google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: Causas e tratamentos da Síndrome do Pânico

quinta-feira, 12 de março de 2015

Causas e tratamentos da Síndrome do Pânico

Mesmo que algumas teorias já estejam mais popularizadas em relação às causas da Síndrome do Pânico, existe uma série de levantamentos que tentam buscar uma explicação para esse distúrbio. 

Estudiosos do tema afirmam, ainda, que os motivos do transtorno do pânico estão relacionados. Por isso, é comum encontrar profissionais que indiquem como sendo o melhor caminho para a cura do paciente o conhecimento da trajetória da sua vida.




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Desta forma, é possível compreender os fatores ambientais, históricos e socioculturais que podem ter contribuído para o desencadeamento de um ataque de pânico. Existem, ainda, indícios que apontam para perfis que podem contrair a Síndrome no pânico. Eles, entretanto, não são uma regra, mas têm se mostrado na grande maioria dos afetados.

Os levantamentos também mostram que as mulheres possuem o transtorno cerca de duas vezes mais que os homens, sendo que a idade mais propícia para serem acometidas é entre os 18 e 35 anos, apesar do distúrbio já ter sido registrado tanto em crianças como em idosos. Outro fator que pode interferir nas causas da Síndrome do Pânico é o fator hereditário, pois alguns médicos afirmam que estatisticamente o distúrbio é mais comum em pessoas com histórico familiar. Porém, essa questão não é unânime entre os profissionais da área. Pessoas que tenham prolapso da válvula mitral também podem apresentar a síndrome com mais frequência.

Situações que Podem Desencadear a Síndrome do Pânico

Uma série de fatores podem ser os responsáveis pelo início de um quadro de Síndrome do pânico, ela não é definitiva, mas uma forma de você identificar se você, um amigo ou familiar é um candidato a ter o distúrbio. Em geral, as pessoas que apresentam o transtorno do pânico são muito produtivas profissionalmente, aceitam muitas responsabilidades e afazeres no seu trabalho, são extremamente exigentes consigo mesmas e não permitem errar, não sabem lidar bem com os imprevistos e por isso preocupam-se em demasia, são muito perfeccionistas, gostam de estar no controle e de receberem a aprovação dos outros.

Além disso, se você também possui muita criatividade, se espera atingir um grande cargo ou prestígio e para isso se impõe muitas regras, além de por a própria saúde física de lado, pois se esquece de dar a ela a atenção devida, você pode passar por uma situação de ataque de pânico. Por outro lado, as pessoas com a síndrome se privam afetivamente, podem apresentar dependência emocional, inclusive em relação a pessoas que sejam mais seguras ou mais velhas, e serem passivas em excesso nas relações interpessoais.

Caso você tenha dificuldades em lidar com as adaptações de sua vida, pois não gosta de mudanças, bem como evitar confrontos, isso pode afetar o seu emocional e desencadear o distúrbio. No caso do transtorno não ser tratado, as crises podem ser frequentes e desencadearem outras fobias (medos) específicos. Elas acabam se tornando as consequências e não as causas dos ataques de pânico.

Outros sentimentos que aparecem nos pacientes são a seriedade, o bom caráter, sentem-se desprotegidos, pressionados, preocupados com o futuro, costumam ter pensamento negativo, além de terem em comum um pai ou uma mãe perfeccionista ou autoritário, bem como algum medo de infância. Porém, é importante frisar que a predisposição às crises ocorre em pessoas que têm essas características somadas, ou grande parte delas, não apenas um desses sentimentos. Também pode acontecer de uma pessoa ter um ataque de pânico apenas uma vez em toda a sua vida e nem por isso ter a Síndrome de Pânico. 

Possíveis causas da Síndrome do Pânico

É possível dividir em três fatores as causas do desencadeamento dos ataques de pânico. Uma delas é a neuroanatômica, que diz respeito a uma perturbação no sistema fisiológico que regula as crises normais de ansiedade e medo. Segundo alguns estudos, a reação de pânico inicia no chamado locusceruleus, sendo que ele é responsável por quase todas as reações fisiológicas e autonômicas do pânico.

