Por essas e outras, embora existam várias pesquisas sobre o tema, a vida nos mostra que a paixão é – como qualquer outro sentimento – muito pessoal. Cada um tem seu jeito de sentir, interpretar e, principalmente, de demonstrar.
Claro que dá para analisar essa dinâmica a partir das semelhanças e das recorrências. E, então, os estudos podem nos ajudar a compreender para que serve a paixão e por que ela pode ser tão intensa e até assustadora algumas vezes.
Recentemente, uma pesquisa apontou que a duração da paixão, ou do entusiasmo diante de um novo amor, dura por volta de dois anos. Fiquei pensando sobre esse tempo e tentando compreender por que é que, tantas vezes, termina parecendo que a paixão é mais interessante e empolgante que o próprio amor...
Se interpretarmos fielmente, paixão significa sofrimento. E isso pode explicar a angústia, a ansiedade e a confusão de sentimentos e sensações que ela, geralmente, provoca. Mas se interpretarmos por um viés mais popular, podemos dizer que paixão tem a ver com empolgação, urgência do outro, desejo intenso, alegria, bem-estar e vontade – muita vontade – de compartilhar vida e intimidades com alguém em especial.
De uma forma ou de outra, o fato é que ela tende mesmo a diminuir com o tempo. Ou melhor, tende a se transformar. Ou em nada, findando a relação quando se percebe que ela não evoluiu. Ou em amor, quando ela amadurece e ganha em profundidade e conteúdo.
O problema começa quando as pessoas acreditam, equivocadamente, que amor é que não inclui paixão. Ao contrário do que muitos pensam, amor e paixão não só podem como devem andar juntos ao longo dos anos. Mas, para que isso aconteça, é preciso que haja disponibilidade e empenho dos casais.
Amor apaixonado é amor atento. Amor de gente grande. Amor de quem sabe o que quer e refaz sua escolha repetidas vezes. Amor com paixão tem a ver com pessoas apaixonantes. É um tanto óbvio: para que a paixão sobreviva, é preciso haver dois amantes apaixonados e vivos e vibrantes e atuantes e envolventes.
E o segredo está em compreender que raramente os dois estarão amando apaixonadamente ao mesmo tempo e na mesma medida. Por isso é que um casal precisa ser uma equipe. Quando um arrefece, o outro esquenta. Quando um se cansa, o outro dá ânimo. Quando um fica tenso e irritado, o outro acalma e aquieta.
Senão, a relação se torna um constante “bater de frente”, sempre se machucando um ao outro ou tentando se perdoar um ao outro. Uma montanha-russa de extremos altos e baixos que desgasta, descolore e desapaixona o amor. Até o dia em que um dos dois – ou os dois – já não consegue mais se reapaixonar. E daí sim, o amor vai ficando morno, sem graça, sem aquele entusiasmo tão especial que o torna forte para vencer qualquer desafio!
Sendo assim, invista no amor apaixonado sabendo que esse sentimento só pode existir quando você se propõe a ser um amante apaixonante! Uma questão de escolhas e atitudes!
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