A Impulsividade pode ser um sintoma presente em diferentes transtornos psiquiátricos. A impulsividade pode ser um traço na personalidade. A impulsividade pode ser uma reação aguda numa situação de grande pressão e incertezas. Fazer essa diferenciação é vital para melhor administrar essa característica ou sintoma. Se ela estiver presente num transtorno de humor (TAB) ou transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) o indicado é o uso de medicamentos reguladores da neurotransmissão.
Dificilmente um componente de doenças com forte determinação biológica responde à força de vontade e disciplina. Há os "escapes'' em situações de grande estresse e demandas. É mais saudável bloquear esses ímpetos impulsivos com o uso de medicamentos.
As pessoas se sentem impotentes frente à impulsividade crônica, por se tratar de um sintoma psiquiátrico. Da mesma maneira que não adianta pensar que controlamos tudo, abdicar do controle e procurar ajuda psiquiátrico alivia a culpa de ser incapaz de se controlar.
Quanto mais cedo à pessoa afetada admitir que precise de tratamento e se engajar ativamente, mais proteção terá contra as conseqüências da impulsividade. Os estabilizadores de humor (EH) são indicados no TAB e os antidepressivos e psicoestimulantes são indicados no TDAH.
Quando tratamos a impulsividade presente na estrutura de personalidade, portanto, um traço psicológico para lidar com a vida e afetos, a psicoterapia se converte na modalidade terapêutica de escolha. Existem inúmeras psicoterapias disponíveis. A TCC (terapia cognitivo-comportamental) possui técnicas eficazes para frear a impulsividade. Se a impulsividade for um sintoma de um transtorno de personalidade grave, como o Transtorno Borderline, uma psicoterapia a longo prazo e a associação de medicamentos são mais eficazes. Assistam ao vídeo abaixo.
A impulsividade na reação aguda ao estresse é transitória, mas pode causar risco de consequências danosas.
Portanto, o autoconhecimento e o controle emocional são necessários para modular as reações frente aos estímulos. Pessoas proativas são aquelas que escolhem uma resposta frente a um estímulo ameaçador. A grande maioria das pessoas reage, o que implica em pouca reflexão antes de responder a estímulos. As pessoas reativas estão no grupo de risco que faz coisas impensadas, das quais se arrependerão mais tarde. Se você é uma pessoa impulsiva, vale a pena entender o mecanismo envolvido e buscar tratamento.
Situações onde a impulsividade está presente e causa danos podem ser lembradas.
Usar arma no trânsito e ferir alguém numa discussão, dirigir de maneira agressiva e colocar vidas em risco, sexo sem uso de preservativo, abuso de drogas, envolvimento em brigas e perturbação da ordem pública, crimes passionais, humilhações e assédio moral, fofocas e mentiras, compras excessivas, agressividade verbal, sarcasmo e muitas outras variantes.
Negligenciar esses sinais causa danos irreversíveis na vida de todos os envolvidos, vítimas e doentes!
Veja este vídeo e entenda mais sobre: transtorno borderline
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