Se alguém não ora, ainda que possua conhecimento profundo da palavra de Deus
e compreenda todos os princípios espirituais práticos. Tais pessoas acabam por se tornarem auto-suficientes, ficando gradualmente
mais distantes de Deus e a sua vida espiritual acaba por estagnar, ficando
frios em seus corações. O apóstolo Paulo é um dos servos de Deus que mais nos exorta à oração,
chegando a dizer para orarmos sem cessar.
Este tipo de oração incessante afasta-nos do perigo de nos apoiarmos no que somos em Cristo e no nosso conhecimento da palavra de Deus, esquecendo-nos do que somos na prática.
Se não orarmos com regularidade, isso nos levará à queda espiritual, devido
à perda de dependência de Deus.
A oração é essencial e guarda-nos de muito perigos prejudiciais à nossa fé,
sendo indispensável para o bom crescimento espiritual.
Jesus apesar de ser o Filho de Deus sentia e tinha necessidade de orar, para
manter comunhão intima com o Pai.
O que é isto de orar sem cessar?
Orar sem cessar significa estar continuamente consciente de Deus – Tudo o que
vemos acontecer à nossa volta, para nós deve estar relacionado com Deus.
Logo que acordamos, qual deve ser o nosso primeiro pensamento? Dizer
obrigado a Deus pelo dia, saúde, família…
Logo de seguida ao sairmos de casa encontramos um vizinho que se encontra
perdido e em pecado. Oramos, Deus, salva este meu vizinho (a).
Ao viajar para o trabalho vemos tantas coisas que desonram a Deus e nos
tentam a pecar, e oramos: Deus, para onde este mundo está caminhando, ajuda-me
a resistir e a alcançar estas pessoas para Ti.
Isto são exemplos de orar sem cessar.
É ver tudo do ponto de vista de Deus. Ver alguém
doente e pedir a Deus que cure, ou diante de um grande problema pedir a Deus
que esclareça, ver alguém com problemas pedir a Deus que o liberte.
Não é repetir 50 ou 100 vezes o “pai nosso” por dia que estamos a orar sem
cessar, ou organizar um grupo em que oramos em cadeia, em que temos 10 minutos
à hora X ou Y e assim desta forma oramos sem cessar.
ORAÇÃO UMA NECESSIDADE ESPIRITUAL
Pensemos na atmosfera e na nossa respiração para entendermos quanto é
importante a oração.
Nós não damos conta disso, mas a atmosfera exerce uma pressão especifica
sobre os nossos pulmões, forçando-nos a inspirar o ar respirando.
Alguém no seu estado normal não necessita de andar agarrando o ar para
respirar.
Não, a respiração é um acto natural. Nós respiramos naturalmente em resposta
essa pressão.
Difícil e impossível após alguns segundos é suster a respiração. Respirar é
facilíssimo.
Por isso em circunstâncias normais, respirar não cansa. O mesmo acontece na oração.
Para um crente saudável espiritualmente a oração é um acto normal e natural.
A razão de muito crentes andarem abatidos, cansados e exaustos, é a de
susterem a sua “respiração”, em vez de abrirem o coração e receberem a
atmosfera Divina.
Efésios 6:18 – Os todos da oração com toda a oração e súplica orando em todo tempo no Espírito e, para o mesmo
fim, vigiando com toda a perseverança e súplica, por todos os santos,
1 – Espécie – Com toda a oração e súplica.
Existe variedade na oração. Oração é um termo geral, depois temos muitas
formas de oração.
Oração em público, em particular, audível, silenciosa, planeada (com lista
até), espontânea… Pedidos, acções de graças, intercessões…
Pode ser feita de joelhos, de pé, sentados ou até deitados. Cada tipo de
oração se encaixa conforme a situação ou circunstância.
A súplica.
Define um tipo especial de oração. Um pedido especifico.
É frequente fazermos orações generalizadas, pedindo
pelos missionários, pela igreja, pelos crentes, pelo mundo…
Estas orações podem ser chamadas de vagas e abstractas. A súplica terá de
ser especifica. Um caso, uma pessoa, um assunto… especificado.
2 – Frequência – Em todo o tempo
Cada um tem sua opinião sobre melhor momento ou hora para se orar.
Uns, são defensores da oração pela madrugada, outros pela manhã cedo. Para
outros a melhor ocasião será ao deitar…
Afinal quando respiramos? Se respiramos durante as 24 horas do dia, também
precisamos orar durante esse tempo.
Não se trata de cumprir um tempo determinado orando, e depois passarmos o
restante do dia sem sequer pensar em Deus.
O apóstolo Paulo repete várias expressões quanto à frequência da
oração.
- Com perseverança Rm. 12:12
- Sem cessar I Ts. 5:17
- Vigiando Cl. 4:12
3 – De olhos “abertos” “Vigiando com toda a perseverança”
Aquele que vigia é o primeiro a aperceber-se de algum movimento ou
acontecimento anormal.
Para orarmos com inteligência pelos problemas e necessidades de alguém,
precisamos conhecer quais as necessidades.
Não se trata de andarmos a bisbilhotar a vida de ninguém mas procurar saber
das necessidades dos outros apenas com a intenção de orar e nada mais.
Só sabendo das lutas e problemas e conflitos de alguém podemos orar por
eles.
Para isso devemos estar alerta, não ficando o tempo todo a olhar para nós
mesmos e para os nossos problemas, mas olhar também ao de redor de nós.
4 – O alvo das orações. “Por todos os santos”
O alvo directo da nossa oração terá de ser somente Deus.
Não existe ensino bíblico que diga que alguém fora de Deus pode ouvir e
muito menos atender qualquer oração.
Em segundo lugar, o alvo indirecto são os outros.
O que nos leva a orarmos uns pelos outros?
É pelo facto de sermos membros do mesmo corpo e uns dos outros e porque o
nosso inimigo é comum.
Não devemos estar preocupados como o nosso próprio triunfo, mas
principalmente com a vitória espiritual de todos os crentes.
Os dons foram nos dados para servirmos uns aos outros. Se alguém tem o dom
de ensinar não é para se ensinar a si mesmo.
A oração é um ministério em que os crentes podem servir uns aos outros,
fazendo orações uns pelos outros.
Paulo ensina-nos que somos membros uns dos outros e quando um membro padece os
outros também sofrem. (I Cor. 12:26)
Sendo assim, quando um membro está fraco ou doente, os outros devem suprir a
sua debilidade para que o corpo funcione normalmente.
Depois disto, Paulo acrescenta fazendo um pedido: Que entre estes santos ele
seja incluído.
Paulo não se fez de forte, mas com sua modéstia e humildade que todos
devemos ter ele pediu que orem por ele também, v. 19,20.
Curioso é que Paulo não inclui nas suas necessidades as físicas, como talvez
nós faríamos em primeiro lugar, mas por maior coragem na proclamação do
evangelho.
Estes são os padrões da oração. Devemos em primeiro lugar preocupar-nos com
a dimensão espiritual. Mais importante que as necessidades físicas, são as
espirituais.
Isto não significa que deixemos de orar por essas necessidades, mas
lembremo-nos que o bem maior é o bem estar espiritual das pessoas, e as
provações e problemas físicos, muitas vezes são os meios que Deus usa para nos
fazer crescer.
Tem que orar muito mesmo,sem Deus não somos nada.
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