google.com, pub-3508892868701331, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Rio de Saúde: Romário: "minha filha com síndrome de down mudou minha vida"

segunda-feira, 11 de março de 2013

Romário: "minha filha com síndrome de down mudou minha vida"

Qual foi sua reação quando soube que ela nasceu com síndrome de Down?
Fiquei em choque nas primeiras horas depois do parto. A Isabella [mãe da menina] tinha feito dois exames no pré-natal. O primeiro indicava que o bebê tinha um risco razoável de nascer com Down. O segundo praticamente descartou a hipótese. Então, não estava preparado para aquilo.
Quando o médico me avisou, eu me perguntava: “Por que isso foi acontecer logo comigo? O que eu fiz de errado?”. Já tinha cinco filhos, todos eram normais.
Eu mesmo quis dar a notícia à Isabella. Disse: “Nossa menininha nasceu diferente”. Ela sorriu, emocionada, e respondeu: “Calma, vai ficar tudo bem”. A reação dela me deu muita força.
"Essa menina mudou minha vida".
 
Em algum momento você pensou em esconder a situação?
Nunca. O médico ainda não tinha nem diagnosticado qual era a síndrome de Ivy quando deixei o hospital e fui treinar. Naquele tempo eu jogava no Vasco. Convoquei a imprensa e contei: “Minha filha nasceu. Ela não é perfeita, mas estou muito feliz”.
Desde o começo, tive o instinto de deixar tudo bem transparente. Se o próprio pai age com preconceito, escondendo a criança, ela vai ter pouca chance de ter uma vida legal.

Sei de muitos pais que rejeitam o filho com Down, a ponto de não saírem de casa com ele. Pagam uma babá e deixam a criança de lado, como se não fosse sua.
Depois que comecei a me envolver nesse mundo, descobri umas celebridades que têm filhos assim e jamais trouxeram o assunto à tona. Não dou os nomes por respeito, mas acho uma pouca-vergonha.

É angustiante perceber limitações em sua filha?
As expectativas precisam se ajustar, claro. A Ivy tem o tipo mais brando de Down, a síndrome de mosaico, e se vira muito bem.
Os primeiros quatro anos de vida foram os mais difíceis. Ela fez fisioterapia intensiva, porque tinha a musculatura mais fraca. Ainda vai à fonoaudióloga e à natação. Fiz e faço tudo o que posso pela Ivy.
Hoje com 7 anos, conta até 100 em português, até 20 em inglês, identifica as cores e até as marcas de carro. Na escola, está só um ano atrasada.

O que sabia sobre a síndrome de Down antes de ela nascer?
Nada. Quando o problema não é com você, ele não o sensibiliza. Depois que ela nasceu, comecei a conversar com outras famílias e a ler tudo sobre o assunto.
Ainda bem que tive minha filha numa fase menos baladeira. Crianças assim precisam de muito carinho.

Ela sofre preconceito?
Na minha frente, ninguém nunca teve coragem de manifestar. Mas as pessoas no Brasil ainda olham diferente para os deficientes. Felizmente, o assunto está aos poucos deixando de ser tabu.

É uma de minhas bandeiras no Congresso e em casa. A Ivy é a primeira a falar sobre sua síndrome. Outro dia, a gente estava andando na rua quando cruzamos com uma menina que também tinha Down.

Minha filha comentou na mesma hora: “Papai, olha, essa garota é igual à Ivy?”. Perguntei como sabia disso, e ela apontou para o próprio rosto, orgulhosa, dizendo: “Porque ela é assim”. 

Leia mais: Tudo sobre sindrome de down.

VÍDEO: Rede Globo Mais Você Saúde NOTÍCIAS No dia internacional da síndrome de Down, Romário declara amor à filha no Mais Você.

3 comentários:

  1. Orgulho de Romário agir assim! tbm tenho deficiência só q fisica e meus pais tbm não me esconderam!!! forte abraço a todos que entendem as diferenças!!! dani

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  2. Meu nome é Janaina, não tenho nenhuma deficiencia e creio que cada um tem que se olhar no espelho e enxergar-se antes de apontar para uma pessoa com deficiencia.

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  3. Oi eu me chamo Zé...gostei da atitude do Romário..muito boa.
    Alias, eu nao tenho deficiencia..so sou sonambulo, peido muito...ahh..e tenho um pauzão de 22cm...fora isso sou normall.

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