Sentir-se abatido, vez ou outra, é completamente normal, mas é preciso ficar atento quando esse sentimento passa a ficar cada vez mais frequente e intenso. Entender o que é depressão e quais são as causas do problema ajudam no diagnóstico e no tratamento dessa doença.
A depressão é caracterizada por um distúrbio afetivo que acompanha os seres humanos há muito tempo. No sentido patológico, ela é marcada por características como tristeza, pessimismo e baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si.
É imprescindível o acompanhamento médico, tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado.
Veja o que é depressão e quais são as causas
Por mais que existam pessoas que não aceitem o diagnóstico, a depressão é uma doença e deve ser tratada como tal. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células.
Outros processos que acontecem dentro das células nervosas também estão envolvidos. Muitas vezes, fatores psicológicos e sociais são consequências, e não causas da depressão.
Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que é considerada genética.
Os sintomas de depressão são: humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia; desânimo, cansaço e necessidade de maior esforço para fazer as coisas; incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente vistas como agradáveis; sentimentos de medo, insegurança, desespero, desamparo e vazio; pessimismo, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, fracasso ou desejo de morte; interpretação distorcida e negativa da realidade; dificuldade para se concentrar, para raciocinar com agilidade e propensão a esquecer coisas; redução da eficácia no desempenho sexual e da libido; insônia, despertar antes da hora ou, com menos frequência, aumento do sono (dormir demais e, mesmo assim, ficar com sono a maior parte do tempo); dores e outros sintomas físicos não justificados, incluindo dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, tensão na nuca e nos ombros, dores de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.
O tratamento da depressão é essencialmente medicamentoso. Existem mais de 30 antidepressivos disponíveis no mercado.
Apesar de muitas pessoas acharem os medicamentos perigosos, essas medicações não são como drogas, que deixam a pessoa eufórica e provocam vício.
A terapia é simples e, de modo geral, não incapacita ou entorpece o paciente.
Alguns pacientes só respondem bem se investirem em tratamento de manutenção, que pode levar anos ou a vida inteira, para evitar o aparecimento de novos episódios de depressão.
A psicoterapia ajuda muito o paciente, mas não previne novos casos, nem cura a depressão. A terapia com um psicólogo ajuda na reestruturação psicológica de quem sofre com esse problema, além de aumentar o seu entendimento sobre o processo do estado depressivo, o que reduz o impacto provocado pelo estresse.
A mudança de hábitos alimentares ajuda a produzir mais serotonina, aumentando o bom humor e ajudando no combate da depressão, mas vale lembrar que só a mudança na alimentação não substitui o tratamento da doença.
Além disso, não é adequado abandonar os remédios e terapia.
Fazer exercícios físicos também ajuda no tratamento da depressão, pois a saúde da mente começa pela saúde do corpo. Fazer exercícios físicos auxiliam na liberação de endorfinas e aumenta os níveis de serotonina e dopamina, potencializando o efeito antidepressivo do tratamento.
E não esqueça que o organismo só funciona adequadamente se estiver em equilíbrio entre o físico, a mente e as interações sociais. Se o paciente com depressão consegue ânimo para se exercitar, também conseguirá melhorar suas questões psicológicas, tais como a depressão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário