google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: Você toma algum antidepressivo? Cuidado!

domingo, 4 de agosto de 2013

Você toma algum antidepressivo? Cuidado!

Isso pode causar o vício sem precisar realmente do remédio.
Médicos recomendam um check-ups.

Tire suas dúvidas.
Os antidepressivos são medicações amplamente utilizadas atualmente. 
Além da indicação clássica, tratamento dos sintomas da depressão, tem sido usados, com sucesso, para controle de sintomas de ansiedade e dor.
Não só psiquiatras, mas médicos de várias especialidades os prescrevem, muitas vezes associados com outras medicações e aí é importante que o paciente esteja atento. 
Além dos efeitos colaterais dos antidepressivos, existem os efeitos indesejados da interação com outros medicamentos, que podem ser graves. 

É muito importante informar a seus médicos a respeito de todos os medicamentos que esteja tomando, mesmo aqueles usados por conta própria, ocasionalmente.
Os primeiros antidepressivos utilizados foram denominados tricíclicos, por sua estrutura química. No Brasil, os mais utilizados, Imipramina, Amitriptilina , Nortriptilina e Clomipramina, sempre se mostraram bastante eficazes, mas com muitos efeitos colaterais, que limitavam seu uso. 

São medicações que podem interferir com o ritmo cardíaco, com a pressão intraocular, necessitando de exames para verificar se o paciente tem condições para usá-los com segurança. Podem causar também boca seca, retenção urinária, disfunções sexuais, constipação intestinal, ganho de peso, o que torna seu uso bastante desconfortável para muitos pacientes. 

Lembro-me sempre de uma paciente que me disse, justificando a interrupção do tratamento:”Ser deprimida é duro, doutora, mas gorda, nem pensar.” Outro problema associado aos antidepressivos tricíclicos é o tempo que eles levam para mostrar o efeito desejado. Devido aos efeitos colaterais, é preciso começar com dose baixa e ir aumentando aos poucos, até atingir a dose terapêutica. Só quinze dias após atingir essa dose é que se tem um bom efeito antidepressivo e, ainda assim, para alguns pacientes é preciso ainda subir a dose para obter controle completo dos sintomas. 

Muitas pessoas achavam que não podiam tomar antidepressivos porque recebiam a dose toda de uma vez, sem tempo para seu organismo se adaptar. Outras achavam que não  tinham resposta, e na verdade o problema era que tomavam doses pequenas demais ou por muito pouco tempo, por isso não tinham resultado.

Quando surgiram novos antidepressivos, com efeitos colaterais muito menos intensos, foi uma euforia. Já era possível começar o tratamento com a dose necessária, sem exames prévios, em duas semanas já se tinha resultados.O surgimento da fluoxetina, conhecida mundialmente pelo nome do produto do labolatório Lilly  – Prozac -movimentou a sociedade como um todo, não só o meio médico ou “psi”. Chamado de “a pílula da felicidade”, passou a ser visto como uma “poção mágica”  , principalmente depois que alguns pacientes apresentaram perda de apetite e de peso após seu uso. Afinal, quem não quer ser magro e feliz, não necessariamente nessa ordem? 

Muita gente se posicionou contra, muita gente quis tomar e tomou (o produto original era caro, mas logo surgiram similares com preço mais acessível e  até genéricos), Prozac entrou em título de livro, música, muito dinheiro e muita propaganda circularam, houve muito barulho. Passados os anos, volta-se à realidade: a fluoxetina, assim como os demais antidepressivos que a sucederam, é um medicamento que traz benefício quando bem utilizado. Só isso e tudo isso.

O bom uso do antidepressivo começa pela sua indicação: tratamento de sintomas de depressão e ansiedade. Acredita-se hoje que seus efeitos sejam devidos a alterações na ação de neurotransmissores no Sistema Nervoso Central, principalmente serotonina, noradrenalina e dopamina. Como eles atuam de maneira diferenciada sobre os sistemas de cada neurotransmissor, podem ter efeitos diferentes em outros tipos de sintomas. 

Por exemplo, os antidepressivos que atuam mais sobre a serotonina são mais efetivos no tratamento dos Transtornos de Ansiedade: T. de Pânico, Transtorno Obsessivo-Compulsivo, Fobias.  A fluoxetina e a sertralina podem ajudar a controlar a compulsão alimentar, enquanto  a paroxetina costuma melhorar o apetite, principalmente para doces.

O citalopram e a fluvoxamina não costumam alterar o apetite. O melhor horário para usá-los é pela manhã, após o café-da-manhã. Nas pessoas que apresentam sonolência logo após o uso, medicação à noite. Para quem tem náusea após o uso, medicação após uma refeição mais consistente – almoço. A tomada destes medicamentos junto com alimentos não atrapalha sua absorção.


           

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