Sabe
aquelas pessoas que estão sempre doentes, que vão ao médico quase que
semanalmente, que carregam uma malinha de remédios para onde vão e sempre têm
uma história para contar independente da doença que for mencionada no assunto?
Sim, os hipocondríacos!
Os hipocondríacos se caracterizam por apresentar medos
e preocupações constante com
a ideia de ter uma doença grave. Qualquer sensação ou reação do organismo,
mesmo que insignificante, acende o alerta de que há alguma coisa errada com a
saúde.
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Os hipocondríacos têm exagerada preocupação com a saúde. Por isso, as visitas ao médico e serviços de saúde são constantes. Em alguns casos, mesmo com resultados negativos de exames, a dúvida permanece e muitas vezes os testes são repetidos para comprovar de que não existe uma doença grave.
A forte rejeição às opiniões médicas é inclusive uma das principais
características do os hipocondríacos.
Normalmente, uma pessoa hipocondríaca se sente incompreendida pelo fato de
sempre achar que tem uma doença grave e que o médico ou a família não entende
ou não acredita no que ele está sentindo.
A doença é comum a ambos os sexos e, em geral, surge entre os 20 e 30 anos
de idade. Crianças também sofrem com o problema, mas para elas há esperança de
recuperação na adolescência ou no início da idade adulta.
Segundo especialistas, o equilíbrio é a melhor solução para a convivência
com os hipocondríacos: a família não deve compactuar com a obsessão por visitas
médicas, exames e procedimentos desnecessários, nem ignorar o doente.
As causas da doença ainda não foram esclarecidas precisamente, mas alguns
aspectos ligados à história pessoal do paciente são relevantes. A valorização e
o papel conferidos ao corpo e às doenças durante a vida do hipocondríaco, ou
das pessoas importantes para ele, podem influenciar. Conta também a maior ou
menor capacidade em lidar com questões físicas e psíquicas.
Sintomas
Medo e crença de estar gravemente doente são os principais sintomas. Os
outros sinais são: buscar serviços de saúde repetidamente, solicitar a
realização de exames de modo exagerado, grande interesse por assuntos médicos e
rejeição das opiniões dos especialistas. O hipocondríaco normalmente conhece um
grande número de medicamentos. Sabe para que servem, como devem ser tomados e
suas contra-indicações.
Diagnóstico
O diagnóstico da hipocondria é feito, inicialmente, pela constatação dos
sintomas característicos da doença. A preocupação com o corpo e a saúde é
aceitável, desde que não seja exagerada. No entanto, discernir entre uma
característica da personalidade e uma doença é um desafio dos especialistas. A
orientação de um profissional é fundamental.
Quando é hora de procurar ajuda médica?
Depende da intensidade dos sintomas. Para o paciente, seu comportamento é
normal e justificável. Em alguns casos, ele próprio percebe que está com
problemas. No entanto, é comum que alguém da família perceba os excessos e
procure ajuda médica. Pode acontecer também de um médico mais atento
identificar a doença.
Classificação
O quadro de hipocondria pode apresentar diferentes graus de comprometimento.
Existem pacientes que conseguem manter seus relacionamentos, vínculos sociais e
até uma atividade profissional. No entanto, em alguns casos, tudo fica
comprometido por causa da gravidade da doença.
Existem ainda casos de hipocondria transitória, geralmente relacionados a
situações estressantes.
Tratamento
Casos menos graves podem ser conduzidos por clínicos gerais que tenham
tolerância e disponibilidade. Eles devem reservar algum tempo para ouvir o
paciente, tendo o cuidado de não fazer encaminhamentos desnecessários, nem
solicitar exames exaustivamente. Casos mais complexos requerem atuação de
especialistas: psiquiatras e psicólogos.
Não existe medicação específica para hipocondria, até porque essa pessoa não
se acha doente psicologicamente e não permite uma ajuda psiquiatra. No entanto,
quando existem sintomas depressivos associados, os antidepressivos podem ser
prescritos pelo especialista. Você é hipocondríaco?
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