google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: O que é a osteoporose?

sábado, 14 de fevereiro de 2015

O que é a osteoporose?

É uma doença esquelética sistémica que se caracteriza pela diminuição da massa óssea e por uma alteração da qualidade microestrutural do osso, levando a uma diminuição da resistência óssea e ao consequente aumento do risco de fraturas.








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As fraturas mais frequentes ocorrem nas vértebras dorsais e lombares, na extremidade distal do rádio e no fémur proximal.

Atinge sobretudo as mulheres pós-menopáusicas e as pessoas idosas de ambos os sexos.

Como se desenvolve a osteoporose?

O remodelamento ósseo é um processo contínuo de retirada de osso para o sangue e formação de osso novo, ocupando 20 a 30% do esqueleto a cada momento. Através do remodelamento, o tecido ósseo substitui células velhas por novas (o que ocorre em todos tecidos) e o organismo pode dispor de elementos importantes que são armazenados nos ossos, como o cálcio.

Os osteoclastos são as células responsáveis pela reabsorção durante o remodelamento.

No início de cada ciclo de remodelamento os osteoclastos escavam o osso, formando lacunas na sua superfície e cavidades no seu interior. Após cerca de duas semanas os osteoclastos são deslocados pelos osteoblastos que em um período aproximado de três meses preenchem a área absorvida com osso novo.

Até aproximadamente 30 anos de idade a quantidade de osso reabsorvido e reposto é igual. A partir daí, inicia-se um lento balanço negativo que vai provocar, ao final de cada ativação das unidades de remodelamento, discreta perda de massa óssea. 

Inicia-se, portanto, um lento processo de perda de massa óssea relacionada com a idade - osteoporose senil - no qual, ao longo de suas vidas, as mulheres perderão cerca de 35% de osso cortical (fêmur, por exemplo) e 50% de osso trabecular (vértebras), enquanto os homens perderão 2/3 desta quantidade.

Além desta fase lenta de perda de massa óssea, as mulheres têm um período transitório de perda rápida de osso no qual a queda de estrógenos circulantes, que ocorre desde a pré-menopausa, desempenha papel importante. 


O período transitório de perda rápida pode se manter por 4 a 8 anos, nos quais a perda óssea chega até a 2% ao ano. O osso trabecular é metabolicamente mais ativo e mais responsivo às alterações do funcionamento do organismo o que pode explicar porque, neste tipo de osso, a perda óssea inicia-se, em ambos sexos, na terceira década e a massa total de osso declina 6 a 8% a cada 10 anos. Também a resposta à queda estrogênica é mais intensa, havendo grande aceleração do remodelamento ósseo e perda de 5 a 10% de massa óssea ao ano em 40% das mulheres - osteoporose da pós-menopausa.

Observam-se, portanto, dois padrões distintos de alterações no funcionamento das unidades de remodelamento que levarão à osteoporose. 
Um é lento e dependente da idade - osteoporose senil - e relacionado com defeito na formação óssea; os osteoclastos produzem lacunas de profundidade normal ou até menores, mas os osteoblastos são incapazes de preenchê-las completamente.

Já as modificações que ocorrem com a queda de estrógenos levam a um remodelamento onde há maior número de osteoclastos e cada um produz uma cavidade mais profunda; também há aumento da atividade dos osteoblastos que tentam corrigir o defeito mas não conseguem, caracterizando o remodelamento acelerado onde a atividade de reabsorção é maior e, no final de cada ciclo, haverá um declínio significativo de massa óssea - osteoporose da pós-menopausa.

Fatores de Risco para a Osteoporose:

Sexo feminino, caucasianas ou asiáticas, com baixa estatura e magras, e história familiar de osteoporose (uma mulher cuja mãe sofreu fratura de quadril relacionada à osteoporose tem risco duas vezes maior de apresentar uma fratura semelhante).

Tabagismo, ingestão excessiva de álcool e cafeína, sedentarismo e dieta pobre em cálcio.

Dieta inadequada e saúde precária.

Síndrome de má absorção (os nutrientes não são absorvidos adequadamente pelo sistema digestivo), como na doença celíaca, por exemplo.

