As gengivites são mais comuns após os 50 anos. Entre as causas estão falta de higiene bucal, formação da placa bacteriana, estresse e má posição dos dentes. Inchaço, vermelhidão e sangramento constituem alguns dos sintomas.
Se a pessoa não se trata, a inflamação pode se aprofundar, atingir as estruturas de sustenção dos dentes, como ossos, e levar à perda dentária.
A principal causa de gengivite é a falta de higiene bucal, ou
seja, não escovar os dentes ou escová-los de maneira inadequada após as
refeições e não passar fio dental para retirar os resíduos de alimento que se
alojam entre os dentes e no interior da gengiva.
Outra causa comum de inflamações na gengiva, sobretudo em
pessoas que higienizam mal a boca, é a "placa bacteriana". Trata-se
de uma "massa" calcificada composta de substâncias salivares,
resíduos de alimentos e bactérias que se deposita na superfície dos dentes e
nos espaços entre eles.
O estresse e a má posição dos dentes também podem provocar
gengivite mesmo em quem higieniza bem a boca. Por volta de 90% dos estressados
rangem os dentes, em especial dormindo, e a má posição dental leva a pessoa a
morder errado; nas duas situações, os tecidos da gengiva sofrem traumas e
irritações. Há a penetração de restos alimentares. Eles se decompõem, as
bactérias se multiplicam, atacam os tecidos gengivais e os inflamam.
E mais: as
substâncias presentes no cigarro, especialmente a nicotina, tanto podem causar
quanto intensificar a gengivite.
O sintoma inicial da doença são os sangramentos, percebidos
sobretudo ao se escovar ou passar fio dental nos dentes. Outros sintomas são:
inchaço, vermelhidão, sensibilidade, desconforto, flacidez do tecido gengival,
mau hálito e, nas situações mais graves, também dor.
Se o portador não vai ao
dentista e não se trata, a inflamação pode se aprofundar a ponto de atingir as
estruturas de sustentação dos dentes, como os ossos e os ligamentos
periodontais, o que caracteriza uma doença conhecida como periodontite. Quem
tem periodontite e não se trata pode perder os dentes.
Mas essa doença é mais
complicada e perigosa para os portadores de lesão cardíaca congênita ou
adquirida e para os imunodeprimidos. Neles, há a possibilidade de as bactérias
caírem na corrente sanguínea e provocarem endocardite, moléstia às vezes fatal.
O
ideal é prevenir-se. É possível evitar a gengivite com algumas
medidas básicas. Cuide bem de sua boca, escovando os dentes com uma escova
macia e passando fio dental após as refeições. Controle o estresse - boa
alternativa é praticar regularmente atividades físicas. Faça revisão de sua
situação dentária a cada semeste. Quem tem dentes mal posicionados ou tortos
também deve consultar o dentista, porque é possível amenizar o problema, por
exemplo, com o uso de aparelhos.
Pessoas com sintomas, enfim, devem consultar um dentista. Quanto
mais cedo isso ocorre, melhor o resultado e menores os riscos. Hoje há exames
de imagem, como radiografias, que facilitam a visualização da situação dentária
do paciente.
Gengivites simples muitas vezes se resolvem só com uma boa
higienização e fazendo-se bochechos por 1 minuto, duas vezes ao dia, com
substâncias que tenham clorexidina a 0,2% na fórmula. Nas gengivites mais
intensas e nas periodontites por placas bacterianas, faz-se raspagem. Quanto
maior e mais profunda a inflamação e a conseqüente perda óssea, maior a
dificuldade de recuperação completa e também o risco de seqüelas. Por isso,
evite que a doença periodontal avance.
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