escreve.

Certos biomarcadores, como as citocinas no sangue e mensageiros inflamatórios, como CRP, IL-1, IL-6 e alfa-TNF, mostram potencial promissor como indicadores para diagnóstico, como se fossem “preditiva e linearmente correlacionados” com a depressão.


Pesquisadores descobriram, por exemplo, que a depressão melancólica, transtorno bipolar e depressão pós-parto estão associadas com níveis elevados de citocinas, em combinação com a diminuição de sensibilidade ao cortisol (o cortisol é tanto um hormônio de estresse quanto um amortecedor contra a inflamação).


Como explicado pela Dra. Brogan:


“Uma vez ativados no corpo, estes agentes inflamatórios transmitem informação para o sistema nervoso, usualmente através da estimulação de grandes nervos como o vagus, que conecta intestino e cérebro. Células especializadas no cérebro chamadas microglia representam os centros imunológicos do cérebro e são ativados em estados inflamatórios.

Já foi mostrado que, numa microglia ativada, uma enzima chamada IDO (indoleamine 2 3-dioxygenase) direciona triptofano na direção oposta da produção de serotonina e melatonina e na direção de produzir um antagonista de NMDA chamado ácido quinolinico, que pode ser responsável por sintomas de ansiedade e agitação.

Essas são apenas algumas alterações que podem conspirar para informar o seu Cérebro sobre o que seu corpo sabe que está errado.”


Diferentes estudos confirmam que a inflamação gastrointestinal podem desempenhar um papel crítico no desenvolvimento da depressão, sugerindo que bactérias benéficas (probióticos) podem ser uma parte importante do tratamento. Por exemplo, uma revisão científica húngara publicada em 2011 fez as seguintes observações:

A depressão é frequentemente identificada junto com inflamações gastrointestinais e doenças auto-imunes, assim como doenças cardiovasculares, condições neurodegenerativas, diabetes 2 e também câncer, nos quais a inflamação de baixo grau é um grande fator contribuinte. 
Assim, os pesquisadores sugerem que “a depressão pode ser uma manifestação neuropsiquiátrica de uma síndrome inflamatória crônica.”
Um número crescente de estudos clínicos mostram que tratar a inflamação gastrointestinal com probióticos, vitamina B e vitamina D também melhora sintomas de depressão e a qualidade de vida ao atenuar o estímulo pro-inflamatório no cérebro.

As pesquisas sugerem que a causa primária de inflamação pode ser o desequilíbrio do “eixo intestino-cérebro”.


Seu intestino é literalmente o seu segundo cérebro – criado a partir de tecido idêntico ao do seu cérebro durante a gestação – e contém altos níveis do neurotransmissor serotonina, associado ao controle do humor.


É importante entender que as bactérias intestinais são parte ativa e integrada na regulação da serotonina e, na verdade, produzem mais serotonina que o cérebro. Otimizar a flora intestinal é parte chave na equação para otimizar os seus níveis.


Se você consome muitos alimentos processados e açúcares, sua flora intestinal será severamente comprometida porque esses alimentos tendem a dizimar a microflora benéfica. Isso deixa espaço para o aumento de bactérias e fungos prejudiciais que vão promover inflamação e diminuir a saúde do seu segundo cérebro.

Uma dieta baixa em Açúcar é uma importante estratégia anti-depressiva


Além de desequilibrar sua microflora, o açúcar também dispara uma cascata de outras reações químicas no seu corpo conhecidas por promover tanto a inflamação crônica quanto a depressão.


Para começar, açúcar em excesso eleva os níveis de insulina. Isso pode ter impacto negativo no seu humor e saúde mental fazendo com que altos níveis de glutamato sejam secretados no seu cérebro, o que está ligado a agitação, depressão, raiva, ansiedade e ataques de pânico.


O açúcar suprime a atividade de um hormônio do crescimento chave chamado BDNF (Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro) que cultiva neurônios cerebrais saudáveis. Os níveis de BDNF são incrivelmente baixos tanto na depressão quanto na esquizofrenia.


Culturas e alimentos fermentados, por outro lado, ajudam a repopular seu intestino com uma grande variedade de bactérias benéficas que promovem saúde física e mental, desde que você mantenha a ingestão de açúcar e processados ao mínimo.


Por exemplo, um estudo de 2011 descobriu que o probiótico Lactobacillus rhamnosus tem efeito marcante nos níveis de GABA em certas regiões do cérebro e diminui o hormônio corticosterona, induzido por estresse, que influencia comportamentos relacionados a ansiedade e depressão.


Então, o tripé nutricional para tratar a depressão é:



  •     Limitar severamente a ingestão de Açúcares (especialmente frutose), assim como grãos. O jeito mais fácil de fazer isso é evitar alimentos processados e começar a cozinha do zero usando ingredientes integrais. Como recomendação geral, sugiro limitar o consumo de frutose de todas as fontes a 25 gramas por dia ou menos.

  •     Evitar alimentos geneticamente modificados, já que eles também implicam na destruição da flora intestinal e promovem inflamação crônica. Tenha em mente que os alimentos tradicionais também podem estar contaminados com glifosfato, que seletivamente destrói bactérias intestinais benéficas. Então, idealmente, é preferível que o máximo de alimentos possivel sejam orgânicos para evitar exposição a pesticidas.
  • Incluir alimentos fermentados na sua dieta para reequilibrar a flora intestinal.



Saiba que a sua flora intestinal também é muito sensível e pode ser prejudicada pelos seguintes fatores, que também devem ser evitados:



    Antibióticos. A não ser que seja estritamente necessário (e quando tomar, garanta que vai repovoar seu intestino com alimentos fermentados e/ou suplementos probióticos)

     
Carne e outros produtos provenientes de animais criados convencionalmente, já que geralmente recebem antibióticos de baixa-dosagem e se alimentam de grãos geneticamente modificados.

    
Água com cloro e/ou flúor

     
Sabonete antibacteriano



Deficiência de Vitamina D predispõe você a depressão



Deficiência de vitamina D é outro importante fator biológico que pode ter papel significativo na saúde mental. Num estudo de 2006, idosos com níveis de vitamina D abaixo de 20ng/ml eram 11 vezes mais suscetíveis a ter depressão que os com níveis mais altos. É importante notar que o nível médio de vitamina D foi ligeiramente inferior a 19 ng / ml, que é um estado de deficiência grave. De fato, 58% dos participantes tinham níveis abaixo de 20 ng / ml. Um estudo de 2007 sugeriu que a deficiência de vitamina D é responsável por sintomas de depressão e ansiedade em pacientes com fibromialgia.



Outro estudo randomizado publicado em 2008 também concluiu que:



“Parece haver uma relação entre os níveis de 25 (OH) D e os sintomas de depressão. A suplementação com doses elevadas de vitamina D parece melhorar estes sintomas, indicando uma possível relação causal. “



Mais recentemente, pesquisadores descobriram que idosos com depressão tinham níveis de vitamina D 14% mais baixos do que aqueles que não estavam deprimidos. Aqui, as pessoas com níveis de vitamina D abaixo de 20 ng/ml tiveram um risco 85% maior de depressão, em comparação com aqueles com níveis acima de 30 ng / ml. 

Um outro artigo publicado em 2011 observou que:



“Detecção e tratamento de níveis inadequados de vitamina D em pessoas com depressão e outros transtornos mentais pode ser uma terapia fácil e de baixo custo que poderia melhorar os resultados de saúde dos pacientes no longo prazo, bem como a sua qualidade de vida.”



Com base na avaliação de populações saudáveis que recebem muita exposição solar natural, o intervalo ideal para a saúde física e mental em geral parece estar em algum lugar entre 50 e 70 ng / ml. Então, se você está deprimido, um bom conselho é checar o seu nível de vitamina D e resolver qualquer insuficiência ou deficiência. A exposição sensata ao sol é a maneira ideal de otimizar seus níveis de Vitamina D.



Como alternativa, use uma cama de bronzeamento com um reator eletrônico, e / ou um suplemento de vitamina D3 oral. Tenha em mente que se você optar por um suplemento de vitamina D, você também precisa tomar vitamina K2 e magnésio, já que esses nutrientes trabalham em conjunto.

Há muitas alternativas ao tratamento com medicamentos



Os medicamentos antidepressivos vêm com uma longa lista de riscos, e portanto, deveriam ser considerados como um último recurso, se todo o resto falhar.



Robert Whitaker, jornalista médico e indicado ao Prêmio Pulitzer, detalhou os muitos inconvenientes e benefícios de vários tratamentos em seus dois livros: Mad in America, e Anatomy of an Epidemic: Magic Bullets, Psychiatric Drugs, and the Astonishing Rise of Mental Illness in America (Anatomia de uma epidemia: Pílulas Mágicas, Drogas Psiquiátricas, e a Ascensão Impressionante de 
Doenças Mentais nos EUA), observando que o exercício físico como tratamento realmente está em primeiro lugar na maioria dos estudos, mesmo quando comparado com medicamentos antidepressivos.



O exercício trabalha principalmente ajudando a normalizar os níveis de insulina, ao mesmo tempo aumentando hormônios do “bem estar” em seu cérebro. Mas os pesquisadores também descobriram que o exercício permite que seu corpo elimine kinurenina, uma proteína prejudicial associada com depressão. E, mais uma vez comprovando o link entre inflamação e depressão, seu corpo metaboliza kinurenina primordialmente num processo que é ativado pelo estresse e fatores inflamatórios…



Enquanto eu abordo diversos fatores dietéticos para restaurar a saúde de seu intestino, também recomendo suplementar sua dieta com omega-3 animal de alta qualidade, como óleo de krill. Este pode ser o nutriente mais importante para o funcionamento ideal do cérebro, aliviando assim os sintomas da depressão. Deficiência de vitamina B12 também pode contribuir para a depressão, e afeta uma em quatro pessoas.



Por último, mas não menos importante, certifique-se de dormir o suficiente. A ligação entre depressão e falta de sono está bem estabelecida. Dos cerca de 18 milhões de norte-americanos com depressão, mais da metade sofre de insônia. Embora por muito tempo se pensou que a insônia era um sintoma de depressão, agora parece que a insônia pode preceder depressão em algum casos. Pesquisas recentes também descobriram que a terapia do sono resultou em melhorias notáveis em pacientes deprimidos.



A mensagem principal aqui é que um ou mais fatores de estilo de vida podem estar no centro da sua depressão, então um bom conselho é corrigir os fatores discutidos neste artigo antes de recorrer a drogas – que a ciência tem mostrado serem tão eficazes quanto placebos, mas carregadas com efeitos colaterais potencialmente perigosos.





           

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