Níveis reduzidos de estrógeno, como na menopausa, após a remoção cirúrgica dos ovários ou com a quimioterapia (no tratamento do câncer de mama, por exemplo). A quimioterapia também pode causar menopausa precoce devido à toxicidade sobre os ovários.

Amenorréia (interrupção da menstruação) em mulheres jovens também causa redução dos níveis de estrógeno e osteoporose. A amenorréia pode ocorrer em mulheres que realizam atividade física intensa ou com pequena quantidade de gordura corporal (na anorexia nervosa, por exemplo).

Doenças crônicas, como a artrite reumatóide e a hepatite C crônica (uma infecção do fígado).

Imobilização, após um acidente vascular cerebral, por exemplo, ou qualquer condição que dificulte a deambulação.

Hipertireoidismo, uma condição caracterizada por níveis elevados de hormônios tireoideanos (produzidos pela tireóide, como na doença de Graves, ou devido à ingestão excessiva desses hormônios).

Hiperparatiroidismo, uma doença na qual ocorre produção excessiva de hormônios da paratireóide (pequenas glândulas localizadas próximo à tireóide). Normalmente, esses hormônios são responsáveis pela manutenção dos níveis sangüíneos de cálcio. Quando não tratada, a doença provoca a remoção do cálcio ósseo e, conseqüentemente, a osteoporose.

Deficiência de vitamina D. A vitamina D promove a absorção de cálcio pelo organismo. Em quantidades inadequadas, o organismo não é capaz de absorver a quantidade necessária de cálcio para evitar a osteoporose. A deficiência de vitamina D pode ser causada pela falta de absorção intestinal da vitamina, como na doença celíaca e na cirrose bilar primária.

Alguns medicamentos podem causar osteoporose, incluindo a heparina (um anticoagulante), anticonvulsivantes – como a fenitoína e o fenobarbital– , e o uso prolongado de corticosteróides – como a prednisona.

Prevenção:

Algumas medidas podem reduzir o risco de uma pessoa desenvolver osteoporose e em uma pessoa que já tenha osteoporose, que os ossos se tornem mais fracos. E quanto mais cedo essas medidas forem tomadas mais eficaz será a prevenção.

Ingestão de cálcio

Uma ingestão inadequada de cálcio ao longo da vida é um fator que contribui significativamente para o desenvolvimento da osteoporose. Muitas pessoas consomem menos da metade da quantidade de cálcio necessária para a saúde dos ossos e a ingestão insuficiente de cálcio está associada com a baixa massa óssea, rápida perda óssea e aumento da incidência de fraturas.

Tabela de alimentos ricos em cálcio



É importante ressaltar que as necessidades de cálcio mudam ao longo da vida. A necessidade de cálcio é maior durante a infância e adolescência, quando o esqueleto está crescendo rapidamente, e durante a gravidez e amamentação. As mulheres na pós-menopausa e homens idosos também devem consumir mais cálcio, devido a uma ingestão de quantidade inadequada de vitamina D, que é necessária para a absorção intestinal do cálcio, e da menor eficiência dos ossos em absorver o cálcio e outros nutrientes.

As quantidades recomendadas de cálcio que devem ser consumidas por dia são: 1.000 mg de cálcio por dia para pessoas entre 31 e 50 anos, e 1.200 mg para pessoas com mais de 50 anos. Para alcançar tais quantidades, as pessoas idosas devem ingerir alimentos ricos em cálcio. Um copo de leite tem 290 mg de cálcio, um copo de iogurte tem cerca de 400 mg e uma fatia grande de queijo tem 200 mg.

Algumas vezes, para se alcançar as quantidades recomendadas é necessário a suplementação de cálcio, que pode ser feita com carbonato de cálcio e citrato de cálcio. Entretanto, deve-se tomar o cuidado com o uso da suplementação, pois a ingestão de mais de 2.000 mg de cálcio por dia pode aumentar o risco de problemas renais.