O locusceruleus, por sua vez,se conecta ao nervo vago que se estende pelo abdômen e tórax, o que explicaria o mal estar abdominal, a taquicardia e a sensação de sufocamento. Já as reações de medo e ansiedade estão localizadas no sistema límbico, que também se conecta ao locusceruleus. Nesse caso, todo o sistema é perturbado, causando o distúrbio.

Outro fator é o comportamental, no qual se leva em consideração uma série de comportamentos que se combinam e poderiam desencadear um ataque de pânico. No entanto, mesmo quem defende essa teoria sabe que ela não explicaria todos os quadros do distúrbio e, por isso, acredita na combinação de causas. Entre os comportamentos mais predispostos à Síndrome do pânico está o medo, a ansiedade, a sensibilidade e as interpretações catastróficas.

Nessa teoria se englobam mais perfeitamente os casos em que uma pessoa fica traumatizada após um evento e tem medo de repetir uma situação semelhante, pois teme que o mesmo problema ocorra novamente. Ou seja, sempre que o paciente recebe um mesmo estímulo, ele recorda o medo, associando o local ao temor.

Já a teoria psicanalítica dá conta de que a origem dos ataques é o escape de processos mentais inconscientes e até então reprimidos. Isso aconteceria já que os profissionais afirmam que se você tem um desejo ou ideia com a qual não consegue lidar, a sua estrutura mental trabalha para manter isso fora da consciência. Porém, se é algo muito forte, ou quando os mecanismos de defesa enfraquecem, o que estava até então aprisionado vem à tona, na forma de uma crise de pânico, já que o equilíbrio mental foi ameaçado.

Para entender melhor, é como se a crise de pânico fosse uma reação de luta ou fuga do organismo diante de um perigo imaginário. Além disso, ela pode durar até meia hora, sendo que o mais comum é que tenha duração de 10 minutos. O quadro se agrava quando a pessoa, depois de ter uma crise de pânico, começa a viver em estado de alerta, achando que a qualquer momento a crise pode se repetir.

Se isso começar a afetar a sua vida, a trabalhar os seus estudos, o seu trabalho, a sua relação com as pessoas, é mais do que urgente você iniciar um tratamento. Se não tratada a síndrome pode se repetir mais frequentemente. Existe ainda um estágio em que a pessoa fica com medo de passar por uma situação idêntica aquela em que ela estava quando teve uma crise de pânico. Se você estava em uma loja cheia quando teve o primeiro ataque, por exemplo, é possível que crie uma fobia a lojas lotadas. Nesse caso, a pessoa terá um transtorno do pânico com agorafobia. 

Tratamento para Síndrome do Pânico

Conforme a linha de atuação do profissional que se dedica à cura dos pacientes, ele vai propor um determinado tratamento para Síndrome do Pânico. Muitos médicos defendem o uso de remédios, ao menos, em um primeiro momento. Para eles, o transtorno do pânico é causado pela falha na comunicação dos neurotransmissores, responsáveis por enviar as informações ao cérebro, por isso, o uso de medicamentos é necessário para restabelecer esse equilíbrio, que foi afetado.

Já outros profissionais garantem que é possível restaurar esse equilíbrio apenas com a psicoterapia. De qualquer maneira, todos são unânimes ao concordar que a busca por um profissional da saúde para tratar o distúrbio é essencial. Acontece que muitas pessoas acreditam que os ataques de pânico são passageiros e, assim, negam a ajuda médica. Também ocorre, algumas vezes, da família não oferecer o apoio necessário, que é fundamental para o bom funcionamento do tratamento individual.

No caso do paciente adiar a procura por um tratamento para Síndrome do Pânico, o seu quadro pode se complicar, possibilitando que mais crises ocorram com maior frequência. Além disso, na hora do ataque de pânico, é comum que a pessoa procure um pronto-socorro, onde nem sempre existem profissionais capacitados para diagnosticar o transtorno do pânico.

Os profissionais da saúde mental são os responsáveis por acompanhar os pacientes no tratamento, sendo eles os psicólogos, psiquiatras, conselheiros de saúde mental e assistentes sociais. No entanto, o único que pode prescrever medicamentos é o psiquiatra. Já os tratamentos da psicoterapia podem ser realizados tanto por psiquiatras como psicólogos.

