desde o ano passado, o ator Maurício Mattar deu uma palestra, no último fim de semana, no Congresso Brasileiro de Psiquiatria. Mattar falou sobre o diagnóstico e como a doença afetou sua vida.
— Eu criei muitas máculas, com brigas e confusões que me fizeram ter várias perdas profissionais. Todo o meu humor ia ‘água abaixo’ e isso afetava minhas relações sociais — contou, durante o congresso. Ele descobriu o problema durante as gravações da novela "Aquele Beijo", da TV Globo.
Outros artistas também já assumiram publicamente serem portadores do Transtorno Bipolar. Em 2009, a atriz Cassia Kiss Magro tornou pública a luta contra a doença. Fora do Brasil, a cantora teen Demi Lovato é outra celebridade que convive com o quatro. Segundo o site TMZ, Britney Spears também tem o problema psicológico.
Transtorno Bipolar
Em uma semana, disposição para encarar aventuras, falta de sono, euforia. Na seguinte, depressão e irritabilidade. Se você tem oscilações de humor como estas, procure ajuda médica: elas podem ser sintomas do Transtorno Bipolar, doença que afeta ao menos 4,5% dos adultos no país. Para alertar sobre o quadro — que leva em média dez anos para ser diagnosticado — a Associação Brasileira de Psiquiatria lançou, esta semana, uma campanha.
— Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de que não haja prejuízos a longo prazo, seja para a vida social, seja para o sistema nervoso central do paciente. A cada crise, aumentam as chances de danos — explica o professor de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), José Alberto Del Porto.
A principal causa para a doença é genética: quem tem parentes com o transtorno tem mais chance de desenvolvê-lo. Mas para que a doença se manifeste, é preciso um gatilho, um fator ambiental que inicie o quadro.
— Os principais desencadeadores são o estresse e o uso de drogas. Em um ambiente favorável, mesmo a pessoa com histórico de bipolaridade na família pode não desenvolver sintomas — explica ainda o especialista.
O tratamento é feito com remédios estabilizadores de humor e psicoterapia.
— A família precisa saber que o paciente não é culpado por um dado comportamento e, assim, oferecer tratamento adequado — orienta ainda Del Porto.
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