Vitamina D

A vitamina é importante na absorção do cálcio no intestino e na saúde dos ossos. Ela é sintetizada pela pele através da exposição à luz solar. Embora muitas pessoas sejam capazes de obter vitamina D em quantidade suficiente através da alimentação, a produção de vitamina D diminui nas pessoas idosas, nas pessoas confinadas ao interior da casa e durante o inverno, essas pessoas podem necessitar de suplementação de vitamina D para garantir a obtenção diária de 400 a 800 UI de vitamina D. Não são recomendadas doses maciças de vitamina D, mais de 2.000 UI de vitamina D por dia pode lesar o fígado e podem até diminuir a massa óssea.

Exercício físico

Assim como os músculos, os ossos se tornam mais fortes com as atividades físicas. Os melhores exercícios para os ossos são os exercícios de sustentação do peso, que força a pessoa a trabalhar contra a gravidade. Esses exercícios incluem a caminhada, corrida, subir degraus, musculação e dança.

Exercícios fisioterápicos auxiliam na prevenção da osteoporose.

Uso de medicamentos

O uso de alguns medicamentos pode levar ao aumento da perda de massa óssea, como o uso a longo prazo de glicocorticóides; alguns medicamentos usados no tratamento de convulsões; alguns medicamentos usados no tratamento da endometriose; uso abusivo de antiácidos contendo alumínio; certos tratamentos de câncer; e excesso de hormônio da tireóide. O uso de medicamentos prescritos pelo médico, entretanto, não devem ser interrompidos por conta própria, pois isso pode trazer grandes prejuízos para a saúde. Deve ser conversado com o médico o uso de medidas para diminuir o risco de desenvolver osteoporose.

A Terapia de Reposição Hormonal (TRH) pode ser indicada por alguns médicos para a prevenção, em alguns casos, e também para o tratamento. Mas é necessário avaliar o risco de câncer de endométrio e de mama nas pacientes, pois o uso de TRH pode aumentar o risco de desenvolvimento desses cânceres.

Existem também vários medicamentos disponíveis para a prevenção da osteoporose, como alendronato de sódio, risedronato de sódio, raloxifeno e calcitoninas. A escolha do melhor tratamento, no entanto, exige sempre o acompanhamento médico.

Prevenção de quedas

As quedas são uma importante preocupação para as pessoas com osteoporose. As quedas aumentam o risco de fraturas dos ossos do quadril, punho, coluna ou outras partes do esqueleto. É importante estar atento para qualquer mudança física, como dificuldade visual, doenças que prejudicam o bom funcionamento físico e o uso de certos medicamentos, como sedativos e antidepressivos, que podem afetar o equilíbrio e o caminhar.

Algumas medidas simples ajudam a prevenir as fraturas, como usar sapatos com sola de borracha, evitar tapetes, prestar atenção aos degraus e se apoiar em corrimãos, usar iluminação adequada em banheiros e manter pisos antiderrapantes no banheiro e no box.

Parar de fumar

As mulheres que fumam tem níveis menores de estrogênio comparadas com as que não fumam e podem desenvolver a osteoporose mais precocemente. As mulheres na pós-menopausa que fumam necessitam de doses maiores de terapia de reposição hormonal e podem ter mais efeitos colaterais; os fumantes também absorvem menos o cálcio de seus alimentos.

Diminuir a ingestão de álcool

O consumo regular de 2 a 3 doses por dia de álcool pode ser prejudicial para o esqueleto, mesmo em pessoas jovens. Além disso, as pessoas que consomem grandes quantidades de álcool são mais propensas a ter perda óssea e fraturas, devido à desnutrição e o maior risco de quedas.

Sua casa mais segura

-Tenha sempre uma boa iluminação nas escadas, corredores e no trajeto da cama ao banheiro durante a noite;

-Mantenha corrimão nas escadas;

-Retire tapetes e objetos soltos, móveis baixos e obstáculos do chão;

-Cuidado com fios elétricos soltos;

-Coloque piso antiderrapante, especialmente no banheiro, e tapete antiderrapante no Box;

-Use um banquinho no Box, pois auxilia a ensaboar os pés durante o banho;

-Coloque suportes de parede no Box e ao lado do vaso sanitário;

-Remova soleiras altas das portas;

-Não encere o piso;

-Coloque utensílios e mantimentos em locais de fácil alcance e nunca suba em escadas ou banquinhos.


           

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