Tipos de tratamento para a Síndrome do Pânico

Uma das linhas que os profissionais que defendem a importância da psicoterapia para que haja uma melhora real do paciente com o distúrbio do pânico é o tratamento através da terapia comportamental. Essa técnica tem como objetivo permitir ao paciente o autoconhecimento, para que ele possa compreender quais os acontecimentos em sua vida que desencadeiam os ataques de pânico.

O tratamento ocorre de maneira lenta e gradual, no qual o paciente deve se defrontar com as situações que o aterroriza, para que, aos poucos, haja uma desensibilização, que permitirá o enfrentamento das limitações, sem que ocorra o quadro estressante. Em outras palavras, o que o paciente deve fazer é mudar o seu comportamento frente aquilo que atrapalha e incomoda a sua possibilidade de viver plenamente, seja no trabalho, nas relações interpessoais ou consigo mesmo.

Terapias semelhantes a esse é a terapia cognitiva e comportamental, que consiste nos métodos de visualização, técnicas de respiração e relaxamento com o objetivo de evitar os sintomas da Síndrome do pânico. Ela também faz uso do enfrentamento aos medos, de maneira gradual, para eliminar os ataques de ansiedade.

Outra maneira de combater o transtorno do pânico sem que se faça uso dos fármacos – ou porque o paciente não responde de forma positiva a eles, ou mesmo, por não querer o uso de remédios – e que complementa um tratamento é a chamada Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva (EMTr). Essa técnica é utilizada pelos médicos da área da neurologia desde 1985 e a psiquiatria fez uso dela pela primeira vez em 1997. Na neurologia, a técnica foi introduzida por Anthony Barker e colegas da Universidade de Sheffield, sendo que ela foi consolidada como de grande utilidade na pesquisa neurocientífica.

O seu objetivo é atingir o cérebro de forma não invasiva. Para tanto, se usa campos magnéticos que estimulam ou atrasam as funções cerebrais. Ou seja, a Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva atinge o cérebro através de corrente elétrica induzida por pulsos magnéticos por variação rápida do campo magnético no tecido cerebral.

Essa técnica também é usada em situações neurológicas, como acidente vascular, enxaqueca, Síndrome de Parkinson, entre outras, bem como em outros quadros psiquiátricos, como a depressão. Além disso, os profissionais adeptos da técnica garantem que a Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva é bem diferente da Eletroconvulsoterapia (ECT), mais conhecida como Eletrochoque.

A primeira não exige anestesia, é indolor e tampouco apresenta efeitos colaterais sobre a memória. Para entender a diferença, os médicos citam uma frase do pesquisador Prof. Dr. Pascual-Leone: “ambas [as técnicas] acertam na mosca, com a diferença que enquanto a EMTr é um dardo a ECT é uma bomba”.

Remédios utilizados para combater a Síndrome do Pânico

Já o tratamento medicamentoso consiste em antidepressivos, que conforme especialistas, diferente dos calmantes, não viciam. Por outro lado, profissionais alertam que os antidepressivos podem causar problemas de depressões mais graves. Os antidepressivos costumam ser tomados todos os dias para criar uma resistência aos sintomas do transtorno do pânico.

Nos quadros com esse distúrbio, os mais usados são os antidepressivos tricíclicos, que reduzem a intensidade e a frequência de ataques, além de diminuir a ansiedade e tratar a depressão, caso ela esteja associada. Esses fármacos são usados há mais de 30 anos em pacientes com Síndrome do pânico. No entanto, podem causar disfunções sexuais, ganho de peso, entre outros efeitos colaterais.

Junto a um antidepressivo, os médicos podem indicar ainda o uso de ansiolíticos(benzodiazepínicos), que é apenas ministrado durante o ataque de pânico, sendo que podem viciar o paciente que não fizer o seu uso correto. Eles também são indicados no início do tratamento, quando os antidepressivos não começaram a fazer efeito. 

Outro medicamento que pode ser receitado são os betabloqueadores, os quais são usados para eliminar os sintomas do medo, como a taquicardia, durante um ataque de pânico. No entanto, pesquisas mostram que outros remédios são mais eficientes, já que esse pode provocar diabetes.


           

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