No interior de Xanxerê reside Vilson Carlos Zarembski, que recentemente se tornou uma ‘celebridade’ na cidade ao ser publicado na Revista Veja matéria sobre sua vida e profissão, ele também participou do programa Mais Você da Ana Maria Braga.
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Zarembski é natural de São Domingos e sempre gostou de pássaros. Chegou a a ter um criadouro conservacionista até 1998, quando fechou por causa do alto custo de manutenção, que gira entre R$ 4 mil e R$ 4,5 mil mensais. O lucro da loja de eletrônicos, que manteve por 23 anos, ia para a manutenção dos animais.
Em 2002 ele montou um projeto para o Criadouro Aves do Paraíso, com fins comerciais de primatas (macacos e saguis) e psitacídeos (aves de bico torto, como papagaios, periquitos, araras e jandaias).
Começou vendendo saguis – espécie que hoje apenas cria, já que em 2012 a comercialização foi proibida pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente em Santa Catarina. No mesmo ano um cliente de Florianópolis sugeriu a criação de macacos-prego e ele buscou quatro exemplares no Centro de Triagem de Animais Silvestres de Florianópolis, para onde vão animais resultado de apreensões.
Famosos que compraram macacos-prego de Xanxerê
Emerson Sheik – atacante do Botafogo (RJ)
Renata Scarpa – socialite, irmã de Chiquinho Scarpa
Dinho Diniz – empresário
Latino – cantor
André Poloni – adestrador
Gilberto Miranda – adestrador
Ricardo Almeida – estilista
Criador conquista projeção nacional ao vender macacos-prego para famosos.
Animais exigem cuidados especiais
Atualmente, Zarembski tem cerca de 200 animais, sendo 40 macacos-prego, 60 saguis e cem aves. A venda dos macacos-prego é o Destaque. Ele acredita que é o único com criadouro comercial de macaco prego pelo custo e pela dedicação que exigem os animais.
— Damos oito refeições por dia a eles — afirmou Zarembski.
Os macacos comem frutas, carne moída, quirera – milho quebrado – e o mesmo leite que é dado para bebês. Para o dono do criadouro, um dos encantos do macaco-prego é ter algumas atitudes parecidas com os humanos, como estender a mão para cumprimentar as pessoas.
Além disso, os filhotes usam fralda. Se forem treinados, dão até salto mortal.
— É como cuidar de um bebê — comparou.
Apesar de ter se tornado reconhecido, o catarinense de São Domingos não é muito ligado à fama. Ele mora numa casa simples com a mulher Raquel e a filha caçula, Isadora, de um ano e quatro meses. Lá também recebe a visita dos quatro filhos do primeiro casamento, sendo que um deles ajuda na criação dos animais de estimação, junto com um veterinário, uma babá para os macacos e outra funcionária para limpeza.
Ele fechou a antiga empresa para atualmente se dedicar exclusivamente aos animais. Ver os filhotes na televisão é uma realização pessoal.
— Sinto orgulho em ver o trabalho reconhecido nacionalmente — disse.
O sucesso tem servido de estímulo para Zarembski ampliar os negócios. Com pedidos da Irlanda, dos Estados Unidos e da Alemanha, ele planeja realizar um projeto para conseguir autorização para exportação.
O motivo da badalação são os filhotes de macaco-prego que foram adquiridos por celebridades como o atacante do Botafogo Emerson Sheik, a socialite Renata Scarpa e o cantor Latino. Zarembski é o único criador com autorização do Ibama e da Fundação de Meio Ambiente (Fatma) para vender a espécie no Brasil. O valor dos filhotes, criados em cativeiro, varia de R$ 20 mil a R$ 60 mil. O alto valor é explicado pela raridade de se ter um macaco de estimação. Zarembski vende entre oito e dez filhotes por ano.
— Quem compra é o pessoal da classe alta que quer algo diferente — afirma.
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