Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer. Um sujeito desce na estação do metrô, vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira um violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal. Mesmo assim, durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.
Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo! Executava músicas consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, com valor estimado em de 3 milhões de dólares.
Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo! Executava músicas consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, com valor estimado em de 3 milhões de dólares.
A iniciativa, realizada pelo jornal The Washington Post, era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.
Conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto.
Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife.
Esse é um exemplo daquelas tantas situações que acontecem em nossas vidas e que são únicas e às quais não damos a menor atenção porque não vêm com a etiqueta de preço. O que tem valor real para nós, independentemente de marcas, preços e grifes? É o que o mercado diz que você deve ter, sentir, vestir ou ser?
Essa experiência mostra como, na sociedade em que vivemos, os nossos sentimentos e a nossa apreciação de beleza podem ser manipulados pelo mercado, pela mídia e pelas instituições que detém o poder financeiro.
Mostra-nos, ainda, que a maioria das pessoas só valoriza aquilo que está precificado, com a falsa ideia de que o que é mais caro é melhor...
Nenhum comentário:
Postar um comentário